Informo aos meus amigos e leitores que estarei ausente, em merecidas férias, de 16 de dezembro a 07 de janeiro, voltando, após essa data, a publicar minhas análises e críticas.
A todos desejo um FELIZ NATAL, com muito amor no coração, e um ANO NOVO repleto de felicidade.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Educação a Distância
O Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM) está com as inscrições abertas para os cursos a distância do 1º semestre 2009.
Os cursos são desenvolvidos totalmente pela internet (on line) e você pode fazer os cursos que quiser sem sair de casa.
E a mensalidade cabe direitinho no seu bolso.
Visite www.educacaomoral.org.br e conheça todos os cursos, seus conteúdos, metodologia e muito mais.
Os cursos do IBEM são oferecidos para professores, pedagogos, psicólogos, pais e educadores em geral. E não existe taxa de matrícula.
Tenho certeza que você vai gostar.
Reserve logo sua vaga, pois as aulas começam em fevereiro.
Os cursos são desenvolvidos totalmente pela internet (on line) e você pode fazer os cursos que quiser sem sair de casa.
E a mensalidade cabe direitinho no seu bolso.
Visite www.educacaomoral.org.br e conheça todos os cursos, seus conteúdos, metodologia e muito mais.
Os cursos do IBEM são oferecidos para professores, pedagogos, psicólogos, pais e educadores em geral. E não existe taxa de matrícula.
Tenho certeza que você vai gostar.
Reserve logo sua vaga, pois as aulas começam em fevereiro.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Já é Tempo de Sermos Felizes
Em reunião na eterna cidade-luz da humanidade, Paris, os países membros da ONU - Organização das Nações Unidas, aprovaram no dia 10 de dezembro de 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos, uma conquista da maior importância para todos os homens e que completa 60 anos de existência.
Em todo esse tempo, nem tudo são flores. Os direitos humanos continuaram a ser desrespeitados, entretanto, seus 30 artigos produziram frutos saborosos, com a assinatura de diversas convenções internacionais, sempre tendo por pano de fundo os direitos humanos.
Historicamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi antecedida pelos princípios da Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776) e pela Declaração dos Direitos do Homem da Revolução Francesa (1789), que inspiraram a ONU, depois dos genocídios acontecidos nas duas grandes guerras mundiais.
Infelizmente o mais poderoso país do mundo, os Estados Unidos, se arroga o direito de pairar suas ações acima da Declaração Universal, quando dele deveria partir o mais eloquente exemplo de respeito a todos os homens. Com isso, há um retardamento na universalização do seu conteúdo, embora, na teoria, quase todos os países tenham o comprometimento com a Declaração.
Mas, não estamos aqui para falar dos males que ainda assombram a humanidade, e sim para exaltar os benefícios do entendimento coletivo para o progresso geral.
Sim, ainda existem guerras, contudo o homem clama por respeito à liberdade, por cidadania, por responsabilidade social, por leis mais justas. São outros tempos, onde a barbárie é condenada, onde a violência gera escândalo, bem diferente do que assistíamos antes da segunda metade do século vinte.
Agora, já é tempo de sermos felizes. Para isso é preciso combater a discriminação social, a concentração de riquezas, a corrupção e a violência em todos os seus matizes. Os direitos humanos devem estar abraçados à cultura da paz.
Comemoremos as conquistas que os sessenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos propiciaram. E no bom combate ao que ainda não saiu da letra no papel, utilizemos de ações e estratégias que gerem consciência e paz, e não violência.
Pensemos nisso!
Em todo esse tempo, nem tudo são flores. Os direitos humanos continuaram a ser desrespeitados, entretanto, seus 30 artigos produziram frutos saborosos, com a assinatura de diversas convenções internacionais, sempre tendo por pano de fundo os direitos humanos.
Historicamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi antecedida pelos princípios da Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776) e pela Declaração dos Direitos do Homem da Revolução Francesa (1789), que inspiraram a ONU, depois dos genocídios acontecidos nas duas grandes guerras mundiais.
Infelizmente o mais poderoso país do mundo, os Estados Unidos, se arroga o direito de pairar suas ações acima da Declaração Universal, quando dele deveria partir o mais eloquente exemplo de respeito a todos os homens. Com isso, há um retardamento na universalização do seu conteúdo, embora, na teoria, quase todos os países tenham o comprometimento com a Declaração.
