Mudanças, Transformações, Fachadas

Fazer mudanças pedagógicas na escola não é tão fácil, são muitas as resistências. A começar da gestão escolar, que muitos ainda chamam de direção escolar, nem sempre sensível aos reclamos da sociedade e dos pensamentos educativos.

Há também a resistência dos professores, acomodados ao sistema, à prática pedagógica um tanto quanto "secularizada", afinal mudar dá muito trabalho, não tanto em termos físicos, mas pessoalmente falando, pois mudar significa renovar posturas, o que nem todos estão dispostos a fazer.

Temos um terceiro nível de resistência, externa, que é exercida pelos pais, acostumados a uma escola tradicional, envolvidos por um processo "passagem para a faculdade via vestibular", e que cobram da escola as "notas" dos seus filhos como único meio possível - será? - de avaliação.

Como vemos, são muitas as resistências. Por esses motivos, porque não são poucos, as transformações são, em grande maioria, de "fachada". Uma maquiagem física na escola - nova pintura, novos equipamentos - e está carimbada a "mudança". Ou, em termos de procedimentos pedagógicos, a implantação de algumas novas idéias, a introdução de novas atividades - e, pronto, está feita a "transformação".

A verdade é que, apesar das inúmeras oportunidades de capacitação pedagógica, porque elas existem e são oferecidas, vários desses conteúdos são sumariamente arquivados/engavetados pelos professores após a capacitação, o que impossibilita que o processo educação seja renovado. E o problema não são apenas esses professores arquivistas, mas também seus gestores, que não implementam na prática as capacitações.

Agora, diante desse complexo quadro de resistências, podemos avaliar as barreiras a um projeto de educação moral, que muitos confundem com ensino religioso, confusão essa originada do encobertamento da crise moral pela qual passam o homem e a sociedade.

Como poucos querem enxergar e discutir as inversões de valores, teimando em estabelecer diferença entre "ser ladrão", por exemplo, e "ser corrupto", não querendo entender que todos "roubam" e assim prejudicam a coletividade, a educação moral não tem espaço, não é prioridade, até porque, para trabalhar a formação do caráter do educando, é preciso antes trabalhar a minha formação do caráter, e isso nem todos os gestores, professores e pais querem fazer. Dura realidade, mas verdadeira.

De qualquer forma acreditamos na transformação através da educação moral, e que a escola fará significativas mudanças quando reconhecer que o caminho é a aplicação da educação moral.

Ah, você quer saber o que é, afinal, educação moral? Convido-o a ler meus outros artigos aqui publicados, e ler meu livro "A Educação Moral e Sua Aplicação", publicado pela Interior da Alma Editora - www.interiordaalma.com.br. Se você tiver alguma dúvida, algum questionamento, alguma sugestão, faça seu comentário.

Vamos, pelo menos, pensar sobre o assunto?

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