segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Podcast - A educação e o amor


Assista agora o episódio #0143 do podcast Análise & Crítica, trazendo o tema A Educação e o Amor, com base nos ensinos e práticas do educador Pestalozzi.

O episódio está disponível em

O podcast Análise & Crítica publica uma nova abordagem toda segunda-feira, pela manhã, através do Spotify.

Pestalozzi, Educador da Humanidade


Marcus De Mario

A educação dos nossos dias, em plena primeira metade do século XXI, não educa, essa é a constatação que fazemos quando vemos a massa de semianalfabetos saindo das escolas, de indivíduos que não sabem pensar por si mesmos; quando assistimos a violência predominar no ambiente escolar e social, e pedagogos e administradores invocarem a instalação de câmeras, revista de mochilas e policiais armados nas escolas, e vigilância nas redes sociais como solução, quando nada disso tem a ver com a educação. A solução dos graves problemas escolares e sociais não está nessas medidas paliativas que atingem momentaneamente apenas os efeitos. A solução está na educação moral e no amor pedagógico, que atingem as causas, como nos mostrou Pestalozzi (1746-1827). Está na hora dos educadores aceitarem essa constatação: que a educação não está educando, para tomarem coragem de realizar uma grande transformação, a começar pela filosofia que rege a educação, substituindo a visão biológica e materialista que hoje predomina, pela visão espiritualista do ser e da vida, com a alma imortal e integral, como vimos acontecer com o mestre suíço e proclama o Espiritismo, doutrina que possui visão transcendente sobre a cultura humana.
De que valem indivíduos repletos de diplomas, cheios de conhecimentos, se isso necessariamente não promove o bem para a sociedade? Se são indivíduos egoístas e imediatistas, sem senso moral e que não sabem pensar no bem para todos? Inteligências desprovidas de sentimento acenam com a guerra, com a injustiça social, com o preconceito, como vemos em todas as épocas da história humana, pois cresceram sem receber da família e da escola uma formação moral, sem terem suas más tendências combatidas, sem conhecer a empatia (saber colocar-se no lugar do outro, saber sentir o outro) e a ética do viver com os outros, o que os levaria para a honestidade, a fraternidade e a solidariedade. O que estamos aqui falando é o mesmo que Pestalozzi escreveu, ensinou e praticou. Não há novidade, mas resgate, que é urgente ser feito se queremos que o amanhã nos traga paz e felicidade.
Em educação temos que ter olhar voltado para o futuro, pois trata-se de formar as novas gerações, hoje crianças, mas amanhã adultos. O que farão quando estiveram à frente dos destinos da coletividade humana? Isso dependerá do que estão aprendendo, e não falamos aqui apenas de conhecimentos os mais diversos, de formação técnica e profissional, estamos nos referindo ao desenvolvimento do senso moral, à aquisição de bons hábitos, à correção das más tendências de caráter, a ter ideais superiores de vida. A educação deve voltar-se ao cognitivo e ao emocional, ao ser no mundo e transcendente a esse mesmo mundo, como alma ou espírito que preexiste ao nascimento e sobrevive à morte.


Quando Pestalozzi ergueu a bandeira da educação moral e integral, numa visão espiritualista que levava em conta a alma do educando, foi ridicularizado por uns, desdenhado por outros, anatematizado por muitos, incompreendido pelos próprios educadores, mas sua insistência, sua perseverança, fez com que vencesse todas as barreiras e legasse ao mundo uma proposta educacional profunda que, se tivesse sido implantada, teria feito a Humanidade tomar outro rumo, muito melhor, e não estaríamos às voltas, em pleno século XXI, com tantos problemas e até mesmo duvidando de um possível futuro melhor. Mas isso acontece porque insistimos em deturpar a educação, insistimos em não considerá-la prioridade, insistimos em olhar o ser humano com um ser finito que apenas nasce, vive e morre, levando geração após geração a manter o egoísmo, o orgulho e o materialismo, e os indivíduos que constituem essas gerações não conseguem, então, entender e muito menos praticar o bem, o amor, a caridade e viver apenas com o necessário, desapegando-se dos bens materiais passageiros que a traça consome e o pó retrata.

Há esperança no futuro para o ser humano e sua coletividade? Sim, sempre haverá esperança de dias melhores, de um amanhã mais ditoso, mas isso depende do que fizermos da educação, pois temos livre arbítrio para tomar decisões e nos movimentarmos para cá ou para lá, ou seja, somos os construtores de nós mesmos e, portanto, os construtores da sociedade atual e do porvir. Contudo, não estamos sozinhos, não estamos desamparados, não somos uma embarcação à deriva no mar revolto de uma tempestade. Há um comando maior, solícito, misericordioso, mas esquecido por nós, sobre o qual Pestalozzi edificou sua visão pedagógica: Deus!

Nesse imenso trabalho que temos pela frente para colocar a educação no seu devido lugar, não temos dúvida que resgatar Pestalozzi é essencial, assim como temos que colocar a alma imortal com seu potencial divino como lídimo alicerce do processo educacional, quebrando as barreiras da inércia dos que teimam em não enxergar a educação em sua plenitude, e dos que insistem em manipulá-la para agrado de si mesmos, dos seus interesses mesquinhos e de pequenos grupos manipuladores das consciências humanas.

Por tudo isso, reconhecemos que todas as nossas homenagens e palavras nunca serão suficientes para mostrar a grandiosidade desse espírito que, entre os séculos XVIII e XIX, mostrou à Humanidade o caminho que ela deveria percorrer para encontrar a paz e a felicidade, educando com todo o amor as crianças e os jovens, formando professores e, até o final de sua existência, entregando-se de corpo e alma para elevar a educação ao estado de ação prioritária do ser humano na Terra.