Mas, não estamos aqui para falar dos males que ainda assombram a humanidade, e sim para exaltar os benefícios do entendimento coletivo para o progresso geral.
Sim, ainda existem guerras, contudo o homem clama por respeito à liberdade, por cidadania, por responsabilidade social, por leis mais justas. São outros tempos, onde a barbárie é condenada, onde a violência gera escândalo, bem diferente do que assistíamos antes da segunda metade do século vinte.
Agora, já é tempo de sermos felizes. Para isso é preciso combater a discriminação social, a concentração de riquezas, a corrupção e a violência em todos os seus matizes. Os direitos humanos devem estar abraçados à cultura da paz.
Comemoremos as conquistas que os sessenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos propiciaram. E no bom combate ao que ainda não saiu da letra no papel, utilizemos de ações e estratégias que gerem consciência e paz, e não violência.
Pensemos nisso!
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Convite à Reflexão
Uma busca nos arquivos e, de repente, uma preciosidade aparece. Uma coletânea de frases de educadores, filósofos, pensadores. Pela importância do achado, selecionei algumas frases para leitura atenta e reflexiva.
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"(Fernando Pessoa).
"É durante as fases de maior adversidade que surgem as grandes oportunidades de se fazer o bem a si mesmo e aos outros" (Dalai Lama).
“Enquanto você não se der valor, não valorizará seu tempo. Enquanto não der valor ao tempo, não fará nada de importante” (M. Scott Peck).
"Se você sofreu alguma injustiça, console-se; a verdadeira infelicidade é cometê-la"(Demócrito).
"Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização" (Martin Luther King).
"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente..." (Soren Kierkegaard).
“Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida” (Gandhi).
“Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias” (Lao Tse).
"Coragem é resistência ao medo, domínio do medo e não, ausência de medo" (Mark Twain).
"Felicidade é ter algo o que fazer, ter algo que amar e algo que esperar" (Aristóteles).
"O segredo da felicidade não é fazer sempre o que se quer, mas querer sempre o que se faz" (Leon Tolstoi).
"Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos" (Luis de Camões).
"Imagine todo o povo vivendo em paz... você irá dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único. Espero que você um dia junte-se à nós e o mundo será um só..."(John Lennon).
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"(Fernando Pessoa).
"É durante as fases de maior adversidade que surgem as grandes oportunidades de se fazer o bem a si mesmo e aos outros" (Dalai Lama).
“Enquanto você não se der valor, não valorizará seu tempo. Enquanto não der valor ao tempo, não fará nada de importante” (M. Scott Peck).
"Se você sofreu alguma injustiça, console-se; a verdadeira infelicidade é cometê-la"(Demócrito).
"Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização" (Martin Luther King).
"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente..." (Soren Kierkegaard).
“Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida” (Gandhi).
“Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias” (Lao Tse).
"Coragem é resistência ao medo, domínio do medo e não, ausência de medo" (Mark Twain).
"Felicidade é ter algo o que fazer, ter algo que amar e algo que esperar" (Aristóteles).
"O segredo da felicidade não é fazer sempre o que se quer, mas querer sempre o que se faz" (Leon Tolstoi).
"Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos" (Luis de Camões).
"Imagine todo o povo vivendo em paz... você irá dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único. Espero que você um dia junte-se à nós e o mundo será um só..."(John Lennon).
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
A Vergonhosa Fábrica de Ensino
Assistimos reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, exibida ontem, dia 07 de dezembro, mostrando as incorreções gramaticais de alunos e professores das escolas públicas em provas, testes e redações, tanto do vestibular quanto do ensino fundamental e médio. Simplesmente uma vergonha! Textos sem nexo, respostas fora do contexto, palavras com grafia errada, erros de concordância verbal. E não critiquemos apenas os estudantes, pois os professores também estão de mal a pior.
A constatação da reportagem é que estamos diante de um gigantesco universo de analfabetos funcionais nas salas de aula das escolas públicas. São analfabetos ensinando analfabetos. Entretanto, os analfabetos que ensinam têm diploma universitário. Os analfabetos que são ensinados já alcançaram o ensino médio ou realizam o vestibular para o ensino superior. E o governo federal insiste em reservar 50% das vagas das universidades para alunos das escolas públicas!
