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Mostrando postagens de julho, 2022

O que é liberdade?

Participando de uma amena conversa entre amigos, ouvi considerações sobre a liberdade e como trabalhá-la com as crianças, sejam estas filhos ou alunos. Antes de externar minha opinião formulei alguns pensamentos íntimos sobre o tema, lembrando que a liberdade, exceção feita à liberdade de pensar, deverá sempre ter um limite, e esse limite está no respeito ao direito do outro em exercer sua própria liberdade. Como nem sempre sabemos compreender esse limite somos necessitados de leis e regras que impõem limites no uso de nossa liberdade. Naturalmente essas leis podem ser questionadas, assim como as regras podem ser modificadas, e assistimos isso ao longo do tempo em todas as nações, em todos os povos. Há uma regra, por sinal antiga, mas válida por ser universal e atemporal, que colocada em uso dá ao ser humano perfeito norteamento para o uso da liberdade: fazer aos outros somente o que gostaríamos que eles nos fizessem. Isso nos remete a um processo educacional de nós mesmos e, nu

Carta da Terra - Respeitar e Cuidar da Comunidade da Vida

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Era uma vez...

No início dos anos dois mil comparecemos a inúmeros eventos educacionais a convite de seus organizadores, realizando palestras, seminários e oficinas com professores e gestores, e recebemos muitos elogios de educadores entusiasmados e interessados em dar continuidade prática às ideias de inovação e humanização na escola. Sempre saímos dos eventos esperançosos quanto à continuidade das propostas pedagógicas, embora sabendo das dificuldades naturais do terreno educacional. Seja por comodismo, medo, inércia e o que mais, a maioria dos educadores têm todas as desculpas para justificar a não implantação das propostas, desde questões burocráticas até receios pedagógicos, que uma boa avaliação mostrariam serem infundadas. Quando mostramos que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional referenda nossa proposta pedagógica e dá respaldo legal à escola para fazer diferente, normalmente os olhares são atônitos e ouvimos balbucios: “não sabia disso”, “preciso estudar melhor essa l

Um olhar sobre a vida

Este texto inaugura uma série semanal de meus olhares sobre fatos da vida humana. Olhares humanizados num mar de indiferenças e egoísmos que ainda nos caracterizam. Em princípio, salvo algum acontecimento não planejado, os textos serão publicados toda quinta-feira pela manhã, convidando a você, leitor, para salutares reflexões e atitudes positivas para transformar o mundo em que vivemos. Na semana passada vários meios de comunicação trouxeram o resultado de pesquisa realizada pelo InfoGlobo, acionando a Lei de Acesso à Informação, conhecida como Lei da Transparência, sobre o abuso sexual com crianças e mulheres no Estado do Rio de Janeiro, conforme registros oficiais da Polícia Civil desse estado. A pesquisa constatou que crianças na faixa de 11 a 14 anos são as principais vítimas de estupros coletivos; que acontece um caso a cada 36 horas; uma em cada quatro vítimas é menor de idade; atacadas em 84,6% das ocorrências, as mulheres são ampla maioria entre os alvos de estupr

Escola é lugar de conflitos?

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A esperança na educação

“ Para que as crises possam ser momentos frutíferos, torna-se necessário ao homem ter uma visão esperançosa de sua existência.” Pierre Furter Pensadores e educadores como Pierre Furter, Rubem Alves, Erich Fromm, Paulo Freire, entre outros, destacam a importância da esperança na vida e na educação, pois sem esperança qualquer crise pode levar o ser humano ao derrotismo e ao surgimento do totalitarismo, quando líderes carismáticos aproveitam o estado de inércia e paroxismo da população para se fazerem salvadores da pátria. Toda crise é prenunciadora de transformação, de um novo tempo que se faz iniciar através de um processo de transição, motivo pelo qual a esperança é muito importante, para que saibamos bem aproveitar esse momento e dele fazer surgir novos tempos. A esperança é diferente do otimismo. A pessoa otimista vive dos fatos exteriores, portanto, quando estes estão precários, ela se entrega ao pessimismo. A pessoa esperançosa vive da sua força interior, então