Mordomias na Segurança Máxima

O sistema penitenciário brasileiro revela fragilidades inconcebíveis, principalmente quando se trata da chamada prisão de segurança máxima, onde os presos possuem mordomias que escandalizam a sociedade, mordomias que normalmente facilitam a vida dos presos com poderio econômico, o que revela a fragilidade do sistema via corrupção daqueles que deveriam manter a segurança e os regulamentos. De celular a salmão, tudo parece entrar, numa demonstração eloqüente que a segurança máxima está apenas no discurso.

Uma prisão de segurança máxima deveria fornecer aos prisioneiros tudo o que eles necessitam, afinal a sociedade paga altas porcentagens de taxas, contribuições e impostos para o estado gerir o sistema prisional. Por que os presos não possuem uniforme? Qual a razão deles receberem dinheiro dos familiares? O que justifica eles receberem alimentação especial duas vezes por semana, trazida pelos familiares ou amigos?

Se a prisão é de segurança máxima isso significa que ali são mantidos aqueles que oferecem perigo à sociedade, ao livre exercício da cidadania, e, naturalmente, é local de maior disciplina, de regulamentos mais severos, onde o prisioneiro, que é um ser humano, e não um "elemento malfeitor", deverá receber reeducação social durante o cumprimento da pena.

Deveria o prisioneiro participar de oficinas de trabalho, produzindo utilmente para a sociedade, ouvir palestras sobre cidadania e outros temas, receber orientação psicológica, e não receber mordomias das quais já muito se utilizou enquanto se locupletava indevidamente com falcatruas e outros crimes.

Para que a prisão de segurança máxima funcione como deve, todos os profissionais envolvidos em sua manutenção e funcionamento devem ser capacitados e recapacitados continuamente, não apenas profissionalmente, mas moralmente, recebendo salários dignos. Somente assim a corrupção será minimizada ou mesmo debelada.

É fato que cidadãos e cidadãs estão indignados com os escândalos que a imprensa divulga, envolvendo absurdos nas prisões. É hora de o governo tomar medidas enérgicas, transformando o sistema prisional, dando dignidade aos profissionais que nele atuam, e aos presos que dele passam a depender.

Pensemos nisso!

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