quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Entrevista no Terceira Visão

Gravando entrevista para o programa Terceira Visão, da TV Mundi, com Berenice Bertolatto. Logo darei notícia de quando o programa será transmitido.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Professores e escolas vencem desafios

O Jornal da Band transmitiu ao longo desta semana uma série especial que mostra a dura rotina dos professores dentro da sala de aula. Ao mesmo tempo em que mostra que a missão de educar não é fácil para os profissionais que lidam com alunos violentos, traz vários exemplos de professores e escolas que renovaram a prática pedagógica e a metodologia de ensino. Vale a pena assistr.

O link para os vídeos é http://www.band.uol.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000543554.

Não deixe, depois de assistir, de postar aqui seu comentário.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Aprovado limite de alunos na sala de aula

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou na manhã desta terça-feira (16) projeto de lei que estabelece um número máximo de alunos por turma nas escolas públicas. Por ter sido aprovado de forma "terminativa", o projeto não passará pelo plenário do Senado e seguirá diretamente para análise da Câmara dos Deputados.

A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e estabelece que o número de estudantes para a pré-escola e para os dois anos iniciais do ensino fundamental será de 25 por sala de aula. Para os demais anos do ensino fundamental e os anos do ensino médio, o número máximo permitido em sala de aula será de 35 estudantes.

Segundo o autor da proposta, senador Humberto Costa (PT-PE), o objetivo da proposta é auxiliar os educadores, que diante de muitos estudantes, não conseguem, segundo avalia, fazer um acompanhemento eficaz do desenvolvimento dos estudantes.

Pelo texto aprovado na comissão, se for aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente da República, Dilma Rousseff, a nova lei entrará em vigor em 1º de janeiro do ano subsequente ao da publicação no "Diário Oficial da União".

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A fome no mundo

Quase 870 milhões de pessoas passam fome no mundo, ou seja, 12,5% da população mundial, indica um relatório sobre o biênio 2010-2012 divulgado em Roma, na Itália, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês).

O estudo, realizado em colaboração com o Programa Mundial dos Alimentos (PMA) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), destaca ainda que a grande maioria dessas pessoas, cerca de 850 milhões, vive em países em desenvolvimento.

Em 2009, a FAO lançou o alerta de que o número de famintos no mundo superara a barreira de 1 bilhão, mas um ano depois o total retrocedeu a 925 milhões.

Ainda assim, a agência das Nações Unidas adverte que os dados divulgados agora não podem ser comparados com os das edições anteriores, uma vez que foram introduzidas melhorias na metodologia utilizada a fim de obter dados mais precisos.

A FAO destaca que se foram levadas em conta as estimativas a partir de 1990 elaboradas em função desta nova metodologia, é possível observar um avanço na redução da fome mais pronunciado do que se achava anteriormente.

No entanto, adverte que os maiores progressos foram obtidos antes do biênio 2007-2008, após o qual os avanços na redução do número de famintos desaceleraram e, posteriormente, estabilizaram-se.
Portanto, o relatório afirma que é possível cumprir a meta fixada nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), de reduzir pela metade o número de pessoas que passam fome até 2015, embora para isso seja preciso adotar medidas destinadas a atacar a desaceleração dos últimos anos.

Levando-se em conta a evolução do número de famintos por regiões, os maiores progressos aconteceram no sudeste e no leste da Ásia, seguidos pela América Latina. Na África Subsaariana, houve avanços a um ritmo inferior, enquanto no oeste da Ásia ocorreu um aumento no número de pessoas desnutridas.
A FAO assinala que o crescimento econômico registrado nas últimas décadas levou a grandes conquistas na redução da fome, embora ressalte que para que esse crescimento incida em uma melhora da nutrição entre os mais necessitados é preciso que os pobres participem tanto do processo como de seus benefícios.
Além disso, destaca a eficácia do crescimento agrícola para ajudar a reduzir a fome e a desnutrição, ao tempo que insiste que tanto esse crescimento como o econômico devem permitir uma melhor situação nutricional para os menos favorecidos através do aumento de oportunidades para a diversificação de sua dieta.

O relatório ainda indica que para acelerar a redução da fome o crescimento econômico deve ser acompanhado por medidas públicas incisivas, com políticas e programas que ajudem os mais desfavorecidos a longo prazo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Quem quer ser professor? Paga-se pouco

A reportagem abaixo foi publicada no jornal O Estado \de São Paulo e replicada por diversas mídias. É de grande preocupação.
Professores brasileiros em escolas de ensino fundamental têm um dos piores salários de sua categoria em todo o mundo e recebem uma renda abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) per capita nacional. É o que mostram levantamentos realizados por economistas, por agências da ONU, Banco Mundial e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou um alerta, apontando que a profissão em vários países emergentes está sob "forte ameaça" diante dos salários baixos.
Em um estudo realizado pelo banco UBS em 2011, economistas constataram que um professor do ensino fundamental em São Paulo ganha, em média, US$ 10,6 mil por ano. O valor é apenas 10% do que ganha um professor nesta mesma fase na Suíça, onde o salário médio dessa categoria em Zurique seria de US$ 104,6 mil por ano.
Em uma lista de 73 cidades, apenas 17 registraram salários inferiores aos de São Paulo, entre elas Nairobi, Lima, Mumbai e Cairo. Em praticamente toda a Europa, nos Estados Unidos e no Japão, os salários são pelo menos cinco vezes superiores ao de um professor do ensino fundamental em São Paulo.
Guy Ryder, o novo diretor-geral da OIT, emitiu um comunicado na quarta-feira (03) no qual apela para que governos adotem estratégias para motivar pessoas a se tornarem professores. Sua avaliação é de que, com salários baixos, a profissão não atrai gente qualificada. O resultado é a manutenção de sistemas de educação de baixo nível. "Muitos não consideram dar aulas como uma profissão com atrativos", disse. Para Ryder, a educação deve ser vista por governos como "um dos pilares do crescimento econômico".
Outro estudo - liderado pela própria OIT e pela Unesco (órgão da ONU para educação, ciência e cultura) e realizado com base em dados do final da década passada - revelou que professores que começam a carreira no Brasil têm salários bem abaixo de uma lista de 38 países, da qual apenas Peru e Indonésia pagam menos. O salário anual médio de um professor em início de carreira no País chegava a apenas US$ 4,8 mil. Na Alemanha, esse valor era de US$ 30 mil por ano.
Em um terceiro levantamento, a OCDE apontou que salários de 2009 no grupo de países ricos tinham uma média de US$ 39 mil por ano no caso de professores do ensino fundamental com 15 anos de experiência. O Brasil foi um dos poucos a não fornecer os dados para o estudo da OCDE.
Médio
Em uma comparação com a renda média nacional, os salários dos professores do ensino fundamental também estão abaixo da média do País. De acordo com o Banco Mundial, o PIB per capita nacional chegou em 2011 a US$ 11,6 mil por ano. O valor é US$ 1 mil a mais que a renda de um professor, segundo os dados do UBS. Já a OCDE ressalta que professores do ensino fundamental em países desenvolvidos recebem por ano uma renda 17% superior ao salário médio de seus países, como forma de incentivar a profissão.
Na Coreia do Sul, os salários médios de professores são 121% superiores à média nacional. O Fórum Econômico Mundial apontou recentemente a Coreia como uma das economias mais dinâmicas do mundo e atribuiu a valorização da educação como um dos fatores que transformaram uma sociedade rural em uma das mais inovadoras no século 21.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Os jovens estão sendo expulsos da escola

Caiu o número de jovens na escola a partir dos 15 anos de idade.

Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo IBGE, 83,7% dos jovens entre 15 e 17 anos estudavam em 2011. O número é mais baixo do que o apurado em 2009, quando a taxa era de 85,2%. Isso siginifica 1,7 milhão de jovens fora da escola - população equivalente à de Curitiba. 

Uma pesquisa realizada pelo Ibope, em parceria com o Instituto Unibanco, em 2011, mostra que os estudantes do ensino médio perdem entre 17% e 40% dos dias de aulas, na maioria dos casos, por falta de professor.

O Censo Escolar de 2011 revelou que a taxa de reprovação no ensino médio brasileiro atingiu 13,1%, maior número desde 1999.

Para os especialistas a baixa qualidade do ensino, a alta taxa de reprovação, a falta de professores, a infraestrutura escolar deficiente, a falta de biblioteca e salas de estudo, a dificuldade de chegar na escola (transporte e distância), entre outros fatores, "expulsam" o jovem da escola.

O que fazer para reverter esse quadro?

Esse é o desafio que lanço a você, que acompanha o Análise & Crítica.

Faça seu comentário dando sugestões.

Comentarei todas elas.

Aguardo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mais uma edição da ReConstruir

Está no ar a edição de setembro da revista ReConstruir - a sua revista sobre educação -, publicação on line do Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM).

Nesta edição a reportagem principal discute os valores morais e a ética na educação. Traz meu artigo sobre responsabilidade educacional. Entrevista com o educador espanhol Álvaro Marchesi sobre cidadania e respeito ao aluno. E tem ainda artigos, reportagens, contando histórias e muito mais, tudo com acesso gratuito na internet.

Leia a ReConstruir em www.educacaomoral.org.br/reconstruir.

Boa leitura!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O que é educação moral

Há mais de dez anos lançamos o Projeto Educação Moral para Formação do Homem, onde desenvolvemos uma filosofia espiritualizante da educação, com a aplicação da Pedagogia da Sensibilidade para chegarmos à Escola do Sentimento. A base do projeto e da filosofia é a educação moral do ser. Em que consiste essa educação é o objeto deste texto.

Devemos esclarecer que entendemos o homem, seja ele criança, jovem ou adulto, como um ser criado por Deus e dotado de potencialidades a serem desenvolvidas pelo processo de educação, conforme entendimento do mestre Pestalozzi, de quem colhemos maravilhosas inspirações. Essas potencialidades, já o sabe a ciência, podem ser classificadas em dois grandes grupos: a inteligência (ou cognitivo) e o emocional (ou sentimento). O homem é dotado de inteligência e de sentimento, e hoje aprendemos com as pesquisas psicológicas que não basta realizar o desenvolvimento congnitivo (da inteligência). É necessário, igualmente, realizar o desenvolvimento emocional do indivíduo. Aqui está a base da educação moral.

Desenvolver emocionalmente significa trabalhar para que o indivíduo incorpore ao seu psiquismo as virtudes (que ainda muitos educadores consideram uma palavra fora do vocabulário da pedagogia), ou, se quiserem, os valores humanos que o façam uma pessoa honesta, solidária, cooperativa, paciente, trabalhadora, persevernate, justa, ética, cidadã. Esse é o trabalho da educação moral. E deixemos claro não se tratar de educação religiosa. A educação moral nada tem a ver com a religião, com nenhuma doutrina religiosa, por melhor que ela seja.

A educação moral, conforme escrevemos no livro "A Educação Moral e Sua Aplicação na Família e Escola", que teve como primeira edição o título "O Espírito da Educação", pode ser assim entendida:

"Entendemos a educação como sendo formadora da moral e da inteligência do homem, em outras palavras, como sendo o elemento que desenvolve toda a potencialidade existente no ser humano, por isso que compreender a educação é saber direcionar o homem no mundo. Educar é transformar. Educar é potencializar. Educar é trabalhar tanto a inteligência quanto a moral, para que o homem saiba, através da moral, o que fazer da inteligência. Compete à educação levar o homem para objetivos definidos em sua vida, em que ele tome atitudes baseadas na sua plena consciência, sabendo que não vive isolado ou apenas para si, mas numa coletividade, numa sociedade organizada em que, se tem direitos, possui também deveres. A educação do caráter gera responsabilidades. A educação moral gera seres sensibilizados, com sentimento no coração, que irão buscar o desenvolvimento da inteligência para o progresso comum"

Na educação moral.trabalhamos para que o indivíduo, na sua singularidade, faça crescer seu senso moral diante de situações-desafio que o fazem pensar e colocar-se no contexto da vida. Com sua criticidade aguçada, saberá então dinstinguir o bem e o mal, para si e para os outros, sem discursos falseadores.

Ainda em meu livro acima citado, escrevemos:

"Moral é a regra da boa conduta, da distinção que fazemos entre o que é bom e o que é ruim, para nós e para os outros, utilizando um ensino milenar daquele que se considerava Mestre: façamos aos outros somente o que queremos eles nos façam. O homem moral se preocupa com o interior para melhor equacionar o exterior. A cultura tem o valor que merece mas a conquista de virtudes é primordial. Ele valoriza a alma antes que o corpo e percebe este corpo como parte de si mesmo, que também deve ser cuidado enquanto instrumento de crescimento para a alma. A educação moral irá trabalhar com duas realidades essenciais: o bem e o mal, o que é bom e o que é ruim na formação do caráter. Este nosso enunciado pode levar muitos teóricos da educação julgarem ser necessário estabelecer o que deve ser ensinado e o que não deve ser ensinado, mas não é isso o que estamos propondo, mesmo porque tudo deve ser ensinado, ou melhor, tudo deve ser facultado ao educando conhecer, ao mesmo tempo em que, exercitando suas potencialidades morais e intelectuais, sob a orientação do educador, vai separando o joio do trigo, entendendo o que lhe faz bem ao caráter e faz bem para o próximo na sua conduta social".

Como a educação moral ainda é considerada uma novidade, e sua implantação na escola vista como um mistério, pois não parece se encaixar no que hoje se faz no processo ensino-aprendizagem, convidamos os leitores para conhecer o Projeto Educação Moral para Formação do Homem, dando posibilidade aos educadores de fazerem salutares reflexões, pois é concordância geral que novos rumos precisam aclarar a educação, a práxis educacional. O projeto está disponível em www.educacaomoral.org.br.

Enquanto isso, deguste, caro leitor, este texto. Saboreie seu conteúdo e dispa-se de pré-conceitos, única maneira de maravilhar-se com a educação moral e perceber que, com ela, podemos ser diferentes e fazer a diferença.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Desviar verbas da educação poderá ser crime hediondo

O desvio de verbas da saúde e da educação pode se tornar crime hediondo. Projeto aprovado pela Comissão de Educação do Senado inclui na lei dos crimes hediondos as ações de corrupção, peculato ou formação de quadrilha quando estiverem relacionadas a licitações, contratos, programas e ações nas áreas de saúde e educação.

O objetivo da proposta é endurecer as penas para evitar fraudes com recursos públicos em duas áreas consideradas essenciais para a população.

Para virar lei, o projeto precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado e pela Câmara.

