terça-feira, 30 de julho de 2024
segunda-feira, 29 de julho de 2024
Influência dos pais sobre os filhos
Iniciamos este texto com a transcrição, para nossa reflexão, da questão 208 de O Livro dos Espíritos:
O Espírito dos pais não exerce influência sobre o do filho, após o nascimento?
– Exerce, e muito, pois como já dissemos, os Espíritos devem concorrer para o progresso recíproco. Pois bem: o Espírito dos pais tem a missão de desenvolver o dos filhos pela educação: isso é para ele uma tarefa? Se nela falhar, será culpado.
Agora o espírito já está reencarnado. É nosso filho. Iniciou sua nova caminhada existencial e vai passar, durante alguns anos, pela fase da infância, onde é muito dependente dos adultos, e onde seu pensamento não pode ser exercido como o de um adulto, pois está dependente do desenvolvimento do próprio corpo. Informam os benfeitores espirituais da humanidade que os pais tem a missão de desenvolver os filhos pela educação, e que isso se dá principalmente pela influência que exercem, influência essa que se dá através dos exemplos.
Vejamos esta cena doméstica reveladora: Os pais reformavam o quarto da filha, tendo-a provisoriamente transferido para o quarto do casal, e estavam na etapa final, ou seja, a pintura. O pai estava pintando a parte superior da parede, apoiando-se no topo da escada, e a mãe pintava o rodapé, quando a menina, de seis anos, entrou pelo quarto, muito aborrecida, semblante fechado, bracinhos cruzados sobre o peito. Olhou para o aspecto de obra do quarto e, batendo com o pezinho direito no chão, indagou: “Mas, que diabos, quando isso vai ficar pronto?”. E imediatamente se retirou muito zangada. O pai parou de pintar e, aborrecido, fechou o semblante, cruzou os braços e, irritado, batendo o pé direito no degrau da escada, perguntou à mãe: “Mas, que diabos, onde nossa filha aprendeu a falar desse jeito?”
Naquele momento, sem perceber, ele se dera a resposta. Aprendera com ele. Sua querida filha apenas o imitava, tantas vezes já houvera assistido o pai agir e reagir dessa maneira. Como diz com muita propriedade Paulo de Tarso, as palavras podem até convencer, mas é o exemplo que arrasta.
Aos pais que acreditam estar educando seus filhos com a matrícula na creche e depois na escola infantil, acompanhando os deveres escolares na sequência do ensino fundamental, um alerta: à escola cabe o papel de coadjuvante na educação do ser imortal, e não o papel de essência, que compete aos pais, pois a escola pode (e deve) facilitar o desenvolvimento cognitivo e emocional, mas o desenvolvimento do senso moral, a consolidação de virtudes e o combate às más tendências que porventura o espírito traga, é de competência dos pais no ambiente da família. É ideal que família e escola unam esforços, mas não se pode querer que uma substitua a outra.
Neste ponto Allan Kardec faz uma indagação importante, e que constituti a questão 209:
“Por que pais bons e virtuosos têm filhos perversos? Ou seja: por que as boas qualidades dos pais não atraem sempre, por simpatia, bons Espíritos como filhos?
– Um mau Espírito pode pedir bons pais, na esperança de que os seus conselhos o dirijam por uma senda melhor, e muitas vezes Deus o atende”.
Qual pai ou mãe não desejaria ter apenas bons filhos, verdadeiros anjos, crianças obedientes, educadas e que não dessem trabalho? E por que isso não acontece, mesmo rogando a Deus essa dádiva? A explicação é clara: a reencarnação obedece planejamento superior criterioso, levando em conta as necessidades de cada espírito. Nesse planejamento, que é todo um processo gerido por Espíritos Superiores obedecendo a lei divina, muitos de nós tomamos parte ativa, desde que tenhamos condições para isso, e, quantas vezes, concordamos em receber como filho um espírito que não está ligado a nós pelos laços de simpatia, mas que solicita pais que possam domar suas más inclinações, possam exercer sobre ele uma boa influência. Esse pedido é ouvido por Deus que, na sua misericórdia, nos consulta sobre essa possibilidade, então aceitamos de bom grado, pois nos consideramos preparados para dar amor, para exercermos a compreensão e a paciência, sabedores que muito ganharemos com isso se conseguirmos com nossos esforços educá-lo, apesar dos possíveis aborrecimentos e sofrimentos.
