Uma professora e seu aluno difícil
Jovem e idealista, ela estudou, formou-se e fez concurso público para o magistério na rede estadual de ensino. Passou e, apesar de morar na capital do estado, foi indicada para trabalhar numa escola em cidade do interior. Não pensou duas vezes: fez as malas e pôs os pés na estrada, como se diz, viajando para onde deveria realizar seu sonho de ser professora. Chegou, conheceu a cidade, arrumou onde se hospedar e se apresentou na escola. A diretora e a coordenadora pedagógica, percebendo o entusiasmo da novata e sua quase nenhuma experiência, a encaminharam para uma turma que reunia crianças repetentes e analfabetas, rejeitadas pelas outras professoras. Ela aceitou o desafio. Início do ano letivo e o desafio de alfabetizar crianças que já deveriam saber ler e escrever, além de saber as operações matemáticas básicas. Nossa professora estudou, planejou, preparou atividades e deu início ao trabalho. Em breve tempo percebeu que um dos alunos era muito passivo, não participativo