Observação: Esse texto foi extraído do capítulo 10 do livro Pestalozzi, Educador da Humanidade, de nossa autoria, e lançado pela Casa Editora O Clarim: www.oclarim.com.br

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Vídeo - O Educando é Um Reencarnado


Da série Educação Espírita, aqui está o vídeo com o tema O Educando é Um Reencarnado, trazendo o conceito espírita sobre o ser humano, e as suas implicações pedagógicas.

Acompanhe a série toda terça-feira, às 09 horas, no YouTube:

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Prece ao Escapar de Um Perigo


Da Coletânea de Preces Espíritas, publicada por Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, trazemos o áudio da Prece ao Escapar de Um Perigo.

As preces estão sendo publicadas no Spotify.

Aqui está o áudio:

Vídeo - A Escola de Evangelização Espírita


Reflexões sobre o serviço de evangelização oferecido pelo centro espírita, fazem o conteúdo do novo vídeo da série Educação Espírita.

Lembrando que um novo vídeo é publicado toda terça-feira, às 09 horas, e você assiste no canal Orientação Espírita:

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Podcast - A Verdadeira Educação


Está no ar o episódio #0142 do podcast Análise & Crítica, trazendo o tema A Verdadeira Educação.

Nele abordo o que é, de fato, a educação, e as suas consequências positivas para a humanidade.

Assista o episódio em:

O podcast Análise & Crítica vai ao ar toda segunda-feira pela manhã, através do Spotify.

A Violência e a Educação


Marcus De Mario

Diante da violência que caracteriza nossa sociedade, insistem as autoridades públicas e os políticos em ações de segurança policial, às vezes mais violentas do que a própria ação da criminalidade organizada, como se essas ações fossem a solução para apaziguar a convivência social. Não resta dúvida que o crime e a corrupção devem ser combatidos, pois se assim não for feito o mal se sentirá à vontade para dominar a humanidade, mas como se faz esse combate é que deve ser questionado, principalmente quando vemos que as ações policiais e judiciárias atacam os efeitos, e não as causas. Como se diz popularmente, se continuarmos a enxugar gelo nada será resolvido. É preciso detectar as causas e combatê-las diretamente, se queremos lograr êxito na consolidação do bem para todos.

A verdade é que estamos egoístas e materialistas, num processo estimulado e mantido por uma educação falseada das novas gerações, onde ser corrupto e se deixar corromper é visto como fato normal, afinal isso sempre existiu, e qual seria o problema de procurar levar vantagem em tudo, diante de uma vida que precisa ser vivida antes que acabe? A ideia de uma única existência que termina com a morte lança a ética e a moral para um limbo filosófico, afinal primeiro preciso pensar em mim, e assim lutar pelos bens materiais, por me dar bem na vida, mesmo que isso mantenha a injustiça social, mesmo que prejudique os outros, mesmo porque o que tenho a ver com as outras pessoas que nem conheço? Que cada um lute pelo seu lugar ao sol. Esse é o pensamento individualista, egoísta e materialista que ainda caracteriza boa parte dos seres humanos.

Esse pensamento é mantido por uma educação que foi transferida para a escola, isso porque os pais precisam trabalhar, e, justificam, hoje em dia a família não tem como ficar ensinando os filhos, isso é problema da escola. Esta, por sua vez, substituiu a educação pela instrução, acreditando que fazer as crianças adquirirem conhecimentos é tudo na vida. O que vão fazer com esses conhecimentos é o que pouco importa, não é problema dos professores, que transferem essa responsabilidade para os pais, que por seu lado rebatem dizendo que não tem tempo, na sociedade moderna, para se preocupar com isso. Então a formação do caráter, o desenvolvimento dos valores humanos, a correção de maus hábitos, o direcionamento da inteligência para a promoção do bem, tudo isso fica perdido em meio ao tiroteio entre a família e a escola. Mas tudo isso é a essência da educação, é o que mais importa.

A solução não está na construção de mais escolas, nem no aumento das operações policiais que consideram que o criminoso não é um ser humano. A solução está no processo de educação moral, como muito bem demonstra o Espiritismo, a partir de uma nova visão sobre o homem e a vida, que é a visão imortalista e reencarnacionista, demonstrando que todo ser humano é uma alma imortal destinada a encontrar a felicidade, e que a vida não está restrita ao nascer, viver e morrer, pois existe vida futura, a vida na dimensão espiritual. A partir dessa nova conceituação, a educação levará a criança e o jovem, e também o adulto na sua reeducação, a assumir as responsabilidades de suas escolhas e de suas ações, tendo um olhar pelo bem da coletividade, saindo do seu mundo para enxergar o mundo de todos.

Como dizem os grandes educadores da humanidade, não se trata de considerar que a educação é o remédio para tudo e que ela tudo vai resolver como num ato de magia. Temos plena consciência que a educação, aqui entendida como educação moral do ser integral que somos, que ela, sozinha, isolada, não poderá resolver todos os males da sociedade humana, mas também temos a certeza que a solução desses males passa obrigatoriamente pela educação. E não nos referimos à educação meramente intelectual no aprendizado da língua, da matemática e outras disciplinas curriculares. Se essa aprendizagem tem importância, está mais que provado por tudo o que temos enfrentado, que não basta. Precisamos de uma educação que alie o desenvolvimento intelectual, cognitivo, com o desenvolvimento emocional, do sentimento. Essa é a educação moral defendida, entre outros, por Pestalozzi e Kardec, é a educação do espírito.

É na convivência, na troca emocional, no saber se colocar no lugar do outro, que desenvolvemos nosso potencial divino. É na convivência onde aprendemos a nos amar. A convivência não é aprendida apenas no processo de socialização que a escola deve promover; antes, ela deve ser priorizada pela família, o núcleo básico da nossa sociedade. Quem aprende a amar e a respeitar no núcleo formado pelo lar, consegue vivenciar esse aprendizado na comunidade maior em que estiver inserido, por isso os espíritos superiores não cansam de nos dizer que o lar é a primeira escola, a mais importante escola para o espírito reencarnado.

