domingo, 13 de abril de 2025

Meus livros no Clube de Autores


Através do Clube de Autores tenho 31 livros publicados, que você pode adquirir tanto na versão impressa (física) quanto na versão digital. São eles:

Alma e Corpo
Amanhã Será Outro Dia
Aprendendo a Educação Espírita
Caminhos da Educação
Centro Espírita, Escola de Almas
Conhecendo o Espiritismo
É Preciso Amar
A Educação Que Temos, A Educação Que Precisamos
Educação Moral
Educando o Espírito
Enxugue Suas Lágrimas
Escola do Sentimento
Espiritismo e Cultura
Espiritismo e Educação
O Evangelho na Visão Espírita
Família, Espaço de Convivência
Gestão Humanizada
O Homem de Bem
Jesus, o Maior Educador da Humanidade
A Lei de Amor
Lições e Exemplos
Mediunidade e Obsessão
Mediunidade, Perguntando e Aprendendo
Pais, Eduquem Seus Filhos!
Paulo de Tarso e as Cartas do Evangelho
Pedagogia da Sensibilidade
A Paz no Mundo
Prática Educativa para Pais e Educadores
Tudo Tem Solução
Uma Entrevista para Fazer Pensar
Vida e Felicidade

Acesse www.clubedeautores.com.br e compre com toda comodidade, colocando na busca "Marcus De Mario".

Você pode comprar o livro na versão física (impresso) ou na versão digital, à sua escolha.

Boa leitura!


sábado, 12 de abril de 2025

Canal Orientação Espírita


O canal Orientação Espírita, no YouTube, traz para você importante conteúdo, atualizado semanalmente, enriquecendo seu conhecimento doutrinário e fortalecendo a aplicação do Espiritismo no dia a dia.

São programas, séries, estudos, palestras e muito mais.

Programas
Espiritismo e Educação
O Evangelho em Espírito e Verdade
Na Era do Espírito

Séries
Pais e Filhos, A Arte de Educar
O Que é o Espiritismo
Educação Espírita
O Jovem e o Espiritismo
Orientação Espírita

Cursos
Educação do Espírito
As Potências da Alma

Acesse o canal Orientação Espírita no link abaixo, faça sua inscrição e assinale o sininho para receber as atualizações.

Podcast - Consumismo: alerta aos pais



Está no ar mais um episódio do podcast Análise e Crítica, com Marcus De Mario.

É o episódio #0115, com o tema Consumismo: Alerta aos Pais, trazendo reflexões sobre a falta de limites que muitos jovens apresentam no consumo, sem darem importância ao que tem, e sem se darem conta da exploração predadora da natureza de que participam.

O podcast Análise e Crítica é publicado toda segunda-feira através do Spotify.

Assista o episódio #0115 acessando o seguinte link:

Mães e avós que fazem tudo


Marcus De Mario

Toda mãe e toda avó, por amor aos seus filhos e netos, reservam tempo para ajudá-los nas suas tarefas escolares, na sua higiene quando ainda estão na infância e assim por diante. Isso faz parte das tarefas que competem às mães, assim como, igualmente, ao que compete às avós. Nada de estranho nisso. O problema é quando isso é levado ao extremo, ou seja, quando elas assumem tudo, fazem tudo, resolvem tudo, sacrificando o próprio viver, pois agindo assim fazem dos filhos e netos pessoas passivas, não participativas, não colaborativas, e que, crescidos, quase nada sabem fazer, muitas vezes faltando iniciativa própria, afinal, durante a infância e a adolescência, tanto a mãe quanto as avós tudo fizeram, tudo resolveram. Essa situação fica agravada quando os jovens casam, iniciando uma nova família. Desacostumados a participar das tarefas domésticas, nada sabem, e tudo fica de qualquer jeito. Você já viu essa situação na sua família, ou em família de alguém conhecido? Ela é mais comum do que podemos imaginar.
Temos relatos de crianças e adolescentes que passam o dia entre a escola e o celular/computador. No tempo em que estão em casa, nada fazem a não ser ficar navegando na internet ou desenvolvendo jogos em aplicativos específicos. Ficam horas naquele celular ou computador, como alegam as mães e avós, e não há nada que os faça sair dessa verdadeira hipnose tecnológica. Será mesmo? E a autoridade moral das mães sobre seus filhos, e das avós sobre seus netos? Estamos escrevendo especificamente sobre o papel das mulheres na educação das novas gerações, mas isso não quer dizer que o pai e os avôs não tenham igualmente suas responsabilidades, que fique bem claro isso.
Desde cedo a criança precisa aprender a participar, a compartilhar e a colaborar, sempre de acordo com seu entendimento e sua possibilidade, pois ela não pode ser vista como peça decorativa do lar, ou que está na fase somente de brincar. É de pequenino que a educação tem início.
Mostrar à criança o quanto é importante e bom organizar os brinquedos, mantê-los limpos e arrumados, assim como deixar que participe das pequenas tarefas domésticas, assumindo paulatinamente responsabilidades, são ações que promovem o futuro cidadão consciente, responsável, e que não vai ficar esperando que os outros façam ou peçam para ele fazer, pois aprendeu desde cedo a participar, aprender e fazer.
Falamos da autoridade moral. Ela é estruturada através dos bons exemplos, do diálogo e do estabelecimento de regras e limites, pois gritos, tapas e castigos não educam, apenas atemorizam, podendo criar adultos recalcados ou violentos. Perguntemos: por que mães, principalmente, e avós, devem “se matar de trabalhar” pelos filhos e netos, como se eles nunca pudessem e tivessem capacidades para aprender e fazer por si mesmos? Onde está escrito que elas devem padecer tudo durante a infância deles, para depois ficarem amargurando dissabores e abandono quando adultos? Não é assim e não deve ser assim.
Se a missão dos pais na educação dos filhos é considerada uma missão divina, como nos informam os espíritos benfeitores da humanidade, isso não quer dizer que devam tudo fazer por eles, pois estarão não cumprindo essa missão, pois a educação deve libertar, deve formar o caráter, deve socializar, deve desenvolver indivíduos com autonomia, que saibam ser protagonistas sociais, assim contribuindo para a transformação moral da humanidade.
Se você é mãe ou avó, não faça todas as vontades dos seus filhos ou netos. mostre a eles que não podemos fazer apenas o que queremos, quando queremos e do jeito que queremos. Faça com que aprendam, na teoria e na prática, que devemos fazer aos outros somente o que desejamos que os outros nos façam, como nos ensinou o maior educador de todos os tempos: Jesus.
A sociedade está repleta de indivíduos egoístas, individualistas e indiferentes para com os outros e para com o planeta, fruto de uma educação mal aplicada, em que a formação moral cedeu lugar para a formação intelectual, onde o conhecimento e a preparação profissional assumiram protagonismo no lugar da formação do caráter e do desenvolvimento do sentimento. É urgente revertermos essa situação, ou continuaremos a ver a maldade, que tem base no egoísmo e no orgulho, destruindo os laços familiares e sociais, numa luta interminável entre a criminalidade e a as forças policiais de segurança, e interminável, porque ela é alimentada por uma educação falseada geração após geração.
Entretanto, há luz no fim do caminho, ou no fim do túnel. Essa luz será a consequência da aplicação da educação moral, como nos é apresentado pelos Espíritos e por Kardec em O Livro dos Espíritos, notadamente nas questões 685A e 917, mas igualmente em outras. Demos nossa contribuição a esse magno tema em nosso livro Educação Com o Cristo, onde estudamos as questões da obra básica do Espiritismo ligadas à educação.
Mães, não façam tudo pelos seus filhos, deixe-os aprender a fazer. Isso vale também para as avós. Lembrem-se que o futuro da humanidade está na educação que estejam desenvolvendo com eles, e que pela lei da reencarnação todas haverão de retornar aqui. Que futuros pais vocês gostariam que as recebessem?

