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Mostrando postagens de 2021

A educação e sua essência

Para falarmos de educação, em qualquer circunstância, é preciso ter um mínimo de conhecimento sobre a mesma. O mesmo acontece quando nos dispomos a comentar sobre o pensamento deste ou daquele educador. Neste texto vamos fazer esforço de aliar uma coisa com outra, vamos falar ao mesmo tempo da educação e do pensamento de um educador. Há um livro muito importante, leitura obrigatória para todo educador, de um autor festejado por uns e amaldiçoado por outros, do qual vamos focar na sua essência educativa, e não no seu viés ideológico ou político, que não nos interessa debater. Estamos falando do livro Pedagogia da Autonomia, do célebre, para o bem e para o mal, Paulo Freire. No capítulo 1, onde ele faz primeiras reflexões sobre a prática educativa, chama-nos a atenção, no item 5, Ensinar exige estética e ética, o seguinte pensamento: “Transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter for

Conversa para pensar

Numa roda de conversa informal, ouvi a Cláudia, que é professora dedicada do ensino fundamental em escola pública, amiga que compartilha alguns dos mês pensares sobre educação, dizer emocionada: Tenho estado muito preocupada com as crianças lá na escola. Elas estão reproduzindo nos seus discursos e nas suas ações a defesa e a prática do que, na verdade, é a hipocrisia e a corrupção que assistimos nos escalões dos governos. A Samanta, que é mãe, perguntou: Você não é professora de matemática? Ao que a Cláudia confirmou: Sim, sou professora de matemática no primeiro e no segundo segmento do ensino fundamental. A essa resposta, finalizou a Samanta: Então não entendo sua fala, pois sua função na escola não é se preocupar com o que deve ser preocupação dos pais, você está na sala de aula para ensinar matemática, não é assim? A professora Cláudia, no sem bom senso e sem querer polemizar, contrapôs: Minha amiga, se como professora, que na minha visão é o mesmo que educadora, eu me preocupar a

Respeito ao Educando - Vídeo

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Este é o mais recente vídeo publicado pelo Ibem Educa, onde faço abordagem do tema Respeito ao Educando.

Educando para o futuro

Este texto tem duas abordagens: a primeira para os pais, a segunda para os jovens. Iniciemos então com uma palavra aos pais: todos nós sabemos que as gerações se sucedem, o tempo passa, e a humanidade continua seu progresso. Todos nós sabemos que a existência é limitada, que um dia enfrentaremos a morte, e que filhos e netos formarão a nova sociedade humana. Então, diante dessa verdade, está na hora de nos preocuparmos com a educação que fornecemos àqueles que aqui vão nos substituir e continuar. E essa preocupação torna-se ainda mais grave e profunda quando sabemos que um dia iremos depender daqueles que hoje são crianças, os quais receberam de nós a educação. Como gostaríamos que eles nos cuidassem? Analisando assunto tão grave e essencial que é a educação, encontramos nela diretrizes seguras, e a primeira diretriz é a da autoeducação, ou seja, que para bem educarmos é preciso primeiro que nos eduquemos. E como educação é conjunto de hábitos adquiridos, devemos iniciar a autoeducaçã

As eleições e a educação

Há pouco menos de um ano para as eleições presidenciais em nosso país, estamos assistindo intensa movimentação dos partidos políticos para indicação de seus candidatos ou a realização de coligações partidárias que viabilizem um único candidato representando vários partidos. Os analistas políticos extravasam suas opiniões em textos, vídeos e comentários nas tevês e rádios. As redes sociais fervilham em prós e contras. Enfim, o jogo teve início e alguns presidenciáveis já são conhecidos. Passando em revista as falas desses pré candidatos, lembrando que alguns não se lançaram ainda oficialmente, e também levando em conta que muitos temas ou não foram devidamente abordados, ou foram apenas pincelados por eles, o que nos chama a atenção, mais uma vez, pois é cenário de quase todas as eleições, é que o tema educação é bem pouco falado. Vemos uma grande preocupação com os rumos da economia, a questão da pobreza e da miséria pelo ângulo social, o combate à corrupção e alguns outros temas já tr