A crise que estamos vivendo não é econômica, política, cultural, legislativa. Não, todas elas são efeito. A verdadeira crise que assola a humanidade é moral, é de valores que norteiam o nosso viver no mundo, e viver no mundo é viver com os outros. E a causa da crise moral é uma só: o egoísmo. É necessário, portanto, combater a causa, destruindo-a, e o único remédio eficaz é a aplicação da educação moral.

Pode levar tempo, porque deixamos o mal crescer e se enraizar, mas ele nunca será mais forte que o bem, porque a base da vida é o amor, e o amor vence todas as barreiras. E qual é a base da educação moral? É o amor. E quem está com o o amor, quem se deixa inocular pelo maior dos sentimentos, nada tem a temer, e segue intimorato, trabalhando para contrapor o bem ao mal, o amor ao ódio, a caridade ao egoísmo, a humildade ao orgulho. Educando-se sempre para melhor educar, fazendo-se verdadeiro mestre, como aquele que é o mestre de todos e a quem devemos seguir se queremos encontrar a felicidade: Jesus!

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Prece no momento de dormir


Dando continuidade às orações contidas na Coletânea de Preces Espíritas, trago a você a Prece no Momento de Dormir:

Ouça essa e outras preces no Spotify.

Vídeo - O papel da escola

 


Assista o vídeo O Papel da Escola, que faz parte da série Educação Espírita, onde trago reflexões sobre a finalidade dessa instituição humana tão importante, lembrando que a escola são as pessoas, acima de tudo.

A série Educação Espírita publica um novo vídeo toda terça-feira, às 09 horas.

Você assiste os vídeos no YouTube, através do canal Orientação Espírita:



segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Podcast - Mais importante é a essência


Podcast Análise & Crítica traz para você importantes reflexões sobre a prática espírita e os fundamentos doutrinários do Espiritismo.

Assista o episódio Mais Importante é a Essência em:

E não deixe de acompanhar o Podcast, sempre com um novo áudio às segundas-feiras pela manhã.

Evangelizar é um ato de amor


Marcus De Mario

Uma característica predominante nos seres humanos é o relacionamento uns com os outros, através da convivência que tem início no aconchego familiar, estendendo-se pela sociedade em todas as circunstâncias, sejam elas profissionais, estudantis, culturais e sociais. Isso implica em reconhecer que, queiramos ou não, somos seres de relação, que não é possível viver isoladamente, existindo não apenas uma interdependência entre as pessoas, mas igualmente uma necessidade de troca emocional, afetiva, intelectual e moral, que nos alimenta e reforça na caminhada terrena. Não é por outra razão que Jesus, o mestre por excelência, nos conclama ao “amai-vos uns aos outros”, estabelecendo o amor como base e garantia do melhor desempenho relacional, seja com quem for.

Todas as lições evangélicas partem do amor e chegam no amor; não é possível compreender e vivenciar o Evangelho sem amor no coração e nas ações. Eis que entendemos que evangelizar é muito mais do que ensinar o Evangelho, ou seja, é muito mais do que transmitir informações históricas ou do conteúdo de suas páginas, pois essa transmissão de conhecimentos pode ficar na superfície, se não leva o aprendiz a interiorizar na alma as vigorosas e profundas lições de vida que a Boa Nova revela. Mais importante, e que caracteriza o verdadeiro ato de educar, é levar o educando a pensar, sentir e vivenciar o Evangelho, realçando os ensinos morais de Jesus, como muito bem trabalha o Espiritismo, revisitando o Evangelho a partir da imortalidade e da reencarnação.

Para o educando pensar, sentir e viver o Evangelho, a relação entre ele e o educador deve ser amorosa, afetiva, aconchegante, no compartilhamento dos ideais de fraternidade, solidariedade e tolerância, sem preconceitos e discriminações, sem interpretações manchadas por ideologias ou falseadas interpretações religiosas, que nada tem a ver com aquele que veio trazer-nos a pureza da lei e da justiça divinas, ambas alicerçadas no amor, não apenas ensinando, mas exemplificando a lei de amor.

Não se pode evangelizar com raiva, com ironia, com prepotência. O egoísmo e o orgulho são incompatíveis com o Evangelho. Diante desse código divino devemos realizar todos os esforços para receber a todos e tratá-los igualmente, pois todos temos os mesmos direitos, todos somos filhos de Deus, o que implica no reconhecimento de sermos irmãos, e irmãos devem manter uma ação relacional de compreensão e cooperação.

Não consta nas brilhantes páginas do Evangelho, que Jesus tenha se recusado a atender este ou aquele, que tenha feito discriminação entre ricos e pobres, ou qualquer outro tipo de discriminação. Pelo contrário, a todos atendeu, ofertando ensinos e curas, esclarecimentos e consolações, distribuindo bênçãos mesmo a quem não gostava dele. Aceitou a oferta da refeição na casa de um fariseu doutor da lei, que claramente não lhe aceitava os ensinos; hospedou-se na casa dum publicano, judeu cobrador de impostos que era detestado pelos de sua raça; abençoou a mulher classificada como de má vida, que viera chorar a seus pés; esclareceu o jovem rico e apego ao status social, ofertando-lhe o caminho da verdadeira felicidade; mesmo diante das dúvidas e vacilações dos discípulos diretos, externou bondade, paciência e colaboração em todos os momentos. Subiu o monte e falou para milhares de pessoas vindas de todas as regiões, abençoando as crianças e realizando curas a cegos, obsediados, leprosos (hoje conhecidos como portadores de hanseníase), paralíticos, nada indagando de quem quer que o procurasse.

Por tudo isso, entendemos que evangelizar é um ato de amor, é uma ação de amar quem está conosco, seja uma criança, um adolescente, um jovem ou um adulto. Não importa sua origem social, sua cor de pele, sua religião, ou o que seja: é nosso irmão, é nossa irmã, e o Evangelho implica em amar a todos sem distinção.