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Filme - Pássaro Branco - Uma História de Extraordinário


Sabe aquela história comovente baseada em fatos reais, retratando um período sombrio da humanidade, mas ao mesmo tempo mostrando que a bondade continua brilhando? Essa história está no filme Pássaro Branco - Uma História de Extraordinário, atualmente disponível na Prime Vídeo.

O filme retrata a França ocupada da Segunda Guerra Mundial, quando a perseguição nazista aos judeus chega ao auge, não poupando nem as crianças. E são elas as protagonistas, quando um aluno da escola de pequena cidade francesa do norte, com a ajuda de seus pais, protege uma colega de sala de aula, que era judia.

A história é narrada por ela mesma, já idosa, ao seu neto, que enfrenta problemas para melhor se ambientar na nova escola em que foi matriculado.

São muitas lições ligadas à bondade, fraternidade e solidariedade.

A realidade pode ter limites, mas os sonhos não têm fronteiras.

Vale a pena assistir e fazer as devidas pontes com o que nos ensina a Doutrina Espírita.

E prepare-se para verter algumas lágrimas de emoção.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Vídeo - Teoria e prática x verbalismo e ativismo


Assista o vídeo Teoria e Prática x Verbalismo e Ativismo, com Marcus De Mario, numa abordagem pedagógica espírita sobre o que se deve e o que não se deve fazer no ensino.

A série Educação Espírita vai ao ar toda terça-feira, às 09 horas, no canal Orientação Espírita, no YouTube.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Podcast - Jesus e a religião



Ouça no Spotiy (link abaixo) o episódio #0114 do podcast Análise e Crítica, com o tema Jesus e a religião.


Uma abordagem histórica sobre a desfiguração do Evangelho e suas consequências.

Ouça em:

A família que não sabe conviver


Marcus De Mario

Contou-nos a amiga Cláudia a história de um casal amigo com dois filhos, constituindo uma família que não sabe o que é conviver no próprio lar. Ela explicou:
- Sou muito amiga de um casal que vive em outra cidade, e eles tem dois filhos na faixa de 7 e 9 anos, e vez ou outra, além de nos falarmos ao telefone ou em chamadas de vídeo, passo alguns dias com eles, sempre que posso em momentos de folga do trabalho profissional. Na última vez que estive com eles reparei que tinham um dia a dia muito corrido. Os filhos entravam na escola às sete da manhã, estudando até as quinze horas, e daí até perto das dezoito horas faziam atividades extracurriculares. Enquanto isso os pais trabalhavam, e o período da noite era reservado para o cumprimento de tarefas agendadas e preparação para o dia seguinte. Descobri que o sábado de manhã era utilizado para atividades esportivas e cursos específicos, e que durante a tarde e noite eles iam ao shopping, ao cinema e assim por diante, ou seja, ficavam sempre realizando alguma atividade externa, e repetiam isso no domingo. Perguntei à minha amiga porque não conviviam no lar, e ela me disse que não aguentavam ficar muito tempo com os filhos, que era muito estressante, e, assim, preferiam estar sempre com atividades externas.
Diante dessa realidade, a amiga Cláudia, que é excelente educadora, propôs uma mudança:
- Por que não ficamos em casa neste sábado? Conheço muitas brincadeiras, jogos e outras coisas que podemos fazer em família.
Ela nos contou que as crianças arregalaram os olhos, assustadas, e, de imediato, voltando-se para os pais, pediram para não ficar em casa, preferindo manter a rotina de mil atividades fora do lar, pois já estavam acostumadas com a liberdade que os pais lhes proporcionavam, considerando que conviver com eles seria, talvez, muito chato, tedioso. E assim foi feito.
Temos diante de nós uma família que não sabe conviver no próprio lar. E quantas outras famílias repetem esse mesmo quadro? Possivelmente em número muito maior do que podemos imaginar. E não podemos esquecer aquelas famílias em que seus membros, embora estejam todos em casa, vivem cada um no seu próprio mundo, principalmente diante de uma tela digital, navegando pela internet. Essas situações são muito perigosas, pois somos seres de relação, e o período infantil é muito importante para o aprendizado da socialização.
Colocar os filhos em situação de agenda lotada de atividades externas e falta de tempo livre para a convivência e a realização do brincar com os próprios pais, é formar seres insensíveis para com os outros, indiferentes para as situações sociais, gerando seres humanos estressados, muitas vezes depressivos, tendo deficiências no seu desenvolvimento intelectual e, principalmente, emocional.
E ainda mais: não podemos esquecer que somos espíritos criados por Deus, e que a reencarnação é dádiva divina para continuidade do nosso progresso, sendo que o período infantil é o mais importante para a influência da educação, da qual os pais são os responsáveis, missão sagrada da qual vão responder, pois Deus perguntará depois: o que você fez, enquanto pai ou mãe, do filho que confiei a você?
Não se iludam os pais: possuímos laços espirituais formados ao longo das diversas existências, laços esses que podem ser de amor ou de ódio, de afeto ou desafeto, e por isso estamos juntos no mesmo núcleo familiar; não há acaso, e sim oportunidade de reconciliação e de aprendizado do “amai-vos uns aos outros” ensinado e exemplificado por Jesus. Entretanto, se os pais não aguentam conviver com os filhos; não partilham momentos com os mesmos; não abrem espaço para brincar com os filhos; se consideram que os filhos são problema, tormento, estresse; enfim, se preferem deixar os filhos aos cuidados de terceiros, preparem-se para decepções amargas no futuro, pois quando necessitarem, é possível que os filhos não queiram estender a mão em amparo dos pais.
Durante a infância o tempo livre e o brincar são fundamentais para o melhor desenvolvimento da criança, quando ela poderá se socializar, desenvolver sua identidade, aprender a usar sua autonomia respeitando a autonomia do outro, desenvolver o pensamento crítico, aprender a obedecer regras e combinados, desenvolver a linguagem, num conjunto de aprendizados e desenvolvimentos muito importantes para sua formação, onde também entram os ensinos morais com base no Evangelho, pois a regra de ouro da educação é aprender a fazer ao outro somente o que se deseja que o outro lhe faça.
Pais e filhos devem conviver, devem dialogar, devem brincar entre si, pois isso colabora para uma boa saúde emocional individual e coletiva.
Como diz a sabedoria popular, família unida é família feliz, motivo pelo qual a doutrina espírita ressalta a importância da vivência do amor entre pais e filhos, pois somente o amor é capaz de apagar os débitos acumulados em existências passadas e construir hoje os alicerces de um amanhã ainda mais venturoso.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Vídeo - O Jovem e a Dinâmica Educacional