Um grito de alerta

Precisamos olhar com mais atenção e carinho para as crianças, que nem sempre conseguem viver minimamente sua infância, entre brincadeiras, sonhos e úteis aprendizados para a vida, isso porque, segundo o Unicef (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância), atualmente 160 milhões de crianças trabalham no mundo, por diversos motivos, a maioria no enfrentamento da miséria, auxiliando suas famílias a subsistirem. Desse assombroso número de crianças trabalhando no lugar de brincar e frequentar a escola, e tendo alimentação muito aquém de suas necessidades de crescimento sadio, muitas vezes enfrentando doenças, outro número se destaca: metade delas, ou seja, 80 milhões de crianças, exercem atividades de grande risco à saúde e ao desenvolvimento. É simplesmente assombroso, uma afronta indigna aos direitos humanos e, mais especificamente, aos direitos da criança e do adolescente. Mas ainda é pior. Uma em cada dez crianças em todo o mundo está submetida ao trabalho infan

Problemas na educação dos filhos

Muitos pais confundem o amor aos seus filhos com permissividade, liberdade excessiva, chegando mesmo alguns a não permitir que outros familiares chamem a atenção dos seus filhos, afirmando que somente eles podem dizer “não” aos mesmos. Isso é um equívoco de funestas consequências, pois é por amor que os pais devem da r limites, chamando a atenção, promovendo regras e combinados, cobrando as responsabilidades e os deveres. O amor também disciplina. O amor deve educar, e para isso não pode prescindir da energia – não confundindo essa energia com castigos corporais ou com tirania, totalmente antipedagógicos e contrários ao respeito que devemos aos filhos. Agir com energia não é agir com violência. Igualmente há confusão com a ternura dedicada aos filhos, muitas vezes excessiva, melosa e que os tornam dependentes do pai ou da mãe, ou que os protegem em demasia, acobertando os pequenos desvios de caráter. Ternura e esclarecimento devem estar de mãos unidas, pois é pela educação que os limi

Ensino familiar ou escola para todos?

Na discussão entre o ensino domiciliar, ou familiar, e a o ensino na escola, cremos que partidarizar uma ou outra opção não é o melhor caminho, e que essa discussão está contaminada por radicalismos de ambas as partes, dos que defendem a escola, e também dos que defendem o direito dos pais de ensinar no lar. O que impede a união, a integração entre a escola e a família? Por que os professores não podem se deslocar para o lar de um aluno quer se encontre acamado, impossibilitado de frequentar a escola? Qual é o impedimento dos pais e responsáveis terem participação nas atividades desenvolvidas pela escola? Se essas coisas não estão acontecendo, a discussão não deveria estar centrada no porquê de não estarem acontecendo? Não deveríamos estar discutindo por que a escola não é para todos, ou de todos, com a participação de todos? Nessa discussão, entra também a questão da escola ter um endereço, estar fisicamente situada numa rua, que está num bairro, que pertence a uma cidade e, ao mesmo

Nem tudo faz parte do mundo infantojuvenil

Com o crescimento da internet e a evolução cada vez maior das redes sociais, dos games e da transmissão de séries e filmes através de streaming, isso aliado à alta tecnologia presente nos celulares e computadores, permitindo que qualquer pessoa acesse variado conteúdo de forma bastante livre, os pais se viram diante de um dilema educacional: proibir ou orientar sobre determinados conteúdos? À primeira vista, proibir tem resultado mais imediato, exerce controle aparentemente mais seguro. Entretanto, precisamos convir que tudo o que é proibido fica mais convidativo para conhecer. Afinal, por que é proibido? Por que eu não posso assistir? Por que aquele determinado game pode me fazer mal? Também parece mais produtivo na educação dos filhos cercear o uso do celular e da internet, duas febres poderosas consumindo crianças e jovens, chegando mesmo alguns pais a simplesmente proibir o uso, ou retirando os mesmos por longos períodos. Contudo, passado o período da restrição, estarão os filhos e