O Espiritismo, em sua missão de alavancar a transformação moral da humanidade, entende que a ação a ser realizada é a de transformar moralmente cada ser humano, individualmente, e que isso somente pode acontecer através da aplicação da educação com base no Evangelho, motivo pelo qual incentiva o desenvolvimento do serviço de evangelização nas instituições espíritas, o qual deve predispor os educandos de todas as faixas etárias não apenas para conhecerem o Evangelho, mas principalmente para vivê-lo no relacionamento com os outros.

Disse o Cristo: “meus discípulos serão reconhecidos por muito se mamarem”, e o que precisamos fazer é nos amar, é colocar o amor como nossa prioridade na vida humana, pois todo o resto é dependente do amor. Sem o amor tudo é vão, tudo é mentira, tudo é falsidade. Somente com o amor alcançaremos a paz de consciência e a verdadeira felicidade. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Vídeo - O Processo Educativo


Mais um vídeo da série Educação Espírita para você assistir e aprender sobre O Processo Educativo na visão do Espiritismo.

Toda terça-feira, às 09 horas, um novo vídeo é publicado.

Acompanhe no canal Orientação Espírita:

Podcast - A educação infantil e o espírito


Assista o episódio #0140 do Podcast Análise & Crítica, que traz importantes reflexões sobre A Educação Infantil e o Espírito, com considerações tendo por base a Doutrina Espírita.

Acesse em:

E lembre-se que o Podcast Análise & Crítica disponibiliza um novo episódio toda segunda-feira, pela manhã.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

As emoções e a saúde da alma


Marcus De Mario

Precisamos aprender a controlar nossas emoções. Todos nos emocionamos. As emoções fazem parte do nosso viver e, portanto, não devem ser rejeitadas ou sufocadas, mesmo que sejam emoções ruins, e nesse caso elas devem ser controladas, disciplinadas, para que não nos desequilibrem, nem nos prejudiquem e também aos outros. Podemos, em determinada circunstância, sentir raiva, que é uma emoção, porque somos espíritos imperfeitos, contudo, como estamos em processo de desenvolvimento, o que se dá pela educação moral, devemos saber controlar a emoção da raiva, para que não contamine nosso psiquismo nem nosso organismo físico, assim não fazendo estragos para nós e, como todos sabem, também para os outros, porque a raiva não controlada leva à mágoa, ao ressentimento e até ao desejo de se vingar deste ou daquele, podendo ocasionar uma grande tragédia. O fato de sentir raiva não é o fim do mundo, não significa que nunca conseguiremos amar ao próximo, pelo contrário, nos mostra onde devemos melhorar, substituindo a raiva pela compreensão, pela tolerância, pela paciência, que são virtudes muito importantes.
O que acabamos de falar sobre a emoção da raiva serve para outras emoções consideradas ruins, como a tristeza, a mágoa, a vingança, o nervosismo, entre outras. O problema não está, propriamente em, vez ou outra, ter essa ou aquela dessas emoções, e sim em agasalhar na mente tais emoções, explodindo por qualquer motivo. Por exemplo, deixar-se ficar sempre entristecido pode levar à depressão, que é uma doença emocional, a qual pode nos levar ao suicídio, um atentado contra a lei divina, pelo qual teremos que responder assumindo suas consequências no mundo espiritual e em próxima encarnação.


Por outro lado, temos as emoções consideradas boas, como a alegria, vivendo bem consigo mesmo, com os outros e com a vida. Isso faz bem ao organismo físico, como vários estudos científicos já provaram, assim como faz bem à alma, trazendo leveza e disposição de continuar a ser útil. Ser alegre e de pensamento positivo não quer dizer viver nas nuvens, sem perceber a realidade que nos cerca. Estamos no mundo para viver no mundo, para sermos transformadores, sempre para melhor, desse mesmo mundo. É aqui que Deus nos colocou e, portanto, não podemos nos ocultar da sociedade, pois se assim o fizermos, nossa alegria, na verdade, será egoísmo, e o egoísmo é uma chaga moral, base de todos os vícios e de todas as paixões.

A alegria, que estamos utilizando como exemplo, também precisa ser controlada, disciplinada. Num momento de fortes emoções, como a morte de um ente querido, devemos manter nossa visão positiva da vida, nossa disposição de consolar aqueles que mais duramente se sentem atingidos, não cabendo, nesse caso, arroubos de alegria, que seriam inoportunos e, mesmo, desproporcionais. Tudo deve ter equilíbrio, não esqueçamos disso.

Na questão das emoções, a senha é sempre fazer esforços para se melhorar: trabalhar sempre para se renovar; estudar sempre para se aperfeiçoar; perdoar as ofensas sempre para se iluminar; sacrificar-se sempre para se enobrecer; praticar a bondade sempre para se santificar.

Melhorar a família, o centro espírita, a empresa, a escola… enfim, a humanidade, somente é possível com a nossa melhora, com a nossa transformação moral, com o nosso melhor entendimento da lei divina e com a nossa vivência dos ensinos evangélicos.

Deus, que acima de tudo é Pai de bondade, justiça e misericórdia, dá a cada um de nós, seus filhos, exatamente o que podemos e merecemos merecer, de acordo com os esforços que estamos fazendo para nos tornarmos melhores, e vamos ter que prestar contas dos “talentos” recebidos, do emprego que fizemos deles, para nos tornarmos aptos a receber mais, sempre de acordo com o nosso merecimento.

Quem se melhora, mais recebe, e mais poderá trabalhar pelo melhoramento dos seus irmãos e irmãs em caminhada evolutiva, pois a ninguém é lícito estacionar sem ter que responder por isso, quando poderia ter multiplicado os talentos empregando-os no bem comum.