Autor do projeto, o senador Lobão Filho (PMDB-MA) disse que 70% dos recursos públicos desviados no país são da saúde e da educação. Entre 2007 e 2010, diz a Controladoria-Geral da União, foram desviados por prefeituras mais de R$ 600 milhões nessas duas áreas.

O projeto altera a lei 8.072, de 1990, que define o rol de crimes hediondos. Estão na lista latrocínio (roubo seguido de morte), estupro e falsificação de produtos para fins terapêuticos e medicinais, entre outros. Esses crimes são inafiançáveis, sem possibilidade de anistia e com penas de até 30 anos de reclusão.

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Historicamente sempre assistimos governadores, prefeitos e secretários de educação desviarem as verbas destinadas à educação, sem que os mesmos fossem punidos, apesar dos escândalos. Hohje discute-se uma Lei de Responsabilidade Educacional e agora essa proposta de Crime Hediondo para desvio de verba pública destinada à educação. É um avanço, sem dúvida, embora não saibamos se esses projetos de fato vão se tornar lei e, se isso acontecer, que mecanismos interpretativos serão sancionados, abrindo brechas no seu entendimento e aplicação.

É triste constatar que precisamos de leis rígidas para controlar o que deveria ser prioridade de todo governante, de todo administrador público. E mais triste é verificar que, se de um lado estamos preocupados em combater o desvio de verba pública destinada à educação, de outro lado pouco esforço estamos fazendo em mudar a educação, em transformá-la efetivamente em formadora do senso moral dos indivíduos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cidadania moral e ética como disciplina no ensino fundamental

Esta notícia está no site da Band - www.band.com.br - e foi postada dois dias atrás, ou seja, dia 11:
 
O currículo do ensino fundamental terá a disciplina cidadania moral e ética. A decisão, em caráter terminativo, foi aprovada nesta terça-feira, dia 11, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. A medida também inclui no currículo do ensino médio a disciplina ética social e política.

O Projeto de Lei do Senado 2/2012, de autoria do senador Sérgio Souza (PMDB-PR), modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), incluindo a disciplina como obrigatória para o ensino fundamental. Entre as justificativas de Sérgio Souza para o projeto, está “a necessidade de aprimoramento da LDB, com a criação de disciplinas que deem aos estudantes melhor formação ética, social e política, o que os capacitará para o correto entendimento dos principais problemas sociais do nosso país e do mundo”.

A diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, criticou a medida e o excesso de disciplinas já constantes do currículo da educação básica. “Que horas que os alunos vão conseguir aprender aquilo que é essencial? Não que [o projeto de lei do Senado] não seja importante, realmente vivemos uma crise de valores na sociedade. O que acontece é que tudo recai na escola. Não tenho dúvidas que o aluno deve refletir sobre questões de ética, mas não se aprende na teoria. É no dia a dia”, defende.

Priscila Cruz considerou “desnecessária” mais uma disciplina e destacou que o conteúdo deve ser trabalhado de forma transversal em todas as disciplinas. “Não se pode separar ética, ela tem que estar presente em todos os conteúdos. Como tema transversal é perfeito. Cidadania é ética, e isso a gente vivencia”, completou.

A comissão também aprovou hoje, em decisão terminativa, o projeto de lei que modifica a Política Nacional do Livro. Com a mudança, os livros eletrônicos serão equiparados aos tradicionais na legislação brasileira, inclusive na isenção de impostos.

Em outra decisão, foi aprovado o parecer favorável do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) ao projeto de lei que considera crime hediondo o desvio de verbas destinadas a programas de educação e saúde (PLS 676/2011). A matéria agora vai para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde receberá decisão terminativa.

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Também acredito que cidadania, moral e ética não devem fazer parte de uma única disciplina, e sim estarem presentes em todo o currículo escolar, em todas as atividades, envolvendo todos os professores, pois não será a teoria em sala de aula, descolada da prática do dia a dia da vivência humana, que atingirá o objetivo desejado.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Lei que Pune ou Escola que Educa?

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente. A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.

Bem, amigo leitor, diante desse projeto de lei temos que fazer alguns questionamentos:

1) O adulto na condição de professor também não deveria ser penalizado por desrespeitar o código de ética e conduta da escola, quando desrespeita os alunos, repete indefinadamente a mesma aula e, caso mais grave, quando xinga, deprecia e mesmo agride um estudante?

2) Se a questão é tratar a indisciplina como caso de polícia, então porque não transformamos a escola em instituto para menores infratores, com todo o aparato de segurança pública? O problema é saber o que fazer com os estudantes não infratores.

3) Onde está a prova que reduzindo a idade penal - querem reduzir para 15 anos - termina a violência na escola?

O olhar sobre a educação e a escola está distorcido, e de há muito tempo, motivo pelo qual temos tantos problemas. Hoje os índices de repetência, de evasão escolar e de analfabetismo funcional no ensino fundamental continuam alarmantes. A deterioração do ensino médio é reconhecida inclusive pelas autoridades. E o sistema de cotas no ensino superior é uma aberração para mascarar as deficiências da base educacional.

Não se resolve a indisciplina, o desinteresse, o bullying, as drogas e a violência nas escolas com redução de idade penal, punições e polícia dentro da escola. Todas essas coisas falam da nossa falência em gerir a educação, da nossa incompetência em entender o que é educar.

Falta nas escolas humanização do ensino. Falta também desenvolver a educação dos sentimentos. Falta valorizar o estudante como ser humano. Falta igualmente melhor preparar os professores. Falta inserir a família no processo educacional formal. Falta adequar fisicamente a escola para sua finalidade. Falta trabalhar a cidadania. E falta desenvolver a resolução de conflitos.

Querem criar leis para punir. A escola existe para educar.

Será que esse tempo, da escola que educa, ninguém quer resgatar para o bem de nossa sociedade?

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ensino Fundamental com Graves Problemas

Saiu no O Globo e é destaque no G1, o portal de notícias da Globo:

Divulgados há três semanas, os resultados do Ideb, principal indicador da qualidade da educação no Brasil, preocuparam o MEC principalmente pela estagnação do ensino médio de 2009 para 2011. Dados obtidos pelo GLOBO junto ao Inep, autarquia do MEC responsável pelas avaliações, revelam, no entanto, que os problemas que resultam no quadro preocupante do antigo 2º Grau começam antes, já ao final do ensino fundamental, onde o percentual de alunos com conhecimento considerado adequado é de apenas 17% no caso de matemática e de 27% em língua portuguesa.

Além disso, em matemática, um terço dos estudantes que completa o fundamental registrou nos testes do MEC notas que os colocam abaixo até do que se espera para um aluno do 5º ano, (4ª série do antigo primário). Os dados constam de um relatório feito pelo Inep com base no desempenho dos alunos na Prova Brasil, testes de português e matemática aplicados a estudantes da rede pública que fazem parte do cômputo da nota final do Ideb, indicador que reúne essas médias com taxas de aprovação.

Dito de outra forma, 83% dos jovens avaliados ao final do ensino fundamental demonstraram saber menos matemática do que deveriam, o que significa que têm dificuldades para resolver problemas envolvendo porcentagens e frações.

O cenário é menos pior no caso das provas de português e nos anos iniciais do ensino fundamental. Nessa disciplina, o percentual de estudantes com nível adequado chega a 27% ao final do fundamental (antigo ginásio), sendo que um quinto registrou nível de conhecimento abaixo do que se espera até no 5º ano.