Pais devem amar e educar

Vem de longe em nossa história um ditado popular que afirma: “tal pai, tal filho”, ou seja, que os filhos tendem a ter comportamento, gostos, hábitos e valores iguais, ou muito semelhantes, aos pais, pois se espelham neles e deles recebem fortes influências. Isso é verdade, atestando o poder da educação, infelizmente nem todos os pais atentam para essa forte influência que exercem sobre seus filhos. Vivem diante das crianças como se estas não lhes prestassem atenção, como se suas palavras e atitudes nada tivessem com elas. Vivem no seu mundo adulto, esquecidos que existe um mundo infantil interagindo constantemente com eles. Outros pais sabem muito bem da influência que exercem sobre os filhos, entretanto, não se preocupam em se autoeducar para dar bons exemplos e bem formar o caráter dos filhos, pelo contrário, se comprazem em distorcer valores, em manter as velhas zonas de conforto, induzindo os filhos a terem que pensar como eles, a agirem como eles. Os pais devem se conscientizar q

Projeto nacional de educação

Historicamente o Brasil não consegue elaborar um projeto nacional de educação, pois o que assistimos ao longo do tempo, inclusive nos tempos atuais, são projetos de governo, sem continuidade, construindo e desconstruindo a educação, sempre à mercê das vontades políticas, ou melhor seria dizer politiqueiras, dos partidos e seus representantes. Se a sucessão for ganha pela oposição, muda-se tudo, e assim, ao sabor dos ventos, vai indo a educação brasileira. Temos, é verdade, um Plano Nacional de Educação, com metas a serem atingidas em dez anos, plano esse sempre revisado para novo período, entretanto, e todos sabemos disso, muitas vezes nem metade das metas previstas são atingidas, e fica por isso mesmo, pois um novo plano tem que ser elaborado e novas metas têm que ser escolhidas. Dez anos em cima de dez anos para pouca coisa realmente ser feita. Com quase dois anos de pandemia, descobre-se agora, com a reabertura das escolas, que boa parte dos governos estaduais e municipais, e inclus

A solução

Onde está a causa de tantos males e sofrimentos da humanidade? Será que a causa está na falta de ciência? A resposta é negativa, pois os avanços científicos em todas as áreas atestam que não nos falta conhecimento, tecnologia e visão sobre o homem, o mundo e vida. Será que a causa está na falta de filosofias? Novamente a resposta é negativa, pois não faltam as mais diversas visões filosóficas sobre o ser e o existir, sejam elas materialistas ou espiritualistas. Será que a causa está na falta de doutrinas religiosas? Olhando a história humana e nossa atualidade, vemos que o que não nos falta é opção de caráter religioso, pois temos religiões as mais diversas para escolher e seguir. Será que a causa está na falta de códigos morais? Eis o que não carecemos, pois códigos morais para nossa melhor conduta existem desde os tempos mais recuados da humanidade. Será que a causa está na falta de cultura? Outra vez temos que responder negativamente, pois as manifestações culturais em todas as área

Corrupção e educação

A corrupção, acompanhada da dissolução dos costumes, sempre existiu, é uma marca histórica em todos os tempos da humanidade, e de tal ordem, que derrubou impérios e fez ruir povos e nações que pouco vestígio deixaram. Após a libertação do jugo egípcio e sob o comando de Moisés. O povo judeu se bandeou para as festas, o culto ao bezerro de ouro e outras práticas que levaram o legislador hebreu a ter que sancionar a lei de talião, do olho por olho e dente por dente, única maneira de exercer controle. O Império Romano, glorificado e considerado invencível, afundou num mar de lama de defecções morais, favores políticos, libertinagens, desvios de conduta, lutas pelo poder, levando a águia erguida nos estandartes e encerrar melancolicamente seu voo sobre o ocidente e o oriente do mundo então conhecido. E assim teríamos outros tantos exemplos do poder da corrupção. Dizem que no Brasil a corrupção é uma instituição, trazida e erguida em nossas terras pelo próprio Pedro Álvares Cabral, nosso de