Então, melhore suas emoções, para melhor viver, permitindo que os outros, que se relacionam com você, possam também viver melhor, sempre olhando para o amanhã, para o futuro, seja na humanidade terrena ou no mundo espiritual, para onde vamos retornar, pois a saúde emocional da alma é que comanda a saúde emocional do corpo orgânico.

Não esqueça disso!

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Vídeo - A educação moral, a família e o futuro


Assista o episódio A Educação Moral, a Família e o Futuro, com abordagem, em 9 minutos, através dos princípios da Doutrina Espírita.

Esse episódio faz parte da série Educação Espírita, que vai ao ar toda terça-feira, às 09 horas, pelo canal Orientação Espírita:

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Educar é um ato moral


Você sabe o que é educar? Você já parou para pensar sobre isso e também sobre como melhor se educa uma criança? Nossa proposta é conversar sobre o educar, e essa conversa terá por base os princípios da Doutrina Espírita, com o objetivo de provocar reflexões.


Para início de conversa, mesmo que você já saiba, mas é sempre bom repetir, o Espiritismo tem por princípios a existência de Deus, a imortalidade da alma, a comunicabilidade entre o mundo espiritual e o mundo material, e a lei de evolução através da reencarnação. Esses são os chamados princípios básicos, formando um todo científico e filosófico de consequências morais, daí o caráter religioso do Espiritismo, embora ele não se confunda com as religiões tradicionais.


Agora podemos conversar sobre o educar na visão espírita, ou melhor, agora podemos conversar sobre o que é educação segundo o entendimento do Espiritismo, pois não é possível conversar sobre o educar se não está claro o que seja a educação, e a Doutrina Espírita trabalha o primado da educação sobre o da instrução, da formação moral sobre a formação intelectual. Explicando esse enunciado, para o Espiritismo o educando é um Espírito imortal reencarnado, destinado por Deus para alcançar o estado de Espírito Puro, e, portanto, para alcançar o maior grau possível de felicidade. A reencarnação é passageira, transitória, tanto que o fenômeno da morte sempre nos alcança, mais cedo ou mais tarde, e, querendo ou não, somos lançados de volta ao mundo espiritual, de onde tínhamos vindo. Ora, fica claro que não somos o corpo material, mas sim o Espírito imortal, por isso o que é da matéria é da matéria, mas o que é do Espírito é somente dele, é sua essência.

Nesse contexto, o Espiritismo entende que a educação é o processo integral de desenvolvimento das potencialidades do Espírito, equilibrando as conquistas morais e intelectuais, visando o aprimoramento do Espírito aqui na Terra, mas também para o futuro que o aguarda diante da eternidade da vida. Nesse sentido, Allan Kardec, o codificador dos ensinos dos Espíritos, lembra-nos que essa educação é a que corrige as más tendências ainda trazidas pelo Espírito, desenvolve-lhe as virtudes, forma o seu caráter e dá-lhe bons hábitos. Por esse motivo ele abriu campanha pela educação moral, pois o de que mais estamos necessitados não é de conhecimento, mas de sentimento.

Hoje falamos em Educação do Espírito, mas no mesmo entendimento e sentido, e não poderia ser diferente, pois continuamos muito distantes da imortalidade e espiritualidade, apesar dos avanços já realizados, principalmente por parte das ações dos espíritas, como, por exemplo, a manutenção das escolas de evangelização nos centros espíritas. Mas é pouco, temos muito mais a fazer.

Bem, e agora, podemos entender o que é educar? Sim, com certeza, pois como já sabemos o que é educação, podemos agora entender o que seja o ato de educar. Podemos afirmar, sempre à luz dos princípios espíritas, que educar é o ato de desenvolver a formação moral da pessoa, a partir do período infantil e, portanto, educar é um ato moral, fazendo com que o indivíduo interiorize valores, que na concepção do Espiritismo revestem-se das virtudes ou qualidades morais em desenvolvimento.

Portanto, o educador é a pessoa que estimula, que orienta, que facilita o processo de desenvolvimento do potencial do Espírito, levando o mesmo para um olhar sobre si, seu potencial divino, fazendo com que ele queira desenvolver esse potencial, que ele queira, pela força de sua vontade, aprimorar-se, direcionando a inteligência para promover o bem e, nesse caso, o bem para todos.

A essência da educação está em levar o educando a uma mudança de comportamento, a uma transformação de suas ideias, respeitando sempre seu livre arbítrio, aproximando-o de sua realidade espiritual.

Todos somos educadores de nós mesmos através da autoeducação, e também dos outros, naturalmente, nesse caso, com peso maior para os pais, para os professores e, também, para os evangelizadores espíritas.

Educar, promovendo a espiritualização e moralização do ser humano, é a proposta do Espiritismo, caminho para nossa transformação moral e, portanto, para a transformação moral da humanidade.

Podcast - As guerras e a não violência


O Podcast Análise & Crítica traz para você uma análise espírita sobre As Guerras e a Não Violência.

Toda segunda-feira pela manhã você tem um encontro com um novo podcast.

Ouça o novo episódio em:

https://open.spotify.com/episode/4hfuI94SSwbwOv7tgjAFWa?si=G3am2KcSQX-IlQyMr-P-1Q

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Prece pelos Anjos Guardiães e os Espíritos Protetores


Iniciamos mais um podcast no Spotify, a Coletânea de Preces Espíritas, onde interpretamos as preces publicadas por Allan Kardec no capítulo 28 de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Cada áudio é elaborado com música clássica de fundo.

Para você conhecer o Podcast, trago a Prece para os Anjos Guardiães e os Espíritos Protetores:

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Artigo - Para Melhor Evangelizar


Leia meu artigo Para Melhor Evangelizar, publicado na edição 943, de 5 de outubro, da revista O Consolador.