Percebemos com clareza que não há preocupação com a qualidade, a não ser no discurso. Continuamos a ensinar mal, formar mal, educar mal na escola pública, e queremos impor, por lei, a entrada de um grande contigente de jovens despreparados na universidade. É um absurdo!
O sistema público de ensino brasileiro pode ser comparado a uma empresa que não se preocupa com o controle de qualidade dos seus produtos. Tudo vai para o mercado, do jeito que estiver, e as queixas se avolumam e a empresa começa a perder mercado, até encontrar a falência e fechar as portas. A diferença está em que o ensino público brasileiro, mantido pelas verbas governamentais, por mais degradado esteja, nunca fechará as portas, continuando a alimentar o mercado com homens e mulheres que mal sabem interpretar um texto, quanto mais redigir um com correção.
Ora, se você não sabe interpretar um texto, e não sabe redigir um texto, é claro que sua leitura de um livro estará imensamente prejudicada. Os olhos passeiam pelas letras, mas a mente não consegue decodificar a mensagem. Então, o que acontece? A reprovação técnica de dezenas de cursos universitários no âmbito do ensino superior; o não preenchimento de vagas especializadas nas empresas; etc, etc.
Quando vemos movimentos como o Todos pela Educação, e o governo se comprometendo com as metas ali traçadas, e nos deparamos com a realidade dura do analfabetismo funcional nas escolas, sentimos que entre o discurso e a prática existe um abismo, e que poucos esforços estão sendo feitos para a construção da necessária ponte.
Melhorar a qualidade do ensino público é urgente. Se isso não for feito a curto e médio prazo, assistiremos a deterioração implacável das universidades junto com o crescimento da legião de miseráveis e subempregados em nosso país, apesar dos esforços em melhorar a distribuição de renda.
Pensemos nisso!
A constatação da reportagem é que estamos diante de um gigantesco universo de analfabetos funcionais nas salas de aula das escolas públicas. São analfabetos ensinando analfabetos. Entretanto, os analfabetos que ensinam têm diploma universitário. Os analfabetos que são ensinados já alcançaram o ensino médio ou realizam o vestibular para o ensino superior. E o governo federal insiste em reservar 50% das vagas das universidades para alunos das escolas públicas!
Percebemos com clareza que não há preocupação com a qualidade, a não ser no discurso. Continuamos a ensinar mal, formar mal, educar mal na escola pública, e queremos impor, por lei, a entrada de um grande contigente de jovens despreparados na universidade. É um absurdo!
O sistema público de ensino brasileiro pode ser comparado a uma empresa que não se preocupa com o controle de qualidade dos seus produtos. Tudo vai para o mercado, do jeito que estiver, e as queixas se avolumam e a empresa começa a perder mercado, até encontrar a falência e fechar as portas. A diferença está em que o ensino público brasileiro, mantido pelas verbas governamentais, por mais degradado esteja, nunca fechará as portas, continuando a alimentar o mercado com homens e mulheres que mal sabem interpretar um texto, quanto mais redigir um com correção.
Ora, se você não sabe interpretar um texto, e não sabe redigir um texto, é claro que sua leitura de um livro estará imensamente prejudicada. Os olhos passeiam pelas letras, mas a mente não consegue decodificar a mensagem. Então, o que acontece? A reprovação técnica de dezenas de cursos universitários no âmbito do ensino superior; o não preenchimento de vagas especializadas nas empresas; etc, etc.
Quando vemos movimentos como o Todos pela Educação, e o governo se comprometendo com as metas ali traçadas, e nos deparamos com a realidade dura do analfabetismo funcional nas escolas, sentimos que entre o discurso e a prática existe um abismo, e que poucos esforços estão sendo feitos para a construção da necessária ponte.
Melhorar a qualidade do ensino público é urgente. Se isso não for feito a curto e médio prazo, assistiremos a deterioração implacável das universidades junto com o crescimento da legião de miseráveis e subempregados em nosso país, apesar dos esforços em melhorar a distribuição de renda.
Pensemos nisso!