Onde prevalecem laços de ódio, de mágoa, de ressentimento, de vingança, de inveja, não é possível estabelecer uniões simpáticas. Isso é decorrência dos esforços que fazemos na existência em nos compreender, nos colocar no lugar do outro, em pedir perdão, em não se sentir ofendido, em tentar sempre fazer o bem, enfim, em aproveitarmos esta existência para a sublime tarefa de autoaperfeiçoamento moral, pois somente quem procura se espiritualizar fica com os canais psíquicos abertos para sentir o amor universal, interiorizar esse amor e distribuí-lo sem olhar a quem. Que isso comece no lar, entre pais e filhos.
terça-feira, 23 de julho de 2024
segunda-feira, 22 de julho de 2024
Violência na escola
Quando vemos um aluno, ainda criança, ameaçar seus colegas, atacar os professores e desprezar as pessoas de uma forma geral, desrespeitando as regras da salutar convivência, detectamos um grave problema de falta de socialização e de comportamento moral em desequilíbrio. Embora as explosões de fúria e de violência se destaquem na escola, a verdade é que essa criança mantém essa conduta em todos os ambientes: no lar, no ambiente familiar, e também no convívio social de uma forma geral. Como podemos perceber, a causa não está na escola, embora esta, em falhando nos procedimentos educacionais, possa alimentar essa “raiva de tudo e de todos”, ou pelo menos fingir que não vê o problema, não atuando como deveria para a solução do mesmo. A escola tem sua parcela de culpa, mas precisamos voltar nosso olhar para a família, para a missão educativa dos pais, se queremos encontrar as causas e combatê-las com eficiência.
Mas antes de estudarmos a família, é necessário compreendermos quem somos e o que estamos fazendo aqui, pois da concepção que fazemos do ser humano e, portanto, de nós mesmos, depende a educação. Atualmente estamos vendo o predomínio de uma concepção utilitarista do ser humano, de base materialista, levando a educação a ser entendida como um processo de aquisição de saberes e formação técnica. Embora existam preocupações outras, como as da inteligência espiritual e moral, os teóricos insistem em tudo circunscrever ao biológico, chegando mesmo a confundir a alma com as funções neuronais do cérebro. É fácil percebermos as consequências disso, com a educação voltada quase exclusivamente a ensinar conteúdos curriculares, transmitindo conhecimentos, valorizando o desenvolvimento intelectual, a aquisição de habilidades, deixando em segundo plano o desenvolvimento emocional, a sensibilização dos sentimentos, a compreensão da vida e dos valores humanos.
Está faltando um olhar transcendente, espiritualista, sobre o ser humano e a vida, olhar esse que irá transformar a educação e a formação das novas gerações. Esse olhar transcendental está todo na Doutrina Espírita, mas não é um olhar místico, cheio de mistérios e parábolas, pelo contrário, é um olhar racional, tendo por base os fatos devidamente estudados e explicados, inclusive em relação às suas consequências morais. O ser humano é entendido como uma alma imortal reencarnada, possuindo em desenvolvimento os potenciais divinos da inteligência e do sentimento, trazendo consigo as aquisições e experiências de encarnações anteriores, podendo, pois, ter boas ou más tendências de caráter, estar mais ou menos desenvolvido. Com esse olhar, entende-se que o papel da educação é corrigir as más tendências, criar bons hábitos, fazer o desenvolvimento integral dessa alma, e que essa competência não é exclusiva da escola, pois pertence igualmente à família.
O que os pais, os primeiros educadores da alma que reencarna como filho, estão fazendo? Quais são suas preocupações com a criança que está à sua frente? Que importa se lhe dão os cuidados com a saúde, as melhores roupas e as melhores escolas, se descuidam da formação do seu caráter? Se não lhe dão bons exemplos morais? Se não trabalham para ligá-los a valores humanos como a ética, a solidariedade e a fraternidade? Quando os pais falham na educação dos seus filhos, deixando-os egoístas, orgulhosos e materialistas, as consequências são o que estamos assistindo na sociedade: violência, corrupção, indolência, vícios de toda ordem, paixões avassaladoras, transtornos mentais, num leque variado, fazendo com que muitos pensadores considerem que falta apenas o ser humano aniquilar a si mesmo, extinguindo a vida planetária. Não acreditamos que isso vá acontecer, mas estamos sujeitos, se a educação não for transformada, a passar por muitas tragédias que poderiam ser evitadas.