"Sendo o Espiritismo doutrina que revive o Evangelho através da imortalidade e da reencarnação, esclarecendo os ensinos morais de Jesus, portanto, sendo uma doutrina cristã e universal, temos que o serviço de evangelização desenvolvido normalmente nos centros espíritas, é da maior importância para a formação das novas gerações e equilíbrio da família, no propósito maior de realizar a transformação moral da humanidade."

Leia na íntegra em:

Vídeo - Evangelização Espírita


O que é, sua importância e dinâmica da evangelização espírita, abrangendo da criança aos adultos.

A série Educação Espírita disponibiliza um novo vídeo toda terça-feira, sempre às 09 horas.

Acompanhe em:

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Vídeo - As mães e as professoras


As Mães e as Professoras é o tema do  vídeo que publicamos na série Educação Espírita, e que agora ofertamos a você.

Toda terça-feira publicamos no canal Orientação Espírita um novo vídeo com abordagem espírita sobre a educação.

Acesse o canal em

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Podcast - Anjos guardiães e espíritos protetores


Assista o episódio #0138 do podcast Análise & Crítica, publicado no Spotify, com o tema Anjos Guardiães e Espíritos Protetores.

Saiba quem são e o que fazem, e o que devemos fazer para manter sintonia com eles.

Assista o podcast em:

Beleza e riqueza


Marcus De Mario

A procura do embelezamento corporal, seja por meio de tratamentos específicos, cirurgias, exercícios físicos, dietas e outras ações, tem ocupado muitos homens e mulheres, famosos ou não, numa busca desenfreada pelo corpo perfeito, ocasionando inclusive a morte em cirurgias plásticas em clínicas não habilitadas, ou por ingestão de medicamentos que prometem milagres que não existem, ou mesmo por excesso de exercícios físicos, sem o devido acompanhamento de profissionais habilitados. Em pleno século 21 muitas pessoas ainda procuram a fonte da juventude, agora não mais indo ao encontro dessa desejada água milagrosa, mas através de procedimentos estéticos os mais variados, esquecidos que o corpo, dádiva divina, é apenas a vestimenta, pois somos almas imortais, portanto sobreviventes à morte do corpo. Naturalmente temos que cuidar do corpo, pois é com ele que fazemos a jornada evolutiva no plano terreno, mas há uma grande diferença em cuidar do corpo e viver pelo corpo, tudo fazendo tão somente para o corpo, deixando de lado nossa realidade espiritual.

Perseguir um padrão social de beleza leva muitas pessoas, além de vários sacrifícios para atingir essa meta, ao campo do sensualismo, das experiências sexuais sem maior compromisso, esquecidas que nem elas, nem ninguém, são objetos descartáveis. Pelo contrário, todos somos seres humanos dotados de inteligência e sentimento, estando em pleno desenvolvimento do potencial divino que nos é dado no ato da criação. Saber respeitar a si mesmo é a chave para saber respeitar o outro, e o sensualismo combinado com a sexualidade aberta e irresponsável, leva a distúrbios profundos, tanto comportamentais quanto emocionais, com graves repercussões espirituais.

Por outro lado, temos a questão da riqueza, condenada por muitos, e que o Espiritismo compreende como sendo oportunidade que Deus nos dá para fazermos o bem, portanto, o problema não está no acúmulo da fortuna, desde que esta tenha sido gerada licitamente e esteja promovendo coisas boas e úteis à sociedade. Condenável é o desperdício financeiro por desleixo ou por egoísmo, satisfazendo caprichos pessoais em prejuízo de terceiros, numa flagrante oposição ao ensino de Jesus que devemos fazer aos outros somente o que desejamos que eles nos façam. Infelizmente temos assistido riquezas acumuladas que nada servem para a sociedade, e quando o detentor da riqueza morre, disputas judiciais intensas invadem os tribunais, com os herdeiros guerreando entre si, num egoísmo feroz, em muitos casos deteriorando impérios industriais e comerciais, levando muitas pessoas ao desemprego e ao desespero.

A união da beleza com a riqueza gera outras distorções de caráter de profundas consequências. Uma artista de renome internacional, confessou em entrevista que utiliza vez ou outra as redes sociais para provocar sensacionalismo, assim mantendo-se nos holofotes das mídias de comunicação, pois, segunda ela, uma mentira de vez em quando não faz mal a ninguém, no que ela se equivoca totalmente, pois a mentira muitas vezes provoca tragédias de longa repercussão, inclusive além encarnação, ou seja, prosseguindo no mundo espiritual após a morte. Esse comportamento inclui muitas vezes utilizar a beleza física e o sensualismo para a obtenção de ganhos financeiros vantajosos, em que influenciadores da opinião pública não titubeiam em enganar, em iludir, pois estão olhando apenas para vantagens pessoais, normalmente materiais.

Se o uso da beleza e da riqueza para fins pessoais, egoístas, muitas vezes não é atingido pela lei humana, não fica impune perante a lei divina que, é bom lembrar, está gravada em nossa consciência. Quem vive como se fosse o corpo, como se a vida somente existisse entre o nascimento e a morte, tem profunda desilusão ao descobrir que é uma alma, e que a morte do corpo não resultou no fim de tudo. E pior: responderá pelos abusos que perpetrou, pelo mau uso da sexualidade, por não ter utilizado a bem de todos a fortuna acumulada. Grandes sofrimentos morais lhe aguardam no mundo espiritual, como consequência da consciência culpada que infringiu a lei divina.

Mas nem a beleza, nem a riqueza, são condenáveis, pois elas podem gerar muitos bons frutos para a alma e para a sociedade, ou seja, podem ser bem aproveitadas pela pessoa e a benefício de todos. São duas provas difíceis, mas das quais pode a alma sair vencedora, mantendo-se nos campos da humildade e da simplicidade, não se deixando arrastar pelas tentações que a vida humana ainda nos apresenta.