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Diante desse quadro, a prioridade do MEC tem de ser o ensino fundamental, com ações determinantes para que os muncípios, responsáveis por esse segmento de ensino, cumpram pedagogigamente o que lhes compete, pois se isso não for feito, o ensino médio continuará a sofrer, e o ensino superior irá conhecer o maior declínio de qualidade de sua história.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Seminário Novo Rumo para a Educação

Professores e Educadores têm um encontro marcado em Nova Iguaçu.

10 de novembro de 2012


2º SEMINÁRIO NOVO RUMO PARA A EDUCAÇÃO

Tema Central
A Pedagogia da Sensibilidade e a Humanização da Escola

Veja só quem estará presente:
José Pacheco - Doutor em Educação, Ex-Diretor da Escola da Ponte (Portugal).
Marcus De Mario - Educador, Diretor do IBEM.
Ronaldo Gomes - Psicopedagogo, Professor da UNISUAM, Diretor do IBEM.
Cleide Arantes - Pedagoga, Professora Especialista em Educação Infantil.

Eles vão fazer as seguintes abordagens:
Pedagogia da Sensibilidade - Palestra - Marcus De Mario
Interferindo Humanamente na Escola - Palestra - José Pacheco
Aplicação da Pedagogia da Sensibilidade em Sala de Aula - Oficina - Marcus De Mario
A Escola da Ponte, Um Caminho Possível - Oficina - José Pacheco
Como Desenvolver os Sentimentos na Educação Infantil - Oficina - Cleide Arantes
Como Trabalhar Conflitos na Escola - Oficina - Ronaldo Gomes

O 2º SEMINÁRIO NOVO RUMO PARA A EDUCAÇÃO acontecerá no
Colégio Leopoldo - Nova Iguaçu/RJ

Informações e Inscrições em
www.educacaomoral.org.br

Realização do
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(21) 3439-0665 / 3381-1429
educacaomoral@educacaomoral.org.br

ReConstruir, a revista do educador, edição de agosto




Leia a edição de agosto da revista ReConstruir, a revista do educador: www.educacaomoral.org.br/reconstruir.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Escola investe em livros e participação

Transcrevemos abaixo parte de reportagem do G1, com mais um exemplo de escola de qualidade. Quando direção e professores querem, é possível acontecer.

"A escola pública municipal Ana Araújo, localizada no município de Alfredo Chaves, na região Litoral Sul do Espírito Santo, foi a que apresentou a nota mais alta entre as instituições do estado, segundo a avaliação feita pelo Ministério da Educação (Mec), por meio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011. Mesmo sem equipamentos tecnológicos, a nota da escola ficou acima da média nacional, com 7,1 pontos até a 4ª série e 5,2 pontos até a 8ª série. Os professores usam a criatividade para levar os estudantes ao bom desempenho.

Para a professora de português Ana Claret, o segredo do sucesso da instituição está no tamanho das turmas, com um máximo de 30 alunos, e na participação em sala de aula. "Eu deixo que eles construam e depois faço minha inferências. Conhecendo bem cada um, consigo trabalhar de forma diferente com os alunos e aproveitar ao máximo aquilo que eu sei e encontrar um caminho para alcançar esse estudante", disse.

Segundo os próprios alunos, a interação e o interesse durante as aulas é bastante proveitoso. "A gente lê muito, a professora cobra isso da gente. Se a gente não entende alguma coisa, ela explica de novo, ela é muito legal", disse o estudante Rodrigo Piccoli, de 11 anos.

Sem o auxílio de equipamentos tecnológicos, o que há de sobra na escola Ana Araújo é a criatividade. De acordo com a instituição, 100% dos alunos até 8 anos de idade sabem ler, escrever e interpretar. O resultado satisfatório vem de idéias simples, como o "Cantinho da Leitura"e a "Maleta Viajante".

"No caso da maleta viajante, os alunos são sorteados e todos os dias alguém leva a maleta para casa, junto com um livro de história e o caderno de registros. Eles fazem esse registro e apresentam na aula no dia seguinte", explicou a professora Cibele Destefani.

Alguns alunos já têm até mesmo livros publicados. "Foi um trabalho final, e eles se sentiram importantes, verdadeiros 'Jorge Amado' da vida. Espalhamos esses livros pelas bibliotecas e eles também puderam levar para casa", disse a professora Silvia Piccoli".

Nessa escola, a matemática não é um bicho-papão. Segundo os educadores, a média das notas é acima de 8,0 pontos. "A minha aula não é forçada, dou aula em um clima de amizade. Primeiro escuto as dúvidas dos alunos para depois desenvolver a aula em cima disso", explicou a professora Priscila Costa, frisando que o clima das aulas ficou melhor depois que a barreira aluno/professor foi quebrada.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Escola em horário integral

Deu no Jornal do Brasil:

A presidente Dilma Rousseff destacou hoje (20) que o Programa de Ensino Integral Mais Escola oferece educação em dois turnos em 32 mil escolas públicas de todo o país, sendo que em quase 18 mil delas a maioria dos alunos é beneficiário do Bolsa Família.

“Nosso objetivo é ampliar o tempo de estudo da criança e do jovem na escola, com maior acompanhamento dos professores e assim, ao mesmo tempo, estamos assegurando acesso à alimentação de qualidade e ao esporte”, disse.

No programa semanal de rádio Café com a Presidenta, ela explicou que, no turno complementar às aulas, os alunos têm acompanhamento pedagógico, sobretudo em áreas como português e matemática. A escola oferece ainda atividades como música e esportes, que ajudam na concentração e na disciplina dos estudantes.

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A notícia parece muito boa, mas o que é mesmo educação integral em horário integral? Será que contraturno é sinônimo do que se deseja numa escola de horário integral? E desde quando alimentação de qualidade e esportes significam educação integral?

Somente de boas intenções e discursos não se faz educação de qualidade. E será mesmo que os professores estão realizando acompanhamento pedagógico no turno em que não estão em sala de aula? Estão preparados, capacitados para isso?

Não fazemos a crítica pela crítica. Fazemos um alerta para ressaltar que entre o discurso político e a prática pedagógica há um abismo cujos extremos estão ligados por frágil ponte ao sabor dos ventos que assolam uma escola precária tanto no aspecto físico quanto educacional.

Alerta o educador José Pacheco: "Na perspectiva reducionista como vem sendo interpretada e desenvolvida, a escola de tempo integral visa apenas ocupar tempos livres". E complementa, provocando reflexão: "Reconheço mérito nas experiências brasileiras, mas seus efeitos são condicionados pela prática de um modelo escolar inadequado, no qual ainda muitas escolas e municípios insistem, despendendo avultados recursos, obtendo retorno escasso".

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Resultados do Ideb: Avanços e Desigualdades

Reproduzimos texto da reportagem publicada pelo G1 em 15/08/2012.

O Brasil superou as metas na educação propostas pelo Ministério da Educação (MEC) para serem alcançadas em 2011 nos dois ciclos do ensino fundamental (de 1º ao 5º ano e do 6º ao 9º ano), mas apenas igualou a meta projetada para o ensino médio, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado nesta terça-feira, 14 (veja gráfico ao lado).

Mas os resultados são muito desiguais considerando municípios e escolas individualmente: 39% dos municípios e 44,2% das escolas estão abaixo da meta.

O Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública. Foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil.

Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula.

A Prova Brasil avalia o desempenho de estudantes em língua portuguesa e matemática no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano), e no terceiro ano do ensino médio.