O vídeo sobre educação espírita O Jovem e a Dinâmica Educacional aborda a importância da participação do jovem no processo ensino-aprendizagem, e a necessidade de dinamismo nas atividades, com especial atenção para a escola e a evangelização espírita.

Os vídeos Educação Espírita são publicados semanalmente, às terças-feiras, às 09 horas, no canal Orientação Espírita:

segunda-feira, 31 de março de 2025

Podcast - Os pais e a vida de seus filhos


Ouça no Spotiy (link abaixo) o episódio #0113 do podcast Análise e Crítica, com o tema Os pais e a vida de seus filhos.

Comento a minissérie Adolescência (Netflix) e as graves questões que envolvem o relacionamento entre os pais e os filhos.

Ouça em:

A escola que não deveria existir


Marcus De Mario

Está fazendo sucesso a minissérie Adolescência, e, de fato, merecesse esse sucesso. Em quatro episódios intensos, com ótima atuação de atores e atrizes, temos farto material para pensar e refletir com profundidade sobre quem somos, o que estamos fazendo aqui e o que queremos ser na vida, com oportunos questionamentos sobre a família, o relacionamento social, o papel da escola, entre outros temas igualmente de relevância. No modo materialista de encarar a vida, os personagens se perdem numa rede psicológica que não entendem. Quem mar os seus entes queridos, mas não sabem como fazer isso e, diante de um crime inesperado, totalmente fora do previsto, ficam perplexos, paralisados, atônitos. Como faz falta uma visão espiritualista da vida, como faz falta o sentido de humanização, como faz falta a religiosidade, é o que podemos constatar. Mas não estamos aqui para descrever o roteiro da minissérie, e sim para focar nossa análise na escola que aparece no segundo episódio, e que no dizer dos personagens policiais, mais parece uma prisão, uma penitenciária.
É o retrato da escola que não deveria existir: repressora, arcaica, desvinculada da educação, despreocupada com os seres humanos que a fazem, sejam seus professores, seus alunos, os pais e demais funcionários. Tenta resolver os problemas com ordens, castigos, isolamentos e indiferença às questões emocionais e psicológicas. A cena do refeitório, em que o aluno negro sofre bullying, e o professor pede para que o aluno racista apenas pare com aquilo, seguindo em frente no que ia fazer, ou seja, sem parar para fazer a mediação do conflito, é bem o retrato de uma escola que há muito tempo se perdeu da educação e do seu papel de formação das novas gerações. Ainda mais emblemática é a cena em que os dois policiais, mal tendo entrado na escola, acompanhados pela diretora, passam por um professor emparedando dois alunos, fazendo um clássico sermão acompanhado de ameaças: chamar os pais, levar para a diretoria, aplicar uma suspensão, ou até mesmo sugerir a expulsão dos mesmos, assim livrando-se do “problema”.
Durante uma hora assistimos estarrecidos o retrato de uma escola falida, perdida em si mesma, desligada da realidade familiar e social dos alunos, com professores indiferentes e outros que sabem apenas gritar e ameaçar, caso da própria diretora. Agravando a situação, percebemos que os pais da história, ou seja, o policial e os do adolescente que está preso, nada sabem da escola em que seus filhos estudam, sendo completamente alheios ao ambiente frio, repressor e desumano em que os filhos vivem, isso agravado ainda mais com o não acompanhamento do que os adolescentes fazem através da internet e suas redes sociais, situação também pertencente aos professores, que vivem uma realidade paralela, desfocada da realidade dos alunos.
Como adeptos da doutrina espírita, compreendendo a criança como um espírito reencarnado, tendo por base do processo educacional o amor e a fraternidade, nossa visão sobre a escola é bem outra, a partir de uma visão bastante diferenciada do que seja a educação. É o Espiritismo que nos dá a esperança de construir uma escola diferente e que faça a diferença, uma escola humanizada e espiritualizada, participativa e criativa, mesmo que não siga os princípios do Espiritismo, mesmo que não seja vinculada a nenhuma religião. E, felizmente, essa escola existe e está espalhada pelo mundo, com exemplos dignos de serem seguidos, onde crianças e adolescentes participam ativamente do processo de seu desenvolvimento intelectual e emocional, tendo na escola uma extensão da família, ou a considerando uma grande família que lhes dá suporte para serem bons cidadãos.
No movimento espírita temos igualmente esses exemplos, e temos tido oportunidade de, bimestralmente, nas edições da Revista Educação Espírita, trazer esses bons exemplos escolares: Escola Espírita Joanna de Ângelis (Japeri/RJ); Mansão do Caminho (Salvador/BA); Obra Social Célio Lemos (São José dos Campos/SP); Remanso Fraterno (Niterói/RJ); Lar Anália Franco (Jundiaí/SP); Educandário Espírita Eurípedes Barsanulfo (Goiânia/GO); Escola Espírita Prof. Ney Lobo (Manaus/AM); Escola Espírita Chico Xavier (Palmas/TO); entre outras instituições espíritas voltadas para a educação, com escolas humanizadas e que baseiam seu trabalho no desenvolvimento dos valores humanos, na vivência da ética, e no desenvolvimento da espiritualidade.
Sobre essa escola recomendamos a leitura de um livro não espírita, mas muito importante, escrito pelo educador brasileiro Rubem Alves: Escola Com Que Sempre Sonhei Sem Imaginar Que Existia. Nessa obra ele fala da visita feita à Escola da Ponte, na cidade do Porto, em Portugal, uma escola inovadora que durante muito tempo teve à frente o educador José Pacheco, de quem também recomendamos a leitura de seus livros. Embora esses dois educadores não tenham contato com a doutrina espírita, seus pensamento e suas ações têm um casamento muito bom com o que a filosofia espírita da educação promove, assim como as escolas espíritas terão um bom modelo na Ponte, que ao longo do tempo tem sido objeto de estudo e aplicação na renovação escolar e educacional.
Não podemos esquecer que o centro espírita é uma escola de almas, ou seja, dos espíritos reencarnados, e que, nas devidas proporções e sem perder as diretrizes doutrinárias que devem lhe sustentar, deve proporcionar o estudo e a vivência do Espiritismo, nas legítimas bases dos ensinos morais do Evangelho, sendo, portanto, uma escola dinâmica, trabalhando da criança ao adulto, de forma integral, no desenvolvimento do potencial divino de cada um.
Voltando para a escola apresentada na minissérie Adolescência, temos que exclamar que ela é a escola que não deveria existir, assim como o centro espírita parado no tempo, alheio às exigências dos novos tempos sociais, também não deveria existir. E pais alienados, que não acompanham o desenvolvimento dos filhos, que não demonstram afeto, também não deveriam existir. Mas tudo isso existe, e compete a nós, que abraçamos a realidade espiritual da vida, trabalhar incessantemente para a transformação das escolas, dos centros espíritas e da família, legitimando o amor, a fraternidade, a solidariedade e a espiritualidade nas instituições humanas, a partir da transformação moral de nós mesmos.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Sembradores de Luz - Grupo de Apoio aos Educadores Espíritas


Sembradores de Luz  - Grupo de Apoio aos Educadores Espíritas, está fazendo importante trabalho junto à evangelização espírita, espalhando sementes pelo mundo em quatro áreas de trabalho: Educadores, Família, Juventude e Infância, com o objetivo de atender às diferentes necessidades de educadores, pais e jovens, publicando materiais em diversas línguas.

Quem somos?

Somos educadores espíritas que, conhecedores da importância da educação para a transformação moral da Humanidade e sabedores das necessidades dos educadores e pais para viabilizar este processo, decidimos criar este Grupo de Apoio Virtual que busca atender, de modo amplo e à luz da ensinamentos espiritas, as necessidades primordiais das crianças e jovens, de modo a promover o conhecimento filosófico, o aprimoramento moral e o ensejo à transformação social através do trabalho no bem, assim como investir na qualidade na relação familiar, célula primeira da sociedade.

Nosso propósito

Nosso propósito consiste na convergência de esforços cada vez mais acentuada, recursos e ações conjuntas, alcançar os objetivos de promoção do estudo, da prática e da divulgação da Doutrina Espírita às crianças, jovens e famílias. 

Acompanhe o trabalho de Sembradores de Luz em

www.sembradoresdeluz.org

terça-feira, 25 de março de 2025

Vídeo - Educação Espírita - Uma Nova Escola


O Espiritismo possui uma visão dinâmica sobre a escola e a educação.

Assista os vídeos Educação Espírita toda terça-feira, às 09 horas.

sexta-feira, 21 de março de 2025

Revista Educação Espírita


A Revista Educação Espírita é publicada bimestralmente e distribuída gratuitamente aos assinantes.

Para fazer a assinatura e receber a revista por WhatsApp ou E-mail (ou ambos), é só preencher o formulário de cadastro:
Você terá acesso a conteúdos como entrevistas, artigos, dicas de livros espíritas sobre educação, atividades educacionais, práticas pedagógicas e muito mais.