A Doutrina Espírita nos remete a reflexões bastante oportunas sobre os temas da beleza e da riqueza, situando-os no campo moral, tendo em vista nossa realidade imortal e nossa destinação futura que é chegar, pelos próprios esforços, ao estado de Espírito Puro, representado aqui na Terra por Jesus Cristo, nosso guia e modelo.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Vídeo - Adolescentes de Condomínio


Dando continuidade aos vídeos sobre Educação Espírita, apresento o tema Adolescentes de Condomínio, numa abordagem realista sobre o comportamento social dos jovens e os ascendentes espirituais e educacionais sobre os mesmos.

Toda terça-feira, às 09 horas, você tem um encontro com a Educação Espírita no canal Orientação Espírita:

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Podcast - Razão de viver


Está no ar o episódio #0137 do podcast Análise & Crítica, desta vez trazendo o assunto Razão de Viver, com informações e reflexões com base nos princípios do Espiritismo.

Assista o episódio no Spotify:

Toda segunda-feira um novo podcast enriquece o Análise & Crítica, feito para você!

Comportamento sexual


Marcus De Mario

Sexualidade costuma ser um tema controverso, assunto muitas vezes proibido, envolto em crendices, superstições, tabus, que somente deve ser abordado em conversações íntimas entre mãe e filha, e entre o pai e o filho, mesmo assim com reservas, pois falar de sexo é problemático, é difícil. Muitos pais consideram que os filhos nunca têm a idade certa e nunca estão preparados para essa conversa, o que leva muitas crianças e adolescentes a procurar e encontrar informações fora da família, e nem sempre essas informações estão corretas, nem sempre estão envoltas em valores morais superiores. Devemos considerar que num mundo globalizado, de comunicação online e amplo conteúdo digital acessível a quem quer que seja, encontrar informações e orientações, mesmo equivocadas, sobre a sexualidade e a prática sexual, é muito fácil, motivo pelos quais os pais não podem ficar omissos ou com medo de falar sobre sexo com os filhos.

O instinto sexual é natural no ser humano, inerente à nossa biologia corporal, e também ao nosso psiquismo, ou seja, faz parte do homem e da mulher, do masculino e do feminino. Se o instinto sexual é natural, isso quer dizer que ele faz parte dos desígnios de Deus, o Senhor da Vida, portanto não é pecaminoso. O sexo é uma energia a ser utilizada pelo espírito reencarnado não apenas para a reprodução da espécie, mas igualmente para a promoção do bem e do belo, portanto, temos aqui uma abordagem que normalmente não é feita, ou seja, a questão da conduta sexual, do comportamento sexual do indivíduo, pois se o sexo é natural, a promiscuidade, a prostituição e o escândalo aviltam a sexualidade, tratando-se de uma questão moral que não pode ser colocada debaixo do tapete.

Nisso, com em tudo, o Espiritismo possui orientações muito seguras, mostrando que sempre seremos responsáveis, perante a lei divina, pelas consequências de nossas escolhas e de nossas ações, revivendo o ensino moral de Jesus, quando nos disse que a cada um sempre será dado segundo as suas obras, ou seja, porque a lei divina está gravada em nossa consciência, sempre teremos pela frente, nesta vida, no mundo espiritual ou em próxima encarnação, que enfrentar a nós mesmos em expiações e provas muitas vezes dolorosas, pois fizemos o mal a nós mesmos e também aos outros ao desviarmos a energia sexual para prazeres fugidios, aberrantes, promíscuos, desrespeitando os outros, que utilizamos como objetos descartáveis de prazer egoístico.

Já o mesmo não sucede quando canalizamos a energia sexual com respeito ao outro e a nós mesmos, numa relação saudável, porque amorosa, afetiva, solidária, com quem escolhemos para partilhar conosco esta existência, em laços legítimos de amor, geradores de paz de consciência e felicidade.

O comportamento sexual está intimamente associado à conduta moral, aos valores que elegemos para nortear nossa existência, e o verdadeiro espírita deve sempre pensar que somente deve fazer aos outros o que deseja que eles lhe façam, trazendo para nossa reflexão mais um ensino de Jesus.

Quando o sexo é mal dirigido, utilizado sem controle, deixando-nos levar somente pelo instinto, geramos um transtorno degenerativo para nós mesmos, criando um vício, uma dependência aviltante tanto dos órgãos genésicos, quanto do psiquismo, que passa a se alimentar constantemente de pensamentos sexualizados, de pornografia, assim como de relações que fornecem apenas sensações, sempre fugidias, passageiras, pois vinculadas apenas ao corpo, sensações essas necessitadas de realimentação, como qualquer vício moral e/ou físico.

Já a mente equilibrada pelo sentimento de amor faz o sexo ser normal e saudável, utilizando a energia sexual com disciplina, com autocontrole, no respeito a si e ao outro, sem criar qualquer dependência.
E o Espiritismo ainda nos desvela a realidade espiritual, no depois da morte, do descontrole sexual, pois a viciação não termina com o túmulo, inerente que é ao espírito e não ao corpo. A matéria se desfaz, mas a mente conserva o vício, torturando o espírito que, sem poder extravasar biologicamente o instinto perturbado, procura, através do processo de vampirização, sugar as energias sexuais das pessoas imprevidentes que se deixam arrastar para aventuras perigosas e de vastas consequências na sexualidade aviltada.

Não é o sexo que produz os distúrbios comportamentais nessa área, mas sim o desequilíbrio mental, o descontrole emocional, com a consequente falta de disciplina na função sexual, advertência que o Espiritismo faz para todas as pessoas, sejam heterossexuais ou homossexuais.

A educação da sexualidade é prerrogativa da família,, preparando as novas gerações para o uso saudável e disciplinado da energia sexual, e os pais encontram na doutrina espírita seguras orientações para que possam conversar com seus filhos, levando-os a se conscientizarem que Deus nada faz de errado ou pecaminoso, pois o que provém Dele é sempre certo e bom, mas os erros, equívocos e malversações provém, antes, dos homens, que devem aproximar cada vez suas consciências e suas ações da lei divina, que é justa, porque perfeita.