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Mudanças, Transformações, Fachadas
Fazer mudanças pedagógicas na escola não é tão fácil, são muitas as resistências. A começar da gestão escolar, que muitos ainda chamam de direção escolar, nem sempre sensível aos reclamos da sociedade e dos pensamentos educativos.
Há também a resistência dos professores, acomodados ao sistema, à prática pedagógica um tanto quanto "secularizada", afinal mudar dá muito trabalho, não tanto em termos físicos, mas pessoalmente falando, pois mudar significa renovar posturas, o que nem todos estão dispostos a fazer.
Temos um terceiro nível de resistência, externa, que é exercida pelos pais, acostumados a uma escola tradicional, envolvidos por um processo "passagem para a faculdade via vestibular", e que cobram da escola as "notas" dos seus filhos como único meio possível - será? - de avaliação.
Como vemos, são muitas as resistências. Por esses motivos, porque não são poucos, as transformações são, em grande maioria, de "fachada". Uma maquiagem física na escola - nova pintura, novos equipamentos - e está carimbada a "mudança". Ou, em termos de procedimentos pedagógicos, a implantação de algumas novas idéias, a introdução de novas atividades - e, pronto, está feita a "transformação".
A verdade é que, apesar das inúmeras oportunidades de capacitação pedagógica, porque elas existem e são oferecidas, vários desses conteúdos são sumariamente arquivados/engavetados pelos professores após a capacitação, o que impossibilita que o processo educação seja renovado. E o problema não são apenas esses professores arquivistas, mas também seus gestores, que não implementam na prática as capacitações.
Agora, diante desse complexo quadro de resistências, podemos avaliar as barreiras a um projeto de educação moral, que muitos confundem com ensino religioso, confusão essa originada do encobertamento da crise moral pela qual passam o homem e a sociedade.
Como poucos querem enxergar e discutir as inversões de valores, teimando em estabelecer diferença entre "ser ladrão", por exemplo, e "ser corrupto", não querendo entender que todos "roubam" e assim prejudicam a coletividade, a educação moral não tem espaço, não é prioridade, até porque, para trabalhar a formação do caráter do educando, é preciso antes trabalhar a minha formação do caráter, e isso nem todos os gestores, professores e pais querem fazer. Dura realidade, mas verdadeira.
De qualquer forma acreditamos na transformação através da educação moral, e que a escola fará significativas mudanças quando reconhecer que o caminho é a aplicação da educação moral.
Ah, você quer saber o que é, afinal, educação moral? Convido-o a ler meus outros artigos aqui publicados, e ler meu livro "A Educação Moral e Sua Aplicação", publicado pela Interior da Alma Editora - www.interiordaalma.com.br. Se você tiver alguma dúvida, algum questionamento, alguma sugestão, faça seu comentário.
Vamos, pelo menos, pensar sobre o assunto?
Há também a resistência dos professores, acomodados ao sistema, à prática pedagógica um tanto quanto "secularizada", afinal mudar dá muito trabalho, não tanto em termos físicos, mas pessoalmente falando, pois mudar significa renovar posturas, o que nem todos estão dispostos a fazer.
Temos um terceiro nível de resistência, externa, que é exercida pelos pais, acostumados a uma escola tradicional, envolvidos por um processo "passagem para a faculdade via vestibular", e que cobram da escola as "notas" dos seus filhos como único meio possível - será? - de avaliação.
Como vemos, são muitas as resistências. Por esses motivos, porque não são poucos, as transformações são, em grande maioria, de "fachada". Uma maquiagem física na escola - nova pintura, novos equipamentos - e está carimbada a "mudança". Ou, em termos de procedimentos pedagógicos, a implantação de algumas novas idéias, a introdução de novas atividades - e, pronto, está feita a "transformação".
A verdade é que, apesar das inúmeras oportunidades de capacitação pedagógica, porque elas existem e são oferecidas, vários desses conteúdos são sumariamente arquivados/engavetados pelos professores após a capacitação, o que impossibilita que o processo educação seja renovado. E o problema não são apenas esses professores arquivistas, mas também seus gestores, que não implementam na prática as capacitações.
Agora, diante desse complexo quadro de resistências, podemos avaliar as barreiras a um projeto de educação moral, que muitos confundem com ensino religioso, confusão essa originada do encobertamento da crise moral pela qual passam o homem e a sociedade.