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Podcast - A reencarnação, a educação e a evolução


Ouça o podcast #0112 - A reencarnação, a educação e a evolução, com Marcus De Mario, clicando no link abaixo:

As tendências de caráter da criança


Marcus De Mario

Um casal do qual privamos de sincera amizade, possui dois filhos, um na faixa de oito anos de idade e outro com seis anos, e sabemos dos esforços dos pais em amá-los e educá-los, sem fazer qualquer distinção, tratando-os igualmente, orientando-se pelos ensinos do Evangelho esclarecidos pela Doutrina Espírita, da qual são adeptos. Apesar dos esforços em ligá-los ao bem, à caridade desinteressada, o menor demonstra sem equívocos uma índole, um caráter visivelmente egoísta, interesseiro, e tem muita dificuldade em lidar com limites, além de se mostrar, dependendo da situação, adepto do uso da mentira. Isso contrasta com seu irmão mais velho que, pelo contrário, desde tenra idade sempre mostrou ter bom caráter, índole pacífica, sendo excelente cooperador no ambiente doméstico e bom aluno na escola, o que o outro absolutamente não é. Sendo os pais os mesmos, assim como o tratamento dispensado aos dois, perguntamos: de onde vem essa distinção tão evidente no caráter de um e de outro, que é demonstrada pela criança antes mesmo que a educação e o meio social possam influenciá-la?
A ciência, considerando o ser humano apenas e tão somente a partir do nascimento, sem levar em consideração a pré existência da alma, apesar de muito pesquisar e nos entregar diversas teorias do desenvolvimento da criança, não consegue elucidar essa questão, ainda mais quando procura circunscrever as questões morais às funções cerebrais e neurológicas. Por sua vez, as religiões, embora considerando a alma, não possuem, em sua maioria, o correto entendimento, faltando-lhes a chave da reencarnação e a evolução individualizada de cada ser ao longo de várias existências. Esse é precisamente o entendimento do Espiritismo, que lançou ao mundo a ciência do espírito, demonstrando que somos seres espirituais provisoriamente utilizando um corpo material, pois que a morte não existe e a vida continua na dimensão espiritual, e nada perdemos de encarnação a encarnação, tudo pertence ao espírito, manifestando-se na nova personalidade e novo corpo como ideias inatas e tendências de caráter.
Houve um tempo em que a pedagogia não admitia as ideias inatas e as tendências de caráter, e talvez muitos pedagogos ainda não admitam, mas a realidade não deixa dúvida, pois contra os fatos não há argumento contrário possível. Negar por negar não é explicar racionalmente e com base em observações bem estudadas. Temos no exemplo que trouxemos uma evidência clara da distinção de caráter entre irmãos, filhos dos mesmos pais e por ambos educados no mesmo lar. A pedagogia espírita, levando em consideração a pré existência da alma e a lei da reencarnação, evidencia a importância de se trabalhar as tendências de caráter da criança através da educação tanto na família quanto na escola.
Abordando essa questão tão importante, Allan Kardec considera que a educação deve combater as possíveis más tendências de caráter que a criança traz, ou seja, o espírito traz consigo ao reencarnar, pois se isso não for feito durante o período infantil, tenderá esse ser em crescimento a cristalizar essas más tendências, que desabrocharão completamente a partir da adolescência, quando ele inicia o pleno controle sobre seu corpo físico. Para combater essas más tendências de caráter, os pais devem dar bons exemplos e boas orientações morais; devem dialogar sempre, construindo combinados e regras, que os filhos deverão obedecer de livre vontade, sempre assumindo as consequências da quebra desses combinados e regras; devem também trabalhar incessantemente pelo desenvolvimento das virtudes, quais a caridade, a bondade, a solidariedade e a fraternidade. Numa palavra, os pais devem desenvolver no lar a educação moral, a única que pode destruir o egoísmo e o orgulho, que são a base das más tendências de caráter.
Cada filho é uma individualidade única, com seu histórico evolutivo e com seu projeto reencarnatório, e entre eles existem aqueles que ainda são rebeldes à lei divina e aos esforços educacionais, que procuram manter sua zona de conforto. É assim que encontramos crianças mandonas, prepotentes, mentirosas, sem limites, violentas, retratando o caráter do espírito reencarnado, clamando por uma educação que lhe redirecione na vida, mostrando que tudo isso faz mal a ele e aos outros, e que estamos aqui neste mundo para aprender a fazer aos outros somente o que desejamos que os outros nos façam, a regra áurea da educação moral.
Sabemos o quanto é desafiador lidar com esses espíritos, mas eles também são filhos de Deus, que os confia aos pais terrenos para que estes possam educá-los, lembrando que não existindo o acaso, pais e filhos possuem ligações espirituais que remontam a outras épocas existenciais, e que se encontrarem na mesma família, sob o mesmo teto, é oportunidade valiosa de superar o passado e no hoje, e através da lei de amor construir um futuro mais feliz.
Quando a educação moral é deixada de lado, as consequências não podem ser boas, nem para a família, nem para a sociedade, como estamos vivenciando na época atual, mas com sua aplicação teremos em médio e longo prazos frutos que propiciarão a renovação moral da humanidade, de geração em geração, como aprendemos com o Espiritismo.

terça-feira, 18 de março de 2025

Vídeo - O sentido da vida e a educação


Assista acima o vídeo Educação Espírita - O Sentido da Vida e a Educação, com Marcus De Mario.

Os episódios de Educação Espírita são publicados às terças-feiras, às 09 horas, no canal Orientação Espírita, no YouTube.