Em 2011, os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental - 4ª série (5º ano) - tiveram 5,0 pontos. A meta era de 4,6, um índice que o país já havia obtido na avaliação anterior, em 2009.

Estudantes dos anos finais do ensino fundamental - 8ª série (9º ano) - tiveram 4,1 pontos em 2011. A meta era de 3,9, também uma marca obtida há dois anos.  

Ensino médio
Alunos do ensino médio tiveram o pior desempenho e crescem no ritmo mais baixo. Em 2011, eles alcançaram a meta projetada de 3,7 pontos. Nesta fase, o crescimento tem sido lento: em 2005 foi 3,4, em 2007 teve 3,5; em 2009, a nota foi de 3,6.

A distância da nota do Ideb nos anos iniciais em 2011 ficou quase três vezes maior em relação ao ensino médio na comparação com o primeiro ano do índice, em 2005. O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, reconhece que o ensino médio apresenta problemas e preocupa o governo. "Temos 13 disciplinas obrigatórias no ensino médio da rede publica. É uma sobrecarga muito grande para o estudante. Não contribui para ter foco nas essenciais: português, matemática e ciências. Outro problema é a parcela significativa de alunos matriculados no curso noturno", avalia Mercadante.

Para Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a discrepância entre os níveis de ensino refletem a falta de visão sistêmica do Brasil. "O governo acaba fazendo aposta na criança nesse momento inicial da aprendizagem, que é um momento decisivo de fato, mas ela não é seguida nos anos finais e no ensino médio. Esse é o principal motivo de a gente ter uma queda de rendimento", explicou.

Segundo ele, essa tendência tem sido vista na política educacional nos últimos quatro anos. "Você tem uma forte centralização da preocupação com a avaliação, na pressão sobre a gestão, e vai abandonando os demais ciclos".

O objetivo estabelecido pelo MEC quando criou o índice, em 2007, foi que todas as séries atinjam níveis educacionais de países desenvolvidos até a divulgação do índice em 2022. As metas, que fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) é chegar a 6 pontos; para alunos dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) é de 5,5 pontos e para o ensino médio é de 5,2 pontos. A escala vai de 0 a 10.

Nos anos finais do ensino fundamental, considerando todas as redes de ensino (pública e privada), sete estados não alcançaram a meta projetada para 2011: Amapá, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Sergipe. Considerando apenas a rede pública, seis estados ficaram a abaixo da meta: Alagoas, Amapá, Pará, Rio Grande do Sul, Roraima e Sergipe.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

27% dos Brasileiros são Analfabetos Funcionais

Pesquisa divulgada pela OnG Ação Educativa, em colaboração com o Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, indica que 27% dos brasileiros são analfabetos funcionais. Isso significa que, se quatro brasileiros, cada um com um manual de sobrevivência na mão, têm cinco minutos para lê-lo, num barco que está afundando, um deles morrerá. A pesquisa toma por base os 130 milhões de brasileiros com idade acima de 15 anos. Estamos falando de 32,5 milhões de brasileiros despreparados para trabalhos que exijam o domínio de textos e de cálculos com média complexidade. Desde 2001 as duas organizações pesquisam o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf). O Inaf considera três níveis de alfabetização: a rudimentar, que permite ler um anúncio e operar com pequenas quantias; a básica, que possibilita ler textos mais longos e vencer operações como as que envolvem proporções; a plena, que contempla níveis mais altos de análise de textos e de operações matemáticas. A pesquisa descobriu que mesmo entre os portadores de diploma universitário, há carências em alfabetização. 38% deles não alcançam o nível de alfabetização plena. Isso prova que o boom das faculdades espalhadas pelo país - muitas abaixo da crítica - não cumpre o papel de suprir as carências escolares anteriores do alun, como apregoam muitos especialistas. Esse quadro, estarrecedor, mostra o quanto os governos - federal, estaduais e municipais - não estão comprometidos com a educação básica, que abrange o ensino fundamental, essência de todo o processo educacional. O fato de termos mais de 30 milhões de analfabetos funcionais parece não ser levado em conta quando se distribui para professores e alunos computadores portatéis e tablets, com milhões de reais gastos, mas que em parte ficarão inúteis ou subutilizados. Quando a nação brasileira acordará para a educação? E quando dará importância real para a alfabetização plena dos brasileiros?

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Municípios não investem em educação

Dos 5.564 municípios brasileiros, 1.234 estão com acesso bloqueado às transferências de convênios federais. Isso totaliza 22,1% dos municípios, que este ano não poderão utilizar os recursos de programas federais como o Caminho da Escola e o Proinfância. Isso porque não cumpriram com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Os dados são do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope). Desse total, 1.192 municípios são considerados inadimplentes, pois não informaram os dados referentes a 2011, e 42 não comprovaram o investimento mínimo de 25% de suas receitas em educação, como exigido pela constituição. O cálculo para o investimento enm educação é feito considerando a arrecadação com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e com o Imposto de Circulação de Mercadorias e Seviços (ICMS). O problema é que muitos municípios tentam burlar o sistema, inserindo outras receitas, o que é ilegal, e também maquiando despesas, que nem sempre tem a ver com investimento em educação

Crianças fora da escola

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em seu relatório global, informa que 61 milhões de crianças estão sem acesso ao Ensino Fundamental em todo o mundo. Metade dessas crianças estão na África Subsaariana, e outro grande contigente no Caribe, América Latina e Ásia. Segundo a Unesco, 47% dessas crianças nunca entrarão na escola, o que significa mais de 28 milhões de pequeninos, 26% (mais de 15 milhões) entraram e saíram (evasão) e 27% (mais de 16 milhões) começarão a estudar mais tarde. O relatório mostra que quem não estuda geralmente faz parte de grupos sociais marginalizados, pobres e de áreas rurais ou pertence a minorias étnicas, raciais e linguísticas.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Seminário

Está confimado! No dia 10 de novembro deste ano acontecerá o Semiário Novo Rumo para a Educação, realização do Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM). Ele acontecerá nas dependências do Colégio Leopoldo, com sede na cidade de Nova Iguaçu/RJ. E contará com a presença do Prof. José Pacheco (Escola da Ponte - Portugal). O tema central será "Pedagogia da Sensibilidade e Humanização do Ensino". Os detalhes, notícias, programação e tudo mais será publicado a partir dos próximos dias no site www.educacaomoral.org.br.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Responsabilidade Educacional