Como poucos querem enxergar e discutir as inversões de valores, teimando em estabelecer diferença entre "ser ladrão", por exemplo, e "ser corrupto", não querendo entender que todos "roubam" e assim prejudicam a coletividade, a educação moral não tem espaço, não é prioridade, até porque, para trabalhar a formação do caráter do educando, é preciso antes trabalhar a minha formação do caráter, e isso nem todos os gestores, professores e pais querem fazer. Dura realidade, mas verdadeira.
De qualquer forma acreditamos na transformação através da educação moral, e que a escola fará significativas mudanças quando reconhecer que o caminho é a aplicação da educação moral.
Ah, você quer saber o que é, afinal, educação moral? Convido-o a ler meus outros artigos aqui publicados, e ler meu livro "A Educação Moral e Sua Aplicação", publicado pela Interior da Alma Editora - www.interiordaalma.com.br. Se você tiver alguma dúvida, algum questionamento, alguma sugestão, faça seu comentário.
Vamos, pelo menos, pensar sobre o assunto?
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Alienação, Radicalismo e Outras Coisas
Visitando as comunidades sobre educação da rede social Orkut, a maioria contando com mais de 5 mil adeptos, temos uma sensação de vazio muito grande. Vários internautas utilizam as comunidades como base de apoio para divulgação de trabalhos pessoais, várias vezes sem nem mesmo ter alguma coisa com a educação. A maioria dos fóruns raramente ultrapassam a casa de 100 mensagens postadas. Aliás, a maioria dos fóruns são solenemente ignorados, não contando com uma única opinião.
Quando encontramos assuntos interessantes e começamos a ler as opiniões e diálogos, uma onda de frustração invade a alma.
Primeiro, temos a impressão que a maioria está como que alienada da realidade das escolas, da sala de aula, e teima em bater na tecla desgastada que a culpa pelos problemas enfrentados na rede de ensino pública é do governo, é da secretaria da educação, é dos pais. Nunca dos professores.
Segundo, existe um monopólio de discussão sem fim sobre esquerdismo, ideologia de esquerda e petismo que não leva a nada, a não ser posts e mais posts com ranço de radicalismo, gerando discussões estéreis, sem proveito.
Raramente encontramos alguma fala lúcida e alguma proposta objetiva, que possa ser colocada em prática.
Lançamos um fórum para discutir o professor enquanto educador, e tivemos como respostas que educação, educar, formar pertencem à família, que tudo isso é de responsabilidade dos pais. O professor está na escola para ensinar, não tem essa de ainda se preocupar em formar cidadãos, se preocupar com a ética e todas essas coisas que estão no discurso dos pedagogos.
Professor ensina conteúdos curriculares ... e ponto! Os pais que eduquem, e tratem de educar bem, para que seus filhos sejam alunos que não dêem problemas para os professores.
Esquecem os professores que grande maioria também é pai e mãe. Estão falando deles mesmos. Criticam a eles mesmos. Teimam em ter uma visão pontual, não global. Discursam uma coisa e fazem outra.
Vivendo de alienações, radicalismos, visão estreita, empurrando as questões para os ombros alheios, os professores continuarão a se queixar da profissão ainda por longo tempo.
Não está na hora de mudar os conceitos e, como diziam nossos avós, olhar para o próprio umbigo?
Pensemos nisso!
Quando encontramos assuntos interessantes e começamos a ler as opiniões e diálogos, uma onda de frustração invade a alma.
Primeiro, temos a impressão que a maioria está como que alienada da realidade das escolas, da sala de aula, e teima em bater na tecla desgastada que a culpa pelos problemas enfrentados na rede de ensino pública é do governo, é da secretaria da educação, é dos pais. Nunca dos professores.
Segundo, existe um monopólio de discussão sem fim sobre esquerdismo, ideologia de esquerda e petismo que não leva a nada, a não ser posts e mais posts com ranço de radicalismo, gerando discussões estéreis, sem proveito.
Raramente encontramos alguma fala lúcida e alguma proposta objetiva, que possa ser colocada em prática.