Acesse todos os episódios em www.youtube.com/OrientaçãoEspírita

segunda-feira, 17 de março de 2025

A criança é um espírito reencarnado


Marcus De Mario

Você já parou para se perguntar de onde vem a índole moral que a criança em tenra idade apresenta? Se ela ainda nem chegou aos dois anos de idade, e a educação dos pais não teve tempo e poder de exercer grande influência, como ela pode estar demonstrando certos conhecimentos e, mais do que isso, certos pendores para o bem ou para o mal? Você percebe nitidamente que esses conhecimentos e esses pendores são da própria criança, nada tem a ver com qualquer influência externa, e procura na ciência uma explicação, nada encontrando que satisfaça plenamente sua indagação. É que a ciência, ainda materialista, não leva em consideração a existência, sobrevivência e reencarnação da alma, tudo centrando no mundo biológico, ficando em apuros para explicar o que está além disso. Entretanto, com a ciência espírita, que pesquisa e estuda a realidade da vida espiritual e seu intercâmbio com a vida material, tudo se esclarece de forma clara, objetiva e sem permitir dúvida.
Para o Espiritismo o nascimento é apenas a culminância do processo reencarnatório, ou seja, do processo da volta da alma à vida corpórea, para cumprir uma nova existência, num novo corpo e numa nova situação social e de personalidade. Como a alma já teve outras experiências reencarnatórias, traz consigo as ideias inatas e as tendências de caráter, conforme as vivências tidas nessas outras existências, as chamadas vidas passadas. Nada fica perdido, tudo se encadeia, pois o esquecimento do passado é relativo, e o que não está no consciente está perfeitamente registrado e guardado no inconsciente. Então, diante dessa constatação, podemos afirmar com toda segurança que a criança é um espírito (alma) reencarnado.
A imortalidade da alma e a reencarnação são princípios básicos do Espiritismo, e esses princípios proporcionam verdadeira revolução pedagógica, mudando de perspectiva os esforços que fazemos na educação, pois a criança deixa de ser um ser vago, indefinido, ou um adulto em miniatura, derrubando conceituações neurológicas e psicológicas que tentam explicar o que não se pode explicar apenas do ponto de vista material, biológico.
Se temos com o Espiritismo uma nova ciência pedagógica, temos igualmente uma nova filosofia da educação que, por sua vez, determina uma nova prática de ensino, pois agora passamos a considerar a imortalidade da alma, sua sobrevivência ao fenômeno da morte, sua vida na dimensão espiritual e seu retorno ao mundo corpóreo em nova encarnação, tudo com a finalidade superior de desenvolvimento do seu potencial divino, rumo à perfeição tanto intelectual quanto moral.
Enquanto caminhamos ainda a passos lentos para adentrar com os conceitos espíritas sobre o ser e a vida nas escolas, universidades e gabinetes científicos, temos no serviço de evangelização da família propiciado pelos centros espíritas, o grande laboratório pedagógico da educação do espírito, com a oportunidade de trabalhar a criança, o adolescente, o jovem e o adulto a partir dessa visão transcendente, visão que é ao mesmo tempo revolucionária e transformadora.
Não basta afirmar que a criança é um espírito reencarnado, é necessário deixar-se penetrar por essa verdade, modificando pensamentos e ações, pois do contrário teremos um belo conceito, mas sem execução prática. Não basta ser professor na escola para ser evangelizador/educador no centro espírita. Isso pode acontecer, mas nem sempre dará os melhores resultados, pois o professor precisa se compenetrar da sua missão educadora do espírito imortal e reencarnado, do contrário, fará da evangelização espírita um repositório de velhos e descascados conceitos e práticas, na contramão do que nos apresenta a doutrina espírita.
Como todos nós passamos pelo processo de nascimento para uma nova existência, incluindo aqui a experiência pelo período infantil, podemos afirmar que, agora adultos, também somos um espírito reencarnado, e não podemos esquecer que já fomos crianças, que trouxemos conosco ideias inatas e tendências de caráter, assim como não podemos esquecer a influência que a educação exerceu sobre nós.
Diante disso, perguntemos: que educação estamos promovendo com as crianças? Estamos olhando para o futuro não apenas da existência terrena, mas para o amanhã depois da morte e, ainda mais, para o que virá em próxima existência material neste mundo? Estamos promovendo a formação do caráter para a honestidade, a bondade, a caridade e o amor? Estamos combatendo as más tendências que o espírito ainda está trazendo? Estamos desenvolvendo as virtudes que ele igualmente traz já em certo desenvolvimento?
Como vemos, afirmar que a criança é um espírito reencarnado muda tudo na educação, por isso podemos também afirmar, sem medo de errar, que o Espiritismo é essencialmente doutrina de educação do ser humano enquanto está na vida material, e também da alma que prossegue a vida no mundo espiritual.

