Fábrica de Maus Professores
Com esse título a revista VEJA publica na sua edição 2088, de 26 de novembro, entrevista com a antropóloga e professora da Universidade de São Paulo (USP), Eunice Durham, ex-secretária de política educacional do Ministério da Educação (MEC) e que, dos seus 75 anos, dedicou os últimos vinte em pesquisas sobre as Faculdades de Pedagogia.
Afirma Eunice Durham:
"Os cursos de pedagogia desprezam a prática da sala de aula e supervalorizam teorias supostamente mais nobres. Os alunos saem de lá sem saber ensinar".
Ela não está sozinha. A revista NOVA ESCOLA, em sua edição 216, do mês de outubro, publicou reportagem com o título "A origem do sucesso (e do fracasso) escolar", com base em pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas, que analisou o currículo de 71 cursos de formação de professores em todo o Brasil. O resultado? Decepcionante.
A pesquisa mostrou que os cursos dão pouco valor à prática; que somente 11% das disciplinas se referem a modalidades de ensino (educação infantil ...); que não há clareza sobre os conhecimentos básicos para a formação do professor; que os estágios são apenas para observar aulas nas escolas, e a orientação não funciona; que a palavra "escola" é citada apenas em 8% das ementas de disciplina; que nos concursos públicos para o magistério, apenas 31% das questões tratam do "quê" e "como" ensinar.
Por tudo isso volta Eunice Durham a afirmar categoricamente:
"Acho que elas (as faculdades de pedagogia) precisam ser inteiramente reformuladas. Repensadas do zero mesmo. Não é preciso ir tão longe para entender porquê. Basta consultar os rankings internacionais de ensino. Neles, o Brasil chama atenção por uma razão para lá de negativa. Está sempre entre os piores países do mundo em educação".
A formação de professores no Brasil precisa ser repensada. Durante muito tempo o foco esteve tão somente em formar pesquisadores em educação, só que a maioria vai direto para a sala de aula, com um mínimo de aprendizado sobre didática, metodologia do ensino, prática educacional, segmentos do ensino. O crescimento desordenado e sem qualidade das faculdades de pedagogia também impulsionaram o caos que estamos vivendo no sistema público de ensino.
E, a bem da verdade, as universidades, de modo geral, estão fechadas em academicismos, estudos teóricos, debates improfícuos e pilhas e mais pilhas de trabalhos de conclusão de curso, monografias e teses. Enquanto isso, o professor que trabalha em sala de aula na educação básica está igual a cego em meio a um tiroteio.
Está na hora de darmos um basta a essa fábrica de maus professores.
Pensemos nisso!
Afirma Eunice Durham:
"Os cursos de pedagogia desprezam a prática da sala de aula e supervalorizam teorias supostamente mais nobres. Os alunos saem de lá sem saber ensinar".
Ela não está sozinha. A revista NOVA ESCOLA, em sua edição 216, do mês de outubro, publicou reportagem com o título "A origem do sucesso (e do fracasso) escolar", com base em pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas, que analisou o currículo de 71 cursos de formação de professores em todo o Brasil. O resultado? Decepcionante.
A pesquisa mostrou que os cursos dão pouco valor à prática; que somente 11% das disciplinas se referem a modalidades de ensino (educação infantil ...); que não há clareza sobre os conhecimentos básicos para a formação do professor; que os estágios são apenas para observar aulas nas escolas, e a orientação não funciona; que a palavra "escola" é citada apenas em 8% das ementas de disciplina; que nos concursos públicos para o magistério, apenas 31% das questões tratam do "quê" e "como" ensinar.
Por tudo isso volta Eunice Durham a afirmar categoricamente:
"Acho que elas (as faculdades de pedagogia) precisam ser inteiramente reformuladas. Repensadas do zero mesmo. Não é preciso ir tão longe para entender porquê. Basta consultar os rankings internacionais de ensino. Neles, o Brasil chama atenção por uma razão para lá de negativa. Está sempre entre os piores países do mundo em educação".
A formação de professores no Brasil precisa ser repensada. Durante muito tempo o foco esteve tão somente em formar pesquisadores em educação, só que a maioria vai direto para a sala de aula, com um mínimo de aprendizado sobre didática, metodologia do ensino, prática educacional, segmentos do ensino. O crescimento desordenado e sem qualidade das faculdades de pedagogia também impulsionaram o caos que estamos vivendo no sistema público de ensino.
E, a bem da verdade, as universidades, de modo geral, estão fechadas em academicismos, estudos teóricos, debates improfícuos e pilhas e mais pilhas de trabalhos de conclusão de curso, monografias e teses. Enquanto isso, o professor que trabalha em sala de aula na educação básica está igual a cego em meio a um tiroteio.
Está na hora de darmos um basta a essa fábrica de maus professores.
Pensemos nisso!
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