Lançamos um fórum para discutir o professor enquanto educador, e tivemos como respostas que educação, educar, formar pertencem à família, que tudo isso é de responsabilidade dos pais. O professor está na escola para ensinar, não tem essa de ainda se preocupar em formar cidadãos, se preocupar com a ética e todas essas coisas que estão no discurso dos pedagogos.
Professor ensina conteúdos curriculares ... e ponto! Os pais que eduquem, e tratem de educar bem, para que seus filhos sejam alunos que não dêem problemas para os professores.
Esquecem os professores que grande maioria também é pai e mãe. Estão falando deles mesmos. Criticam a eles mesmos. Teimam em ter uma visão pontual, não global. Discursam uma coisa e fazem outra.
Vivendo de alienações, radicalismos, visão estreita, empurrando as questões para os ombros alheios, os professores continuarão a se queixar da profissão ainda por longo tempo.
Não está na hora de mudar os conceitos e, como diziam nossos avós, olhar para o próprio umbigo?
Pensemos nisso!
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Violência nas Escolas
Uma pesquisa da Unesco realizada em 2005 mostrou que, entre alunos entrevistados em seis capitais, 35% disseram já ter visto alguma arma, de fogo ou não, onde estudam. Dos entrevistados, 12% disseram ter visto revólveres. O canivete foi a arma mais citada pelos estudantes. Pelo menos 21% dos entrevistados contaram já ter visto um na escola. As facas aparecem em seguida, sendo citadas por 13%. Já 1,2% dos estudantes admitiu que entrou na escola usando uma arma de fogo. De acordo com a Unesco, esse percentual, embora pequeno, significa que 20 mil alunos já foram para a aula portando uma arma de fogo.
Outro levantamento foi feito de 2006 a 2008, pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), a serviço da Secretaria de Educação do Distrito Federal. A pesquisa mostrou que 69,2% dos alunos disseram saber de casos de roubo no local onde estudam e 27,8% afirmaram que eles próprios já foram vítimas desse tipo de delito.
Para o Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe) do Rio de Janeiro, o sucateamento do ensino intensifica o problema. Relatório do Sepe indica que 200 escolas da região metropolitana estariam sujeitas diariamente a tiros, assaltos e até a homicídios.
Para resolver o dramático problema da violência nas escolas sugestões e medidas as mais diversas estão em pauta: proibir o tema consumo de drogas na sala de aula; silenciar diante da descoberta de um aluno portar uma arma; criar bônus salarial para os docentes que lecionarem em escolas próximas a áreas violentas; instalar detectores de metal e circuito interno de vigilância através de câmeras; manter ronda policial permanente na porta das escolas.
Nada disso será solução. Ninguém cogita de rever a filosofia que rege a educação. Ninguém pensa em modificar o processo ensino-aprendizagem. Ninguém quer saber de reestruturar as escolas. E, pior, a maioria dos professores se nega a discutir a educação, pois ela seria questão exclusiva do foro familiar, acreditando que estão na escola para ensinar, e ai de quem questionar como ensinam.
Provavelmente devem pensar que Paulo Freire, educador de ponta do nosso Brasil, estava errado ao afirmar que aluno é gente, é um ser humano. Não deve ser, pois é tratado como se não fosse. Deve haver professor que pense que talvez seja melhor transformar as escolas em prisões do sistema penitenciário.
Por mais que melindre muitos professores e pedagogos, precisamos aprender a amar crianças, adolescentes e jovens, nossos alunos, e fazer a educação com amor. Precisamos humanizar o processo ensino-aprendizagem. Precisamos transformar a escola numa família em escala maior, no sentido estudado, compreendido e aplicado por Pestalozzi, marco da educação mundial.
Mas, que estou dizendo? Citando Paulo Freire e Pestalozzi para uma massa de professores que muito mal ouvir falar deles? Proclamando o amor na educação para quem nunca ouviu falar disso enquanto fazia sua graduação? Sim, e continuarei falando e proclamando, e trabalhando, através do Instituto Brasileiro de Educação Moral - www.educacaomoral.org.br - para que a verdadeira educação possa realizar o bom combate, e vencer, a violência.
Pensemos nisso!