domingo, 9 de março de 2025

Mudanças e transformações



Marcus De Mario

Estamos tão habituados a seguir padrões, que muitas vezes nos espantamos diante de uma nova ideia, de uma nova forma de fazer, tendo a tendência de rejeitar qualquer coisa que saia desse padrão. Isso é muito comum de acontecer na educação. Normalmente não questionamos porque existe aula; porque ela tem cinquenta minutos de duração; porque temos um currículo pré-formatado e fechado; porque o professor deve ensinar dando aula, e assim por diante. Simplesmente seguimos o padrão e, mesmo diante de maus resultados, continuamos a seguir o padrão, e quem questiona, quem tenta fazer diferente, é mal visto, suas ideias são rejeitadas e seu fazer diferente considerado impossível, até mesmo antipedagógico, embora possa estar muito bem estruturado.
Não somos contra o planejamento, a organização e a existência de regras, desde que tenham a devida flexibilidade e saibam conviver com o novo, pois os tempos avançam e as coisas mudam. Novas demandas surgem, novas tecnologias se apresentam, e os maus resultados devem provocar mudanças, transformações, pois indicam que o que se está fazendo não está dando bons resultados.
Essas considerações também envolvem os grupos de estudo e a evangelização da família desenvolvidas pelas instituições espíritas, que requerem dinamismo, criatividade, interação para darem bons frutos.
Como o nome já diz, grupo de estudo da doutrina espírita indica que o coordenador ou facilitador não deve ser aquela pessoa que ensina, que dá aula, que leva o conhecimento para os outros tentarem absorvê-lo. Essa postura não é adequada para um grupo de estudo, onde todos devem ser estimulados a ler, a pesquisar, a estudar, a debater, sendo o facilitador um estimulador desse processo, levando os participantes do grupo a pensar. Esse é o melhor método para que as pessoas compreendam os princípios do Espiritismo e saibam colocá-los em prática na vida. No início, por não estarem acostumados a isso, as pessoas talvez tenham alguma dificuldade, mas com o tempo farão a adequação e, no estilo roda de conversa, devidamente estimulados, superarão barreiras íntimas, fazendo ampla interação. Esse deve ser o espírito do estudo sistematizado da doutrina espírita.
Certa vez fomos convidados para assumir a coordenação pedagógica da evangelização espírita, e o diretor responsável nos solicitou que apresentássemos um planejamento. Informamos que nada faríamos sem antes conversar com os evangelizadores, sem ouvi-los, tanto nos pontos positivos quanto nos negativos, e que somente então poderíamos nos posicionar, sendo que o planejamento da evangelização seria feito em conjunto com os evangelizadores, a partir de algumas ideias básicas que tínhamos em mente, e que poderíamos modificar, pois estávamos abertos a isso. Nossa postura assustou o dirigente, acostumado que estava a seguir um padrão, onde tudo é estabelecido de cima para baixo, ou seja, diretor e coordenador planejam, dão as diretrizes, e os evangelizadores executam.
Os evangelizadores tiveram dificuldade, num primeiro momento, de se abrirem, de fazerem suas observações, pois esse não era o padrão, mas recebendo o estímulo necessário, começaram a avaliar o processo evangelizador que até então era desenvolvido, surgindo muitas críticas e muitas sugestões. Ao levarmos para o diretor o resultado do encontro de avaliação, ele não quis acreditar nas críticas e, diante de uma nova proposta pedagógica que apresentamos, como resultado da conversa e troca de ideias com os evangelizadores, disse-nos que provavelmente a proposta não daria certo, mostrando descrédito. Como não fomos impedidos de trabalhar, implementamos o novo olhar e o novo fazer pedagógico, colhendo resultados expressivos que demonstraram que a transformação realizada era, sem dúvida, o melhor caminho para evangelizar as crianças, os jovens e os adultos.
Apesar dos percalços naturais de implantação de um novo processo pedagógico, com a resistência de muitas pessoas – dirigentes, evangelizadores, pais – fomos em frente até onde foi possível, e esse trabalho deu origem ao Projeto Educação do Espírito, que apresentamos em dois livros: Aprendendo a Educação Espírita e Educando o Espírito. Ainda tivemos um desdobramento desse trabalho, culminando no lançamento do livro Prática Pedagógica para Pais e Educadores.
Se compulsarmos, por exemplo, as obras dos educadores espíritas Walter Oliveira Alves e Lucia Moysés, vamos encontrar propostas pedagógicas dinâmicas para a evangelização espírita, propostas inovadoras e de excelentes resultados, pois não estamos sozinhos nessa quebra de padrões, de paradigmas que pareciam absolutos, quando tudo é relativo e pode ser transformado.
Estejamos abertos ao novo pedagógico, sem nunca descurar dos princípios doutrinários do Espiritismo, para que possamos cumprir com a missão que nos cabe na humanidade de realizar sua transformação de ordem moral.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Vídeo - A educação, o orgulho e o egoísmo