Quando a criança adentra à escola mostrando não ter limites, desrespeitando colegas e educadores, revoltando-se com as regras de convivência, achando que pode fazer o que quer, do jeito que quiser e quando quiser, transformando o ambiente num caos através da violência, ela está vindo da família, portanto, ela é a demonstração viva da falência, ou ausência, da educação que os pais deveriam ter-lhe dado. Se a escola deve trabalhar pela socialização da criança, não lhe compete fazer isso sozinha, necessitando do concurso da família, pois os pais são educadores muito importantes. A verdade, que muitos teimam em ocultar, é que pais e professores, família e escola, têm que se dar as mãos no processo educacional das novas gerações.
A raiz de todos os males está no egoísmo, e é ele que devemos atacar e destruir, e isso somente se dará através da educação, mas da educação que espiritualiza, que humaniza, que tem por base a ética e a solidariedade, a empatia e a resiliência, o bom exemplo e a formação moral antes que a intelectual. Essa educação é promovida pela Doutrina Espírita, olhando a vida imortal que possuímos. Quando ela for aplicada, a violência e o mal não terão mais espaço, pois aprenderemos a nos amar e a fazer aos outros, sempre, somente o que gostaríamos que eles nos fizessem.
terça-feira, 16 de julho de 2024
segunda-feira, 15 de julho de 2024
E a história se repete
Logo após o retorno de Jesus à dimensão espiritual, teve início, por parte dos seus discípulos diretos, seguidores e admiradores de sua mensagem, um movimento para espalhar a Boa Nova, a nova notícia que ficaria enfeixada no Evangelho. Inicialmente o movimento não foi organizado, mas espontâneo. Pequenas comunidades cristãs começaram a surgir através dos judeus convertidos, por todo o Império Romano, visto que os judeus por ele estavam espalhados, com muitas cidades possuindo sinagogas onde semanalmente se reuniam para a leitura e comentário dos textos sagrados do Judaísmo. Aproveitando essa estrutura, Paulo de Tarso percorreu a Ásia e parte da Europa, levando a mensagem evangélica aos corações ansiosos por algo novo e diferente, assim convertendo muitos, judeus e não judeus, ao Cristianismo nascente. Homens e mulheres de diversas nacionalidades, de variadas conceituações religiosas, uniram-se em torno da mensagem de Jesus Cristo, mensagem de amor, solidariedade e fraternidade. Logo foi percebido a necessidade de uma organização, mesmo que informal, e de uma liderança, pois a influência do Judaísmo e do Paganismo era forte, gerando problemas de interpretação dos ensinos de Jesus, assim como da prática dos mesmos.
Transforma-se, então, a figura de Paulo de Tarso, de divulgador da Boa Nova para verdadeiro líder, como aquele que havia entendido com profundidade o Evangelho, estando apto a esclarecer dúvidas e orientar os neófitos com segurança. Em suas visitas ás comunidades cristãs, Paulo reunia a todos para conversas fraternas, estudos dos ensinos de Jesus, procurando apaziguar os corações e as mentes, mostrando que o Cristianismo era uma religião diferente, que tinha seus próprios preceitos e, portanto, devia despregar-se do Judaísmo. Não foi nada fácil estabelecer esse entendimento, sendo perseguido, escorraçado, jurado de morte, até ser preso e encaminhado à Roma para julgamento, como se fosse um agitador comum. Podemos entender com facilidade esses acontecimentos, pois Paulo era judeu, ex doutor da lei, sendo considerado pelos sacerdotes judaicos um renegado. É nesse contexto, impedido de viajar, que, inspirado, inicia o trabalho de elaborar cartas para as comunidades, respondendo aos anseios, dúvidas e problemas que estas enfrentavam internamente e também externamente.
