É Permitido Abandonar os Filhos
Transcrevo, para nossa reflexão, notícia vinda da BBC News e publicada pelo portal G1:
"Parlamentares do Estado americano de Nebraska concordaram em mudar uma lei polêmica que permite que pais deixem seus filhos em hospitais e estações de polícia sem serem processados por abandono de menores. A lei permite que os pais abandonem crianças e adolescentes de até 18 anos. Ela foi introduzida em julho para tentar evitar que bebês, crianças e adolescentes fossem deixados em locais perigosos. Desde sua introdução, pelo menos 18 crianças com idades entre 22 meses e 17 anos foram deixadas nos hospitais e estações de polícia do Estado. Em dois casos, os pais saíram dos Estados de Iowa e Michigan para abandonar os filhos em Nebraska. Agora, o governador de Nebraska, Dave Heineman, diz que a legislação precisa se concentrar na proteção de crianças. Ele e a maioria dos deputados da Assembléia Legislativa do Estado concordaram em mudar a lei - ela permitirá apenas o abandono de bebês de até três dias. Com a mudança, Nebraska passará a ter uma legislação semelhante a de outros Estados americanos. A mudança entrará em vigor a partir de janeiro do ano que vem".
Consertar um erro com outro erro é ainda comum no homem. Não queremos que crianças e jovens sejam abandonadas em lixeiras, portas de igrejas e outros locais não muito apropriados, que colocariam em risco a vida, então fazemos uma lei para dizer: "você que não pode sustentar um filho, você que não aguenta mais seu filho, você que quer ter liberdade, agora você pode abandonar seu filho sem infringir a lei, desde que o coloque num lugar seguro, a porta de um hospital ou de uma delegacia de polícia, e tudo bem".
Tudo bem? O que estamos fazendo com a vida humana? O que estamos fazendo de nós mesmos? Onde está o sentimento? Onde fica a sensibilidade? E o afeto, o carinho, os sonhos? E o direito à vida?
Estamos insensíveis e egoístas, pensando somente no que é melhor para nós. Estamos embrutecidos por uma vida selvagem da luta pela sobrevivência, dos gozos dos prazeres sexuais e materiais.
O homem necessita aprender a se colocar no lugar do outro. E se tivesse acontecido comigo? "Não sei quem são meus pais e nunca tive carinho de avós, pois fui abandonado com dois anos de idade, mas não tenho mágoas porque meus pais pensaram em mim e me deixaram na porta de um hospital onde cuidaram de mim, me levaram para a polícia, que me deixou num abrigo de menores, onde cresci e me tornei adulto".
Com a legislação do estado de Nebraska sancionamos a vida individualista. Faço bobagem, engravido, mas não preciso ter receito, a lei me protege, basta abandonar de acordo com as normas da legislação. E se os exames detectam alguma anomalia na formação do bebê, também aqui não há problema, basta abandonar de acordo com a lei. Livramo-nos do problema e podemos seguir em frente, no anonimato.
Entretanto, nossa consciência nos acompanhará para o resto da vida, vida que dá voltas, muitas vezes nos surpreendendo dolorosamente.
O homem insiste em brincar de Deus, com o agravante de ser imperfeito, e depois se queixa das amarguras e sofrimentos.
Filho é para ser amado, abençoado, protegido, educado. Filho deve fazer parte da nossa vida. Filho não é uma coisa qualquer, um objeto ou um boneco, é gente, é ser humano!
Pensemos nisso!
"Parlamentares do Estado americano de Nebraska concordaram em mudar uma lei polêmica que permite que pais deixem seus filhos em hospitais e estações de polícia sem serem processados por abandono de menores. A lei permite que os pais abandonem crianças e adolescentes de até 18 anos. Ela foi introduzida em julho para tentar evitar que bebês, crianças e adolescentes fossem deixados em locais perigosos. Desde sua introdução, pelo menos 18 crianças com idades entre 22 meses e 17 anos foram deixadas nos hospitais e estações de polícia do Estado. Em dois casos, os pais saíram dos Estados de Iowa e Michigan para abandonar os filhos em Nebraska. Agora, o governador de Nebraska, Dave Heineman, diz que a legislação precisa se concentrar na proteção de crianças. Ele e a maioria dos deputados da Assembléia Legislativa do Estado concordaram em mudar a lei - ela permitirá apenas o abandono de bebês de até três dias. Com a mudança, Nebraska passará a ter uma legislação semelhante a de outros Estados americanos. A mudança entrará em vigor a partir de janeiro do ano que vem".
Consertar um erro com outro erro é ainda comum no homem. Não queremos que crianças e jovens sejam abandonadas em lixeiras, portas de igrejas e outros locais não muito apropriados, que colocariam em risco a vida, então fazemos uma lei para dizer: "você que não pode sustentar um filho, você que não aguenta mais seu filho, você que quer ter liberdade, agora você pode abandonar seu filho sem infringir a lei, desde que o coloque num lugar seguro, a porta de um hospital ou de uma delegacia de polícia, e tudo bem".
Tudo bem? O que estamos fazendo com a vida humana? O que estamos fazendo de nós mesmos? Onde está o sentimento? Onde fica a sensibilidade? E o afeto, o carinho, os sonhos? E o direito à vida?
Estamos insensíveis e egoístas, pensando somente no que é melhor para nós. Estamos embrutecidos por uma vida selvagem da luta pela sobrevivência, dos gozos dos prazeres sexuais e materiais.
O homem necessita aprender a se colocar no lugar do outro. E se tivesse acontecido comigo? "Não sei quem são meus pais e nunca tive carinho de avós, pois fui abandonado com dois anos de idade, mas não tenho mágoas porque meus pais pensaram em mim e me deixaram na porta de um hospital onde cuidaram de mim, me levaram para a polícia, que me deixou num abrigo de menores, onde cresci e me tornei adulto".
Com a legislação do estado de Nebraska sancionamos a vida individualista. Faço bobagem, engravido, mas não preciso ter receito, a lei me protege, basta abandonar de acordo com as normas da legislação. E se os exames detectam alguma anomalia na formação do bebê, também aqui não há problema, basta abandonar de acordo com a lei. Livramo-nos do problema e podemos seguir em frente, no anonimato.
Entretanto, nossa consciência nos acompanhará para o resto da vida, vida que dá voltas, muitas vezes nos surpreendendo dolorosamente.
O homem insiste em brincar de Deus, com o agravante de ser imperfeito, e depois se queixa das amarguras e sofrimentos.
Filho é para ser amado, abençoado, protegido, educado. Filho deve fazer parte da nossa vida. Filho não é uma coisa qualquer, um objeto ou um boneco, é gente, é ser humano!
Pensemos nisso!
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