Outro levantamento foi feito de 2006 a 2008, pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), a serviço da Secretaria de Educação do Distrito Federal. A pesquisa mostrou que 69,2% dos alunos disseram saber de casos de roubo no local onde estudam e 27,8% afirmaram que eles próprios já foram vítimas desse tipo de delito.
Para o Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe) do Rio de Janeiro, o sucateamento do ensino intensifica o problema. Relatório do Sepe indica que 200 escolas da região metropolitana estariam sujeitas diariamente a tiros, assaltos e até a homicídios.
Para resolver o dramático problema da violência nas escolas sugestões e medidas as mais diversas estão em pauta: proibir o tema consumo de drogas na sala de aula; silenciar diante da descoberta de um aluno portar uma arma; criar bônus salarial para os docentes que lecionarem em escolas próximas a áreas violentas; instalar detectores de metal e circuito interno de vigilância através de câmeras; manter ronda policial permanente na porta das escolas.
Nada disso será solução. Ninguém cogita de rever a filosofia que rege a educação. Ninguém pensa em modificar o processo ensino-aprendizagem. Ninguém quer saber de reestruturar as escolas. E, pior, a maioria dos professores se nega a discutir a educação, pois ela seria questão exclusiva do foro familiar, acreditando que estão na escola para ensinar, e ai de quem questionar como ensinam.
Provavelmente devem pensar que Paulo Freire, educador de ponta do nosso Brasil, estava errado ao afirmar que aluno é gente, é um ser humano. Não deve ser, pois é tratado como se não fosse. Deve haver professor que pense que talvez seja melhor transformar as escolas em prisões do sistema penitenciário.
Por mais que melindre muitos professores e pedagogos, precisamos aprender a amar crianças, adolescentes e jovens, nossos alunos, e fazer a educação com amor. Precisamos humanizar o processo ensino-aprendizagem. Precisamos transformar a escola numa família em escala maior, no sentido estudado, compreendido e aplicado por Pestalozzi, marco da educação mundial.
Mas, que estou dizendo? Citando Paulo Freire e Pestalozzi para uma massa de professores que muito mal ouvir falar deles? Proclamando o amor na educação para quem nunca ouviu falar disso enquanto fazia sua graduação? Sim, e continuarei falando e proclamando, e trabalhando, através do Instituto Brasileiro de Educação Moral - www.educacaomoral.org.br - para que a verdadeira educação possa realizar o bom combate, e vencer, a violência.
Pensemos nisso!
domingo, 30 de novembro de 2008
As Colheres de Cabo Comprido
O texto que vamos reproduzir é de autor desconhecido, mas a conclusão da história vale para a nossa vida pessoal, familiar, social, esportiva e, especialmente, a profissional.
Conta uma história que um Anjo do Senhor conduziu um homem, enquanto seu corpo dormia, para em Espírito conhecer o céu e o inferno.
Foram primeiro ao inferno. Ao abrirem uma porta, o homem viu uma sala em cujo centro havia um caldeirão de substanciosa sopa e à sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher, porém de cabo muito comprido, que lhes possibilitava alcançar o caldeirão, mas não permitia que colocasse a sopa na própria boca.
O sofrimento era grande.
Em seguida, o Espírito de Luz levou o homem para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica a primeira: havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos estavam saciados. Não havia fome, nem sofrimento.
"Eu não compreendo", disse o homem ao seu Protetor. "Por que aqui as pessoas estão felizes, enquanto na outra sala morrem de aflição, se tudo é igual?".
O Mensageiro sorriu e respondeu: "Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros".
Moral da história: Temos três situações que merecem profunda reflexão:
Egoísmo: as pessoas no "inferno" estavam altamente preocupadas com a sua própria fome, impedindo que se pensasse em alternativas para equacionar a situação.
Criatividade: como todos estavam querendo se safar da situação caótica que se encontravam, não tiveram a iniciativa de buscar alternativas que pudessem resolver o problema.
Equipe: se tivesse havido o espírito solidário e ajuda mútua, a situação teria sido rapidamente resolvida.
Conclusão: Dificilmente o individualismo consegue transpor barreiras. O espírito de equipe é essencial para o alcance do sucesso. Uma equipe participativa, homogênea, coesa, vale mais do que um batalhão de pessoas com posicionamentos isolados.