Diante de uma infinidade de posicionamentos culturais e religiosos, muitas vezes antagônicos, que pressionavam as comunidades cristãs, Paulo muitas vezes teve que ser firme, incisivo, pois ele sabia que o momento histórico era por demais importante: tratava-se de salvar a mensagem de Jesus para o futuro da humanidade, antes que formulações judaicas e pagãs deturpassem essa mensagem. Ele conseguiu, não sem embates e críticas à sua pessoa e seu entendimento do Evangelho, mas sua fé, sua força moral e sua coragem sustentaram o Cristianismo nascente, permitindo que o mesmo ganhasse terreno e fosse, com o tempo, reconhecido pelo próprio Império Romano.
Esse mesmo tempo logrou deturpar a mensagem de Jesus através da rigidez dos códigos católicos, e depois do protestantismo, sendo necessário que uma nova voz se levantasse, desta vez não de uma única pessoa, mas a voz dos Espíritos, em todo o mundo, surgindo assim o Espiritismo, com a missão de restaurar o Evangelho em espírito e verdade, à luz da imortalidade, da reencarnação e da evolução. Através do trabalho realizado por Allan Kardec, que reuniu essas vozes espirituais, dando-lhes um corpo de doutrina, o Espiritismo vem esclarecendo as mentes e consolando os corações, mas não sem lutas, sem receber as pedradas da incompreensão geradas pelo materialismo e pelo fanatismo, assim como de interpretações pessoais, muitas vezes esdrúxulas, feitas por encarnados e desencarnados, estes com a anuência de médiuns invigilantes e pouco afeitos ao estudo da doutrina que dizem representar. A vaidade, o orgulho e o egoísmo ainda imperam em muitos medianeiros, mundo afora, tanto quanto em muitos adeptos, mas que não podem ser classificados como verdadeiros espíritas.
Em nome da tolerância religiosa, do ecumenismo religioso, há os que defendem que todas as práticas espiritualistas e mediúnicas configurem formas teóricas e práticas de Espiritismo, quando isso não é verdadeiro. A Teosofia, a Umbanda, o Esoterismo, a Maçonaria, entre outras, configuram doutrinas espiritualistas diferenciadas, com origem histórica diversa e princípios e rituais igualmente diferentes. O Espiritismo é único, com sua história, sua doutrina e suas práticas, conforme estudamos nas obras assinadas por Allan Kardec.
Respeitamos todas as religiões, todos os cultos, todas as crenças, mas não é por exercermos a fraternidade e a solidariedade, que confundiremos as coisas. Assim como Paulo de Tarso exerceu vigilância sobre o movimento cristão nascente, os estudiosos do Espiritismo, assim como os dirigentes do movimento espírita, precisam ficar atentos, para não permitir que se desconfigure o Espiritismo, em sua missão de reviver o Evangelho e transformar moralmente a humanidade.
terça-feira, 9 de julho de 2024
segunda-feira, 8 de julho de 2024
Os três reinos
Ao fazermos a leitura e estudo do Evangelho, utilizando para isso os princípios que sustentam o Espiritismo, doutrina que revive os ensinos morais de Jesus, deparamo-nos com o Mestre Divino falando sobre o Reino de Deus e o Reino dos Céus, ora se referindo a um, ora se referindo a outro. E vemos também os seus discípulos diretos, assim como outros personagens que interagiram com Ele, fazendo interpretações divergentes sobre o significado desses dois reinos. O entendimento não é pacífico, ou pelo menos não o era naquele tempo, pois os judeus ansiavam pela vinda do Messias, o Enviado do Senhor, para restabelecer a hegemonia da nação de Israel no contexto humano, com a expulsão dos gentios da Terra Prometida, ou seja, a Palestina, afinal, eram eles o povo escolhido de Deus, segundo a crença em que acreditavam com toda força. Assim, para muitos a palavra de Jesus, considerado profeta da Galileia pelos que o seguiam e escutavam sua palavra, significava que aquele era o momento em que o Reino de Deus se estabeleceria definitivamente no Reino da Terra. Como isso se daria? Como aconteceria? Nesse contexto, as figuras de Barrabás e de Judas Iscariotes representam a interpretação literal, ao pé da letra, dessa ânsia de soerguimento do povo judeu, considerando que deveria haver um levante contra a impiedade do Império Romano, tendo em Jesus o líder espiritual do movimento revolucionário. Mas Jesus advertiu: quem com a espada fere, com a espada será ferido, pois o Reino de Deus não pode ser implantado no Reino da Terra com o uso da violência, mas sim da paz, através da solidariedade e da fraternidade.