O Consolador - O amor e a educação


A revista digital espírita O Consolador, em sua edição 935, de 14/09/2025, publicou meu artigo O Amor e a Educação.

Nele procuro responder à pergunta "É possível desenvolver a capacidade de amar através da educação?"

Leia o texto em:

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Vídeo - A Metodologia de Jesus


Na série Educação Espírita, trago para conhecimento e reflexão o tema A Metodologia de Jesus.

Fique ligado!

Toda terça-feira, às 09 horas, um novo vídeo é publicado.

Acompanhe a série no canal Orientação Espírita:

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Podcast - Por que devemos estudar sempre o Espiritismo?


No episódio #0136 do Podcast Análise & Crítica, oferecemos reflexões eis para responder à pergunta Por que Devemos Estudar sempre o Espiritismo?

Assista o episódio em:

Lembrando que toda segunda-feira tem um novo episódio disponível no Podcast Análise & Crítica.

O egoismo e a violência


Marcus De Mario

A história humana é repleta de cenas de desrespeito aos direitos fundamentais, entre eles o mais importante: o direito à vida. Assistimos tempos afora a um desfile quase interminável de narrativas de violência do homem contra o homem, em duelos, guerras, crimes, assim como ampla injustiça social acarretando males incontáveis à estrutura emocional e psíquica dos indivíduos. Temos, então, amplo e profundo histórico de violência, seja física ou emocional, na história da humanidade, não apenas em tempos passados, mas igualmente na atualidade, o que nos permite perguntar: qual a causa da violência?

Ao endereçar essa indagação aos Espíritos Superiores, Allan Kardec recebe dos mesmos uma resposta direta e contundente: o egoísmo! Desdobrando o assunto, em O Livro dos Espíritos, o codificador espírita revela o antídoto: a educação moral!

Aprendemos com o Espiritismo que o egoísmo é a base de todos os vícios, é a chaga moral que ainda habita em nós, e que ele anda de mãos dadas com o orgulho, seu irmão. Compete-nos destruí-los, e isso somente pode acontecer com a aplicação e o desenvolvimento da educação moral, que é a verdadeira educação. Contudo, temos nos equivocado quanto à aplicação da educação moral, porque normalmente a aplicamos aos outros, de forma impositiva, quando, primeiro, devemos aplicá-la a nós mesmos, pois se eu não me melhoro moralmente, como hei de exigir a melhora moral do outro? A educação tem sua força no exemplo do educador, e a transformação moral não pode ser imposta, antes deve ser um convite irresistível à consciência, que então fortalecerá a vontade do Espírito, fazendo-o vencer a si mesmo.

Já ensinava o filósofo grego Sócrates que devemos, antes de tudo, conhecer a nós mesmos, extraindo do mundo das ideias o potencial divino que possuímos. Depois tivemos Jesus, o educador dos educadores, afirmando que devemos amar o próximo como amamos a nós mesmos, aliando a teoria com a prática. E no decurso da história, recebemos Pestalozzi, o educador revolucionário, a demonstrar na prática o amor na regência da educação.

Em todos os tempos o amor e o conhecimento de si mesmo sempre nos convidaram a um novo rumo na vida, exaltando a importância da cooperação, da justiça, da caridade, da fraternidade e da solidariedade, pilares da educação do Espírito, nossa realidade imortal, mostrando-nos que assim, com perseverança, podemos vencer e destruir o egoísmo e, também, o orgulho.

Voltando a Allan Kardec, devemos reconhecer que ele foi o educador francês Denizard Rivail, tendo introduzido o método de ensino pestalozziano na França, sendo autor de várias obras didáticas e pedagógicas, além de administrador do Instituto Rivail, escola de ensino fundamental (na nomenclatura atual) que teve como modelo o famoso Instituo de Yverdon, na Suíça, onde foi aluno do mestre Pestalozzi. Trata-se, portanto, de um emérito educador do século 19, que rapidamente compreendeu que a essência do Espiritismo é a educação, entendendo-a como sendo a educação moral.

E em que consiste a educação moral do Espírito reencarnado? Será acrescentar às disciplinas curriculares da escola mais uma disciplina para trabalhar a educação moral? Não, não é essa a visão da Doutrina Espírita. A educação moral deve estar entranhada nos conteúdos de todas as disciplinas curriculares; deve estar na conduta ética, respeitosa, dos educadores para com os educandos; deve estar no trabalho de descoberta da vida; deve levar os educandos ao desenvolvimento de sua espiritualidade. Enfim, a educação moral deve combater as más tendências de caráter que o Espírito apresente, ao mesmo tempo em que deve levá-lo a desenvolver as virtudes, dando-lhe bons hábitos de previdência, de solicitude e respeito para consigo mesmo e para com os outros.

Quando a educação moral estiver implementada na família, com a correspondente continuidade na escola, o egoísmo perderá terreno e, como consequência, a violência diminuirá, até ser totalmente extirpada do mundo terreno, no processo de transformação do mundo de expiações e provas em mundo de regeneração, onde o mal estará substituído pelo bem.

Temos pela frente ainda uma longa caminhada a realizar, e o convite que o Espiritismo nos faz, erguendo o Evangelho como luz dessa jornada, é o de acionarmos nossa vontade, nosso querer, para que alcancemos em mais breve tempo possível a felicidade, representada pela paz de consciência, pela paz espiritual do dever cumprido em amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Essa é a educação que devemos aplicar a nós mesmos, e que nos dará, no futuro, uma colheita imperecível, e que ficará conosco para todo o sempre.

Podcast - A educação e o amor

Assista agora o episódio #0143 do podcast Análise & Crítica, trazendo o tema A Educação e o Amor , com base nos ensinos e práticas do ed...