Está em discussão na Câmara dos Deputdaos, em comissão especial, projeto sobre Lei de Responsabilidade Educacional (LRE - PL 7420/06). Apesar de sua importância, o projeto ainda tem um longo caminho a percorrer. Ele está pautado para iniciar discussões através de audiências públicas e seminários regionais somente para novembro, após as eleições municipais, e, mesmo assim, somente será votado após o Congresso aprovar o Plano Nacional de Educação (PNE), que há tempos aguarda a boa vontade dos deputados federais. Com muito otimismo, podemos prever que no final de 2013, ou talvez início de 2014, a Lei de Responsabilidade Educacional estará, talvez, em vigor. E, mesmo assim, não sabemos se essa lei, se sancionada, atenderá realmente os interesses da sociedade brasileira. Como nosso Legislativo é especialista em criar leis que necessitam de regulamntações adicionais, deixando brechas para interpretações e, portanto, quetsionamentos jurídicos que acabam chegando ao Supremo Tribunal Federal, não devemos acreditar que citada lei venha realmente a satisfazer o anseio popular, até porque ela atingirá prefeitos, governadores e secretários de educação, todos eles pertencentes a partidos políticos e amigos deste e daquele deputado e/ou senador, então, embora mantenhamos a esperança, não acreditamos que os deputados venham a legislar contra eles mesmos, seus amigos, seus interesses partidários e econômicos. E como é um tema da educação, não é prioridade, embora todos saibamos que a educação é essencial para o progresso de qualquer nação. Mas não dá voto, como sempre se alegou. Por esse motivo vemos tantos problemas sociais e a escola totalmente perdida, e o governo insistindo em amparar a oensino superior em detrimento do ensino fundamental. E se é fundamental, deveria ser prioridade, não é mesmo? Não cuidamos dos alicerces, mas nos dedicamos ao telhado. Em termos de construção civil, qualquer engenheiro classificaria isso de insanidade, mas quando se trata de educação, o equívoco se perpetua e fica por isso mesmo. Para remendar a situação, assistimos governos municipais e estaduais fazerem convênios com fundações, organizações não governamentiae e sistemas de ensino, transferindo parra essas entidades o que, na verdade, deveria ser competência das secretarias de educação, ou, em boa palavra, dos próprios governos, afinal não falta dinheira - lei-ase verba pública - , o que falta é gestão adequada, é interesse político, é compromisso com a sociedade. Nossos legisladores e executivos públicos não sabem o que é olhar para o futuro, e muito menos o que seja cooperação, solidariedade, por isso que cada um só faz o que bem entende, e dentro daquele prazo específico de seu mandato. E desviam verbas que deveriam ir para a educação, mas não respondem juridicamente por isso. Podem continuar se candidatando e exercendo cargos públicos, apesar dos escândalos que promovem e dos processos que respondem. Para o bem da nação, esperamos que a Lei de Responsabilidade Educacional seja sancionada, e que não seja mais uma lei para provocar discussões e nenhum efeito prático. Essa é a nossa esperança.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pedagogia é a ciência da educação ou método para ensinar. Em sua ampla abrangência, imagine-se o conteúdo inesgotável de uma ciência da educação, com seus métodos, dinâmicas, estudos e pesquisas que resultaram na experiência desafiadora do presente, quando tantos processos na transmissão do ensino estão sendo adaptados à nova realidade mundial, não só no que se refere ao progresso da civilização, como principalmente pela nova postura das crianças atuais, ágeis e hiperativas por excelência. Já a sensibilidade é a faculdade de sentir. É a capacidade que requer sintonia com os altos propósitos da vida para que a dignidade, o belo, o progresso e a fraternidade inspirem essa possibilidade de sentir a própria vida e seus intensos processos que se renovam sem cessar.
Com essas considerações breves, já se pode perceber o alcance da expressão Pedagogia da Sensibilidade. A expressão foi usada em livro do educador Marcus Alberto De Mario, notável paulista radicado no Rio de Janeiro, palestrante e escritor que tem dedicado sua inesgotável capacidade para nutri conteúdos na área da educação, do desenvolvimento da sensibilidade e no aprimoramento d o sentimento. Especialmente considerando nossa condição de criaturas potencialmente capazes de superar desafios, perseguir continuamente o próprio aprimoramento intelecto-moral e principalmente contribuir para uma vida melhor nos relacionamentos e no progresso social. Marcus pode ser mais conhecido no portal http://www.educacaomoral.org.br/ , onde igualmente estão cursos, dicas e possibilidades de seminários e palestras para educadores e para empresas. Notável trabalho! O site é muito rico para informação do leitor e, claro, do educador em geral, inclusive os pais na desafiadora tarefa educativa dos filhos. Marcus publicou, pois, o livro Pedagogia da Sensibilidade, com dicas e sugestões de dinâmicas para a tarefa educativa, tanto para educadores, como para pais e professores. A obra contribui exatamente para esse método de desenvolvimento da sensibilidade. A obra pode ser encontrada pelo fone gratuito: 0800 707 1206. Proferi palestra sobre o tema e fiz três perguntas ao educador e transcrevo parcialmente dois pontos expressivos de suas respostas: a) “(...) Ela leva em consideração que o educador também precisa se educar, para ser bom exemplo, assim levando o educando para seu despertamento, sensibilização e conscientização do que ele é enquanto ser humano (...)”; b) “(...) os obstáculos são oriundos do egoísmo e orgulho que ainda se abrigam no ser humano. O individualismo e o imediatismo prevalecem entre os educadores (...)”; Sugiro aos pais e educadores que adquiram a preciosa obra. Eis a sinopse: Diante da violência no ambiente escolar e descuido com a orientação dos filhos no lar, pergunta-se: O que está acontecendo? Procura-se por novos rumos para a educação, de modo que ela possa renovar os homens e projetar uma sociedade mais solidária. Para alcançar tal objetivo, é preciso trabalhar os valores que regem o existir, colocar o amor como base das ações e perceber cada ser humano como um ser integral. A pedagogia da sensibilidade, muito mais que um caminho, é ação educacional libertadora do espírito, a qual desperta, sensibiliza e conscientiza para a real missão no planeta e seu papel na formação das novas gerações, tornando realidade a educação moral do ser e desenvolvendo plenamente suas potencialidades semeando, em cada coração, um amanhã mais feliz. Artigo escrito pelo escriror e divulgador Orson Peter Carrara.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cotas Racias nas Univesidades

Em próximo post vamos comentar a decisão do STF sobre as cotas raciais no ensino superior, e para não falarmos sem conhecimento da realidade, eis o que o G1 - Portal de Notícias da Globo -, publicou em 27/04/2012: Levantamento feito pelo G1 mostra que, das 59 universidades federais do país, 36 oferecem algum tipo de ação afirmativa de reserva de vagas no processo seletivo. Destas, 25 universidades federais têm algum tipo de cota racial para negros, pardos e/ou índios. O número corresponde a 42,3% do total das instituições. Nesta quinta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a adoção de políticas de reserva de vagas para garantir o acesso de negros e índios a instituições de ensino superior em todo o país. COTAS NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS 36 das 59 universidades federais têm políticas de cotas raciais e/ou sociais 32 têm cotas para estudantes oriundos de escolas públicas 25 têm algum tipo de cota racial 21 têm cotas para negros e pardos 19 têm cotas para índios 7 têm cotas para deficientes 1 tem cota para quilombolas De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Educação, cada instituição federal tem autonomia para decidir se vai ou não adotar uma política de ação afirmativa. As cotas podem ser raciais (para negros, pardos e índios), sociais (para oriundos de escolas públicas e deficientes físicos) ou uma combinação dos dois modelos, ou seja, dentro da cota de vagas para estudantes vindos de escolas públicas são reservadas vagas para negros, pardos e índios. Em geral, para entrar nesta cota, basta que o estudante se autodeclare negro ou pardo. Um total de 32 universidades federais reserva uma porcentagem das vagas para candidatos egressos da rede pública de educação básica, ou seja, esses candidatos só competem diretamente com outros estudantes na mesma situação. Em algumas delas, a porcentagem de reserva chega a até 50% do total de vagas, caso da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Pernambuco, e da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio Grande do Sul. Negros, pardos e índios Estudantes negros ou pardos são contemplados em políticas de ação afirmativa de 21 instituções. Os indígenas também são contemplados por cotas em 19 processos seletivos nas universidades vinculadas ao MEC. Em alguns casos, como nas federais do Paraná (UFPR) e Roraima (UFRR), há um vestibular específico para indígenas. Em outros, como na Federal do Amapá (Unifap), são oferecidos cursos exclusivos para esse grupo, como a licenciatura intercultural indígena. A Universidade Federal de Goiás (UFG), além de cotas para negros, pardos e índios, é a única do país com cota para estudantes quilombolas. O levantamento revela que algumas instituições cogitaram implantar políticas de ação afirmativa, mas, depois de um estudo sobre a origem dos estudantes aprovados no vestibular, detectaram que não há necessidade de reserva de vagas ou bonificação. É o caso da própria Unifap, onde, segundo a pró-reitoria de Graduação, a maioria dos ingressantes fez a educação básica em escolas públicas, e da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde, segundo o pró-reitor Custódio Almeida, não há "demanda da socidade cearense". Outras oito universidades federais não têm ações afirmativas, mas dão bônus na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para alunos de escolas públicas.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Meus livros