Os judeus consideravam o Reino dos Céus inacessível aos mortais, sendo morada dos puros e dos eleitos de Deus, não entendendo convenientemente o fenômeno da morte e a existência da vida espiritual, embora considerassem os aspectos da ressurreição do espírito, que não sabiam exatamente como se dava. Os fariseus, seita religiosa dominante entre eles, estavam perdidos em mil interpretações sobre as escrituras sagradas, dedicando-se a conchavos políticos, cultos externos e outras coisas, que mostravam claramente que suas preocupações primeiras não eram de ordem espiritual, tanto que tiveram imensa dificuldade em compreender Jesus, espantando-se com seus ensinos e ações em torno do amor ao próximo, considerando-o mesmo um herético. A politização da religião estava em curso; a fé era mercantilizada; a adoração de Deus através de atos exteriores acompanhados da hipocrisia, era fato estabelecido entre os doutores da lei. Havia, entre os judeus, a fermentação paulatina da massa para uma revolução, e isso contaminou tanto Barrabás quanto Judas Iscariotes, que se deixaram enganar pelo falso cântico da tomada do poder político e militar, como caminho para implantação do Reino de Deus na Terra.
Ora, tanto o Reino da Terra, assim como o Reino dos Céus, são apenas aspectos ou dimensões do Reino de Deus, o criador de tudo o que existe, o princípio de todo o universo, a causa primária da vida. E Deus é o amor vibrando em tudo, foco ardente do maior dos sentimentos, portanto, sendo a violência incompatível com o seu Reino, seja na terra como no céu.
Contudo, mais de dois mil anos nos separam dos acontecimentos da época em que Jesus, emissário divino, esteve entre nós ensinando o amor, e ainda assim não conseguimos aprender suas sublimes lições, insistindo em mesclar a religião com a vida mundana, com as ideologias políticas e interesses meramente materiais. Continuamos a assistir padres e pastores assaltando o Reino de Deus através de conchavos políticos, assim como pela exploração dos mais fracos e ingênuos, enriquecendo às custas de falsas promessas que escondem muitas vezes o enriquecimento pessoal ilícito, o poder absoluto e outras coisas que mancham profundamente a missão primeira da religião, que é espiritualizar o ser humano. A escalada do pensamento materialista e das ideologias conservadoras e radicais que hoje assistimos, em grande parte foi impulsionada por essa derrocada dos representantes da religião, levando as pessoas a mesmo desacreditarem de Deus.
Os dirigentes das instituições espíritas, médiuns e palestrantes do Espiritismo, não estão isentos desse equívoco, motivo pelo qual todos devemos manter firme vigilância contra o assédio do egoísmo, do orgulho, da vaidade, da prepotência e, também, da sedução das palavras bonitas e arrebatadoras dos Espíritos enganadores, pseudossábios, que se servem de médiuns desavisados, invigilantes, que pouco estudaram, e menos compreenderam, a Doutrina Espírita.
O Espiritismo tem por missão acelerar a transformação moral da humanidade, motivo pelo qual prioriza a educação moral das novas gerações, e a nossa autoeducação moral, para que o Reino de Deus possa definitivamente fazer luz no Reino da Terra e no Reino dos Céus, pois a lei divina nos conclama ao progresso incessante. Jesus não é um profeta das terras palestinas, é o guia e modelo da humanidade; é o Espírito mais perfeito que já esteve na Terra, enviado por Deus para realizar nosso despertar espiritual. Se queremos, no depois da morte, encontrar a felicidade no Reino dos Céus; se queremos, em próxima encarnação, encontrar menos provas e expiações no Reino da Terra; se queremos ter paz, envidemos todos os esforços para permitir que o Reino de Deus cresça em nós, colocando em prática a caridade, pois somente o amor pode cobrir a multidão dos pecados e fazer brilhar a luz do potencial divino que todos possuímos. Somente assim os três reinos se conjugarão e os equívocos interpretativos cessarão, dando lugar à legítima fraternidade.
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