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Mostrando postagens de outubro, 2022

Reflexões sobre a escola

Temos visto e ouvido muitas reclamações de violência física e moral na escola. São cenas tristes como: professores agredindo alunos, alunos agredindo professores, briga entre alunos dentro e fora da escola, alunos que roubam a escola e outros colegas e assim vai! Pais, professores e diretores de escolas não sabem o que fazer para resolver o problema. É uma aflição só! Mas, tem solução? Se houvesse uma receita de bolo para se cuidar da violência escolar seria bem fácil resolver. No entanto, a situação requer mais atenção e carinho por parte das pessoas envolvidas no caso. Durante anos a fio a escola ignorou o seu papel social e limitou-se a ensinar de uma maneira que para uma determinada época foi válida. Para as escolas públicas bastava se preocupar em cumprir o currículo com os alunos; as particulares ocupavam-se do mesmo e acrescentavam também a questão comercial. Outra época! A comunicação era feita boca a boca, por rádio, televisão, jornal, revista e bilhetinho. Hoje há cri

O dia em que fazer funcionou

Teresa é daquelas professoras que não se acomodam ao sistema e não acatam subservientes o que a coordenação pedagógica estipula ou a direção escolar decreta. Está sempre procurando por soluções pedagógicas para os desafios diários da educação escolar. E porque é criativa, inovadora e dinâmica, vive às voltas com problemas com a burocracia do sistema educacional. Quando a secretaria de educação não sabe mais o que fazer apela para a transferência, e lá vai a Teresa para outra escola, sempre para uma escola pior, com mais problemas, como a violência, empurrada para a periferia da cidade, como se a nossa professora pudesse ser apagada, esquecida, cancelada. Mas ela não se entrega. E aconteceu que se deparou com altos índices de violência e desrespeito aos outros na escola de periferia para onde tinha sido transferida. Procurando soluções, encontrou na mediação de conflitos o melhor caminho. Propôs junto à direção a implantação da mediação de conflitos envolvendo p

Sol de verão em dia inverno

Problemas a resolver e dificuldades na vida todos nós temos, isso não é privilégio de ninguém. Agora, você pode deixar que os problemas e dificuldades paralisem sua vida, ou façam você desistir de um projeto, de um trabalho; ou pode, com suas forças, aprender com esses mesmos problemas e dificuldades, superando-os com o tempo, minimizando-os, sem perder a esperança de dias melhores e um futuro de acordo com os esforços que você está empreendendo para ter uma vida melhor. Com os professores não é diferente. Professor é um ser humano que lida com outros seres humanos, no caso, seus colegas de trabalho, seus alunos e os pais de seus alunos. Onde se reúnem seres humanos muitas vezes temos atritos, falhas de comunicação, ideias diferentes e, portanto, problemas e dificuldades a superar. A escola não é isenta de ter conflitos, mas os conflitos existem para serem entendidos, conversados e resolvidos. Rubem Alves dis que “Otimismo é quando, sendo primavera do lad

Escutatória pela vida

O Michel estava com 13 anos e era visto pelos professores como um aluno introvertido, de poucos amigos, pouco participativo nas atividades em grupo, mas com média inteligência e notas dentro da média esperada, nada excepcional nem frustrante. Muitas vezes passava despercebido pois não dava problemas, nada aprontava que merecesse maior atenção. Era mais um aluno no mar de alunos da escola. Contudo, naquele dia pesava o ar na escola, estava difícil respirar. E todos perguntavam: Como podia ser? Como ninguém havia percebido a tragédia que estava por acontecer? É que o Michel havia cometido suicídio, tinha se tirado a vida. Todos estavam arrasados e não sabiam muito bem o que fazer. Esqueceram que antes de ser aluno num mar de alunos, o Michem era um ser humano, uma pessoa com sentimentos, com uma história de vida. Nem seus sentimentos nem sua vida foram levados em conta pelos que fazem a escola, e assim não se deram conta dos sinais que vinha dando: isolamento, não participaç

Lá nas terras das minas gerais

Foi num evento educacional que conheci os amigos Cida e Tonheca e fiquei sabendo que eles estavam à frente de uma escola na cidade de Leopoldina, em Minas Gerais. Trocamos ideias e me convidaram para lá estar. E durante quinze anos ficamos indo para lá, vendo a escola crescer da educação infantil para o ensino fundamental, e depois para o CASA – Centro de Apoio Sócio-Afetivo, seu braço filantrópico e comunitário em ampla área arborizada que agora recebe também parte da escola. Qual é o diferencial do Centro Educacional Conhecer? É que é uma escola inovadora, no conceito e na prática. As turmas compõem ciclos de estudo e pesquisa, as professoras são orientadoras do processo de aprendizagem, os pais participam do processo pedagógico, entre outras coisas que fazem a diferença, não apenas metodológica, mas na filosofia educacional, pois virtudes e valores, humanização e participação estão presentes o tempo todo. Então nos perguntam se o Conhecer deve ser o modelo de escola a s