Imprevidência e Teimosia no Trânsito

Um olhar sobre o complicado trânsito das metrópoles brasileiras, se quiser ser um olhar mais profundo, não pode deixar de ouvir as histórias dos taxistas, afinal eles vivem o dia-a-dia das ruas e avenidas melhor do qualquer outro motorista. Quem faz esse exercício salutar descobre que muitos nós, muitos engarrafamentos são provocados pela teimosia dos próprios usuários das vias públicas.

Existem passageiros que entram no táxi e sancionam: vamos pela avenida tal e pronto. Nenhum argumento os demove para fazer outro trajeto. E assim as histórias se sucedem, mostrando que muitos acidentes, muitas confusões são também provocadas pelos motoristas, como aquele que leva uma fechada, acelera, ultrapassa - normalmente cometendo alguma infração de trânsito -, fecha o outro e ainda sai do carro para tomar satisfações.

E o que dizer daquele motorista que jogou o ônibus para a pista da esquerda, espremeu os carros e parou no sinal em cima da faixa de pedestres e atravessado na rua? E mais: e aquele motorista que acelera tudo o que pode, queima pneus, para logo depois frear bruscamente e passar feito cordeirinho pelo controle de velocidade, o chamado "pardal"?

Em tudo o que ocorre no trânsito vemos a grave questão da educação. Sim educação de motoristas e passageiros para saberem obedecer as leis, as regras, e serem mais civilizados, mais humanos, preocupando-se com a sua vida e a vida dos outros.

No estágio em que estamos, com tantos maus exemplos, a fiscalização rigorosa é necessária, e aqui encontramos grave omissão dos responsáveis. Quantas vezes não flagramos guardas fazendo "vista grossa" para as infrações cometidas pelos motoristas?

Enquanto somarmos imprevidência, teimosia, desrespeito e invigilância, os resultados não poderão ser diferentes daqueles que temos assistido nos últimos anos.

As autoridades públicas devem investir na prevenção, o que só pode ser feito com a soma de outros fatores: campanha publicitária permanente + educação para o trânsito nas escolas + fiscalização rigorosa. O custo será muito menor do que os gastos que temos hoje. A prevenção é sempre mais barata e, com o tempo, diminui os gastos com a saúde pública, com os serviços de emergência e tudo o mais ligado a acidentes, feridos e mortos no trânsito.

Se tivermos boa vontade dá para fazer. O que vale mais: a vida humana ou a lágrima da dor?

Pensemos nisso!

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