Assista acima o vídeo Educação Espírita - A Educação, o Orgulho e o Egoísmo, com Marcus De Mario.

Os episódios de Educação Espírita são publicados às terças-feiras, às 09 horas, no canal Orientação Espírita, no YouTube.

Acesse todos os episódios em www.youtube.com/OrientaçãoEspírita

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Uma nova realidade para a evangelização espírita


Você já parou para pensar por que existe aula? E por que o currículo tem que ser formatado no início do ano e prever todas as aulas até o fim do mesmo ano? E por que existem materiais apostilados que são copiados e aplicados? Na verdade, não há necessidade de aula, currículo fechado e cópia de apostilas. Tudo isso é ultrapassado e leva as novas gerações a se distanciarem da evangelização espírita, pois os espíritos que reencarnam estão vindo cada vez mais dinâmicos, inteligentes e ligados à cultura tecnológica dos novos tempos que estamos vivendo. Então, temos que dinamizar o processo evangelizador, com mais criatividade, mais interatividade, numa transformação pedagógica, sem perder as bases doutrinárias que solidificam o Espiritismo que, por si mesmo, é doutrina de educação.

O evangelizador espírita precisa aprender a ser um facilitador, um orientador, ou mais do que isso, um instigador do conhecimento, levando os educandos a pensar, a querer saber, a construir o próprio conhecimento e a praticar os ensinos morais do evangelho. Em outras palavras, não há necessidade de ficar à frente da turma, dando aula, ensinando… ensinando… falando… falando… Hoje, em que temos tantos recursos didáticos disponíveis, por que não utilizar a roda de conversa, a pesquisa nos livros e nas mídias digitais e assim por diante? Colocar as crianças e os jovens para pesquisar, formando grupos de trabalho, e depois ouvir e debater os resultados, é uma boa técnica, pois é dinâmica e participativa. Estamos apenas dando alguns exemplos possíveis de serem colocados em prática, entre tantas outras possibilidades. Ao final do texto daremos algumas indicações de livros de educadores espíritas, onde você obterá muitas sugestões e estudos.

Quanto ao currículo, por que não trabalhar por eixos temáticos? Nesse modelo, temos temas geradores de subtemas, inclusive escolhidos pelas crianças e pelos jovens, sem que haja prazo pré-determinado para fazer o seu estudo, ou seja, sem que se determine que ele seja estudado, por exemplo, em duas semanas. Pode ser estudado num único encontro, mas pode ser que leve mais tempo, a depender do desenvolvimento e entendimento de todos. O evangelizador fará o controle, pois outros temas também devem ser estudados.

Com relação à sala de aula, esse conceito precisa mudar, pois ele está muito ligado à figura do professor que ensina. Precisamos entender a sala como espaço de aprendizagem, onde todos têm direito de perguntar, de pesquisar, de realizar as atividades por si mesmos ou em grupo, sendo o evangelizador o orientador desse processo. Consideramos que o currículo deve priorizar as leis morais apresentadas em O Livro dos Espíritos, e os ensinos morais de Jesus apresentados em O Evangelho Segundo o Espiritismo, pois estamos muito necessitados de sentimento, de moralização e espiritualização.

Naturalmente os dirigentes dos centros espíritas precisam igualmente entender essa nova dinâmica e providenciar cursos de qualificação para os evangelizadores, que por sua vez devem entender da necessidade de terem reuniões de avaliação do processo evangelizador, assim como encontros de estudo da pedagogia e da educação espíritas, para constantemente aprimorar o trabalho.

Não podemos mais escolher o que achamos que as crianças e os jovens devem aprender, precisamos também ouvi-los, saber das suas demandas, das suas necessidades, pois os tempos são outros e os desafios existenciais são muitos.

Reconhecemos o valor dos primórdios do movimento de evangelização espírita infantojuvenil, pois tudo o que foi desenvolvido, principalmente a partir dos anos 1970, foi de grande importância, mas não podemos ficar parados no tempo, agora também abrangendo os adultos, pois os pais, avós e tios devem ser igualmente participantes da evangelização, unindo esforços educativos a benefício das novas gerações e, a médio e longo prazo, da humanidade.