Meus livros podem ser adquiridos em www.almadolivro.com, onde já está disponível meu mais recente lançamento: Pedagogia da Sensbilidade.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mais um livro


Amigos, mais um livro de minha autoria foi lançado. É o PEDAGOGIA DA SENSIBILIDADE, publicado pela Mythos Editora. Ele já pode ser adquirido em www.almadolivro.com.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Que vergonha!

Reproduzo para meus leitores a matéria jornalística publicada pelo G1 no dia 21/02/2012, e o faço com lágrimas nos olhos.

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Crianças de Parintins (AM) estudam em sala de aula com terra e lama

Crianças da comunidade rural Boa Esperança do Zé Açu, pertencente ao município de Parintins, a 369 km de Manaus, estudam em uma escola com chão de terra e lama. Em péssimas condições, a Escola Municipal São José recebe estudantes de quatro comunidades rurais.

A escola tem 120 alunos em três turnos e níveis diferentes. Foram improvisadas três salas de aula, uma delas instalada na área de um bar. Quando chove, professores e alunos afirmam que são obrigados a conviver com poças de lama em um local sem paredes e telhas para a proteção contra a água.

Para o agricultor João de Souza Santos, o local não merece ser chamado de escola. "Pelo tempo que a gente reside aqui, já era para ter uma escola, um colégio de presença, não um taboado velho desse aí. Faz até vergonha chamar isso de colégio. A gente chama porque é obrigado, mas pela realidade, isso é um barraco", afirmou.

Irineia de Souza, que vive na comunidade, também se diz indignada com a situação. "Nós estamos cobrando os nossos direitos para os nossos filhos não estudarem em uma escola dessa que é uma vergonha. Está caindo aos pedaços", disse.

Segundo o líder da comunidade, Augusto Serrão, a prefeitura prometeu há cinco anos uma nova escola e os moradores reservaram uma área para a construção, que ainda não foi iniciada. "Não é fácil. Só mesmo os professores que são guerreiros e aguentam", disse.

O secretário municipal de educação de Parintins, Maildson Fonseca, afirma que uma escola foi concluída na região e a construção da Escola Municipal São José deve ser iniciada ainda neste ano. "Os recursos não são suficientes para atender a todas as comunidades de uma vez", afirmou o secretário.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Seminário Novo Rumo - Desconto para Grupo

Aproveite o período do carnaval, ou logo após, para divulgar aos seus amigos o Seminário Novo Rumo para a Educação, que será realizado na cidade de Serra Negra/SP, no dia 10 de março (sábado). As informações estão em www.educacaomoral.org.br. Para Grupos (a partir de 5 pessoas) tem desconto de 30% na taxa de inacrição. E para as Secretarias de Educação o desconto pode chegar a 45% O Seminário terá a participação do Prof. José Pacheco, da Escola da Ponte (Portugal) e de Marcus De Mario, do IBEM. Os temas abordados serão Pedagogia da Sensibilidade, Humanização da Escola e Escola do Sentimento. Imperdível.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cursos a distância

Hote tem início os cursos a distância oferecidos pelo IBEM para educadores de todo o Brasil, mas ainda é possível nesta semana fazer a inscrição. Aproveite! Excelente oportunidade para capacitação. Acesse www.educacaomoral.org.br/ead.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Desilusão e perseverança

A desilusão pode nos visitar a qualquer momento, mas se estivermos focados na realidade e tivermos a consciência tranquila, a perseverança fará que vençamos, pois o amanhã sempre será diferente do hoje (Marcus De Mario).

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Oportunidades

Trabalhar em excesso à procura de vantagem financeira é perder as oportunidades de bem viver e de partilhar emoções com aqueles que nos amam (Marcus De Mario).

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Divulgando seminário

Ontem, 24/01, cumprindo o cronograma, postei, pelo IBEM, correspondência para as escolas particulares e secretarias de educação do Circuito das Águas Paulista, convidando para o 1º Seminário Novo Rumo para a Educação, que será realizado na cidade de Serra Negra, no dia 10 de março. Estou muito feliz e espero ampla mobilização para encher o auditório do Radio Hotel Resot & Convention, bem no centro da cidade, onde vamos estudar o tema central "A Pedagogia da Sensibilidade e a Humanização da Escola". E com um detalhe importante: teremos a participação do José Pacheco, da Escola da Ponte (Portugal). Informações e inscrições em www.educacaomoral.org.br.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Enem: o que não está sendo discutido

Vejamos a nota publicada na mídia a respeito do Enem:

O Ministério da Educação decidiu, na tarde desta sexta-feira (20), cancelou a edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que seria realizada em abril deste ano. Uma portaria de 18 de maio de 2011 havia anunciado que, a partir de 2012, o Enem seria realizado duas vezes por ano. A mesma portaria havia fixado a data da primeira edição do exame para os dias 28 e 29 de abril, e afirmado que a data da segunda edição só seria divulgada posteriormente.

Em nota, o ministério agora afirma que, neste ano, a única edição do Enem acontecerá nos dias 3 e 4 de novembro. As duas edições seriam independentes uma da outra. "Por solicitação do Ministério da Educação, a empresa Modulo Security, de gestão de risco, concluiu, depois de ouvir todas as entidades que participam da organização do Enem, que a realização de duas edições em 2012, sobrecarregaria as "estruturas logísticas do exame", diz o comunicado.

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Depois de vários escândalos com a realização das provas, o MEC faz um recuo e tudo isso está em debate na mídia, mas não se apercebem pais, estudantes, professores e jornalistas que essa discussão é de periferia. Estão atacando os efeitos, esquecidos das causas.

Por motivos que não podem ser confessados, o MEC paulatinamente caminhou para tornar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) num vestibular nacional, desobrigando as universidades e centros universitários de fazerem seus próprios vestibulares, o que é muito vantajoso pelo lado financeiro, pois o governo federal arca com todas as despesas e toda estrutura, cabendo às instituições de ensino superior simplesmente confirmar a matrícula dos jovens classificados.

E mais: o Enem foi criado para ser um exame avaliativo do ensino médio, ou seja, para se ter um instrumento de análise de como anda esse segmento do ensino, para que políticas e estratégias pudessem ser implementadas para o setor, visando a famosa melhor qualidade do ensino. Mas qual, agora as escolas já sabem com antecedênia a data do exame, o conteúdo provável das provas, tendo largo tempo para preparar os alunos. Em palavras fáceis: o ensino médio foi transformado em curso pré-vestibular, onde tudo está apostilado e os estudantes são massacrados com testes e exercícios, afinal ter uma boa nota no Enem é passaporte para ter a vaga assegurada na faculdade.