Como prometido, aqui estão algumas indicações literárias espíritas da área da educação, onde você encontrará tanto a parte teórica quanto prática: Educação do Espírito, de Walter Oliveira Alves; A Evangelização Mudando Vidas, de Lucia Moysés; Evangelizando Bebês, de Cíntia Vieira Soares; Os Desafios da Evangelização Espírita, de Cezar Braga Said; Introdução ao Estudo da Pedagogia Espírita, de Walter Oliveira Alves.

De nossa parte temos os livros Aprendendo a Educação Espírita, Educando o Espírito e Prática Pedagógica para Pais e Educadores, assim como disponibilizamos no YouTube o Curso Educação do Espírito, em videoaulas com bastante material para pensar e colocar em prática.

Divulguemos a evangelização espírita, pois ela é muito importante, mas igualmente dinamizemos seu trabalho, para verdadeiramente desenvolvermos a educação moral do espírito reencarnado. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Vídeo - Introduzindo o espírito na educação


Assista acima o vídeo Educação Espírita - Introduzindo o Espírito na Educação, com Marcus De Mario.

Os episódios de Educação Espírita são publicados às terças-feiras, às 09 horas, no canal Orientação Espírita, no YouTube.

Acesse todos os episódios em www.youtube.com/OrientaçãoEspírita

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

A educação do sentimento


O amigo Gerson Monteiro, que já se despediu da vida física e, temos certeza, continua trabalhando pelo bem no mundo espiritual, certa vez, em conversa comigo, olhando-me nos olhos, exclamou: “Marcus, está faltando Jesus nos corações!”. Gravei sua frase, que vez e outra utilizo, pois é verdade que temos encontrado muitas pessoas indiferentes, insensíveis, egoístas e mesmo maldosas, totalmente distanciadas do Evangelho, seja por ignorância, seja por não quererem trabalhar consigo o amor, o sentimento. E não são apenas os adultos que apresentam esse quadr
o, temos visto isso também em crianças que, lembremos, são Espíritos reencarnados, trazendo toda uma bagagem das vidas passadas.

Recentemente ouvimos de uma menina de dez anos de idade, quando se falou em Deus e em Jesus: “Tudo isso é bobagem, Deus não não é meu pai, e eu não quero saber desse Jesus, que não tem nada a ver comigo”. Esse Espírito traz um caráter indolente, mundano, rebelde, e os pais, até onde sabemos, nada querem com religião, acreditando que a mesma é um atraso na vida, e que o mais importante é aprender a se dar bem, mesmo que isso custe o mal aos outros.

Essa educação utilitarista, imediatista, que enxerga apenas o nascer, viver e morrer, leva as crianças e os jovens a uma visão materialista sobre o ser humano e a vida, e isso é reforçado pelo esteriótipo criado pelas doutrinas religiosas que se alicerçam em fantasias, crendices, misticismos, dogmas e cultos exteriores, que são incompreensíveis pela ciência, pelo pensamento racional. Esse o motivo de muitos rejeitarem a religião, nada quererem com o Evangelho.

Através do Espiritismo aprendemos que existe um único caminho para destruir o egoísmo, que é a base de todos os vícios, e esse caminho é a aplicação da educação moral, que compreendemos como combate às más tendências que o Espírito apresente, ao mesmo tempo em que desenvolve as virtudes que se encontram em potência nele. Com isso faremos com que ele empregue a inteligência para fazer o bem, sempre pensando que deve fazer aos outros o que deseja que os outros façam a ele, como ensinou Jesus.

Precisamos aprender a amar o próximo, a colocar em prática a empatia, ou seja, sabendo nos colocar no lugar do outro e, ainda mais, sabendo sentir o outro. Esse processo de educação de nós mesmos deve ser desenvolvido no lar, no seio da família, assim como na escola e, não podemos esquecer, também na evangelização promovida pelo centro espírita.

Eduquemos as crianças hoje, para que amanhã não necessitemos construir mais prisões, mas lembremos que não basta desenvolver a educação intelectual, a aquisição de conhecimentos, é necessário sensibilizar o sentimento, praticar os ensinos morais de Jesus, levando as crianças e os jovens à vivência da caridade, da solidariedade, da fraternidade e do respeito ao próximo.

Sem a educação do sentimento, que nos importará o sofrimento alheio? Sem a educação do sentimento, por que haveremos de auxiliar o próximo? O bem e o mal serão apenas discussão filosófica, teórica, acadêmica, que em nada nos afetará, deixando que o egoísmo e o orgulho continuem a comandar nossas ações no mundo.

Sim, está faltando Jesus nos corações. Mesmo entre as pessoas que se dizem cristãs, que dizem abraçar o Evangelho, que recitam os principais ensinos morais de Jesus, muitas vezes falta sentimento. Conhecem, mas têm enorme dificuldade em praticar o conhecimento no dia a dia, carregando mágoas e ressentimentos, construindo desafetos, não perdoando e assim por diante, no seio da própria família, que dirá na sociedade.

Somente podemos dar aos nossos filhos o que somos, e não o que temos. Muito além do nosso conhecimento, eles querem nosso afeto, nossa sabedoria, nosso exemplo. Isso só é possível se constantemente procurarmos nossa melhoria e soubermos dar a eles amor, muito amor, o maior dos sentimentos, exemplificado diariamente por Jesus através de sua solicitude para com todos, de sua mansuetude, de seu respeito, de seus ensinos e de seu incentivo a que fossemos a luz do mundo. Como o amor também corrige, também chama a atenção, também trabalha limites, deveres e responsabilidades, é o amor que nos dará a autoridade moral.

Educar com Jesus no seio familiar é fazer todo esforço de ser fiel discípulo do Mestre, legítimo representante das lições evangélicas, fazendo do lar um porto seguro para as almas que nele se congregam para dar continuidade à sua marcha evolutiva, aparando as arestas do passado e fazendo no hoje um futuro muito mais feliz.

Para que tudo isso aconteça, o caminho é a educação do sentimento.

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