Habilmente - pelo menos o MEC serve para isso - o Ministério da Educação evitou essa discussão, desviando o foco das atenções, e o senhor ministro se despede bem pouco chamuscado, pronto para disputar as eleições municipais paulista. Inclusive não participou da reunião que tomou a decisão do cancelamento da realização das duas provas, como está na notícia acima transcrita, pois assim ficaria estabelcido ser apenas uma decisão técnica, e não política.

A vergonha da educação brasileira, infelizmente, é o Mnistério da Educação. Quando a mídia e os professores vão acordar para essa realidade?

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Todos juntos e misturados na escola

Em SP, escolas oferecem ensino interdisciplinar; no Rio, crianças de várias idades dividem espaço

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Leia a reportagem abaixo publicada no O Globo Educação, mostrando que o que sempre sonhamos e trabalhamos para concretizar já é realidade.
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http://oglobo.globo.com/educacao/todos-juntos-misturados-na-escola-3677448

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Bullying na internet é problema global

Mais de 10 por cento dos pais ao redor do mundo afirmaram que seus filhos sofreram bullying na Internet e quase um quarto conhece um jovem que já foi vítima das intimidações na Web, segundo uma pesquisa da Ipsos/Reuters.

Mais de três quartos das pessoas questionadas na pesquisa global consideraram o ciberbullying diferente de outros tipos de perseguição e disseram que ele merece atenção especial e esforços de pais e de escolas.

"Os dados mostram claramente um apetite entre pessoas ao redor do mundo por uma resposta direcionada ao ciberbullying", disse Keren Gottfried, da empresa de pesquisas Ipsos, que conduziu a pesquisa.

Ela acrescentou, contudo, que depende dos educadores agir de acordo com essa demanda.

A pesquisa online, que englobou mais de 18 mil adultos em 24 países, dos quais 6.500 são pais, mostrou que o veículo mais utilizado para o ciberbullying são sites de redes sociais como o Facebook, citado por 60 por cento das pessoas.

Aparelhos móveis e salas de bate-papo na Internet ficaram nos distantes segundo e terceiro lugares da pesquisa, sendo que cada um deles foi citado por 40 por cento das pessoas.

Embora a pesquisa tenha mostrado que a conscientização sobre o ciberbullying é relativamente alta, com dois terços das pessoas afirmando que ouviram, leram ou viram informações sobre o fenômeno, a pesquisa mostrou que há muitas diferenças culturais e geográficas a respeito dele.

Na Indonésia, 91 por cento dos entrevistados disseram conhecer o ciberbullying. Na Austrália, o número foi de 87 por cento, e Polônia e Suécia ficaram a seguir. Mas somente 29 por cento das pessoas ouvidas na Arábia Saudita e 35 por cento dos entrevistados na Rússia haviam ouvido sobre o ciberbullying.

Nos Estados Unidos, onde divulgou-se amplamente casos de ciberbullying ligados a suicídios de adolescentes, o número foi de 82 por cento.

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Então, que resposta a escola pode dar para a questão do cyberbullying?

Aguardo opiniões para fazer a abordagem.

Educar os sentimentos

Nunca foi dito que educar os sentimentos é uma tarefa fácil, mas nem por isso pode ser adiada indefinidamente, pois cada dia que deixamos passar na ampulheta do tempo representa uma eternidade para a alma. Assim, é melhor começar hoje, mesmo agora, controlando impulsos e deixando desabrochar virtudes. Todos somos filhos de Deus, e todos fomos criados com maravilhosas potencialidades que ainda dormitam em nosso ser (Marcus De Mario).

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Amigos

Gastamos tempo e energia em conquistar posição social, casa própria, melhor situiação financeira e outras coisas que, na verdade, não são essenciais. E a vida vai passando e começamos a sentir um vazio na alma. É que esquecemos de usar o tempo e a energia para conquistar amigos e guardá-los em nosso coração (Marcus De Mario).

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Deus e consciência

Nunca somos desamparados por Deus, mas é da Sua lei que ninguém pode fugir à própria consciência (Marcus De Mario).

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Seminário sobre educação

Estão abertas as inscrições para o 1º Seminário Novo Rumo para a Educação - Serra Negra/SP, que acontecerá no dia 10 de março com o tema A Pedagogia da Sensibilidade e Sua Aplicação na Educação Básica. Com a participação do Prof. José Pacheco, da Escola da Ponte (Portugal). A realização é do Instituto Brasileiro de Educação Moral - IBEM. Informações e inscrições em www.educacaomoral.org.br.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Escolas públicas podem ter vigilância eletrônica

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2100/11, do deputado Nelson Bornier (PMDB-RJ), que obriga as escolas públicas a instalar um sistema interno de vigilância eletrônica. Segundo o autor, a intenção é diminuir não só a violência física nas escolas, mas os casos de humilhação, ameaça e desrespeito.

Bornier afirma que os cursos de formação para docentes não têm conseguido reduzir o problema e que a vigilância eletrônica seria um “controle eficaz sobre a atuação dos professores, inibindo qualquer atitude intempestiva contra as crianças.”

De acordo com a proposta, o Ministério da Educação deverá regulamentar a responsabilidade de fiscalização e as penalidades cabíveis caso a lei seja descumprida. Pelo texto, as escolas terão 180 dias para se adequarem à exigência.

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Essa notícia vem da Agência Câmara e esclarece que o Projeto ainda vai tramitar em algumas comissões, podendo, inclusive, nem chegar ao plenário para votação. De qualquer forma, vale a pena discutirmos a validade da proposta.

Tem razão o deputado ao afirmar que os cursos de formação de professores não têm conseguido solucionar o bullying nas escolas, isso porque as faculdades de pedagogia estão perdidas num emaranhado acadêmico teórico que distancia o futuro professor da realidade escolar, não preparando-o para a sala de aula.

Os estágios, e todo mundo sabe disso, são uma fachada. A maioria dos graduandos apenas preenche formulário e coleta carimbo e assinatura. Não existe parceria verdadeira entre a faculdade e as escolas de ensino fundamental, salvo poucas exceções, e isso já vem de longa data, são décadas de fingir que se aprende e que se está preparado para ensinar.

O caos nas escolas é mesmo inevitável diante dessa realidade, com quetões a resolver acumuladas enquanto os teóricos continuam a teorizar.

Será que vigilância eletrônica é solução? Não acreditamos nisso. Continuamos a acreditar que a educação é a solução, até porque escola é instituição sócio-educacional do ser humano, lugar de aprender, de se desenvolver, de se preparar para a vida.

O que estamos fazendo com a educação e, em consequência, com a escola?

Do jeito que as coisas estão, e de acordo com as propostas que vão surgindo, como a desse projeto de lei, daqui a pouco, para entrar numa escola, o aluno terá que apresentar atestado de bons antecedentes, ter o documento de identidade apreendido, utilizar crachá, passar por revista, detector de metal e aprender a cumprimentar educadamente o policial de cada corredor, de cada setor da escola, e, claro, não esquecer de dar um tchauzinho para a câmara de vigilância.

Vídeo - O Jovem e a Dinâmica Educacional

O vídeo sobre educação espírita O Jovem e a Dinâmica Educacional aborda a importância da participação do jovem no processo ensino-aprendizag...