Conta uma história que um Anjo do Senhor conduziu um homem, enquanto seu corpo dormia, para em Espírito conhecer o céu e o inferno.
Foram primeiro ao inferno. Ao abrirem uma porta, o homem viu uma sala em cujo centro havia um caldeirão de substanciosa sopa e à sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher, porém de cabo muito comprido, que lhes possibilitava alcançar o caldeirão, mas não permitia que colocasse a sopa na própria boca.
O sofrimento era grande.
Em seguida, o Espírito de Luz levou o homem para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica a primeira: havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos estavam saciados. Não havia fome, nem sofrimento.
"Eu não compreendo", disse o homem ao seu Protetor. "Por que aqui as pessoas estão felizes, enquanto na outra sala morrem de aflição, se tudo é igual?".
O Mensageiro sorriu e respondeu: "Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros".
Moral da história: Temos três situações que merecem profunda reflexão:
Egoísmo: as pessoas no "inferno" estavam altamente preocupadas com a sua própria fome, impedindo que se pensasse em alternativas para equacionar a situação.
Criatividade: como todos estavam querendo se safar da situação caótica que se encontravam, não tiveram a iniciativa de buscar alternativas que pudessem resolver o problema.
Equipe: se tivesse havido o espírito solidário e ajuda mútua, a situação teria sido rapidamente resolvida.
Conclusão: Dificilmente o individualismo consegue transpor barreiras. O espírito de equipe é essencial para o alcance do sucesso. Uma equipe participativa, homogênea, coesa, vale mais do que um batalhão de pessoas com posicionamentos isolados.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Oração Pela Paz no Mundo
“Senhor! Sabemos da nossa impotência diante do ódio e da vingança que armam bombas e mãos criminosas.
Mas nós cremos na Vossa justiça soberana que impera em todo o universo, mantendo o direito e a dignidade de viver a todos os Vossos filhos, e a todos os seres da criação.
Senhor! Compreendemos a nossa fragilidade diante de tanta violência, que faz derramar o sangue de crianças e mulheres indefesas, espalhando a morte e o terror.
Mas nós cremos na extensão de Vossa infinita misericórdia, ao determinar que a vida continue fecundando úteros, povoando a Terra com o sorriso inocente das crianças.
Senhor! Assistimos, estarrecidos, à total negação da mensagem de amor vivida pelo Meigo Rabi da Galiléia, vendo a crueldade afiando baionetas assassinas, bombas arrasando os campos floridos e calando as aves dos céus.
Mas nós cremos na Vossa eterna bondade, que ordena ao sol e à chuva fertilizarem o solo arrasado e destruído; ao verde colorir os campos abençoados; às flores enfeitarem os jardins; e aos pássaros de novo cantarem pelo infinito dos céus.
Esta oração é o grito de nossa alma, na certeza de que nos ouvis neste momento, porque sabemos que criastes o homem para ser feliz, para amar, para abraçar seus irmãos, para viver em paz!
Porque cremos, Senhor, que é Vossa a determinação de a paz reinar soberana um dia neste mundo, queiram os homens ou não, e porque cremos que é da Vossa vontade os canhões se calarem para sempre, é que rogamos à Vossa generosidade que inspire os homens a serem verdadeiros irmãos sob o estandarte do perdão e da legítima fraternidade!
Assim seja, porque a Vós pertencem a vida e o poder para sempre!
(Prece escrita sob inspiração por Gerson Simões Monteiro).
Mas nós cremos na Vossa justiça soberana que impera em todo o universo, mantendo o direito e a dignidade de viver a todos os Vossos filhos, e a todos os seres da criação.
Senhor! Compreendemos a nossa fragilidade diante de tanta violência, que faz derramar o sangue de crianças e mulheres indefesas, espalhando a morte e o terror.
Mas nós cremos na extensão de Vossa infinita misericórdia, ao determinar que a vida continue fecundando úteros, povoando a Terra com o sorriso inocente das crianças.
Senhor! Assistimos, estarrecidos, à total negação da mensagem de amor vivida pelo Meigo Rabi da Galiléia, vendo a crueldade afiando baionetas assassinas, bombas arrasando os campos floridos e calando as aves dos céus.
Mas nós cremos na Vossa eterna bondade, que ordena ao sol e à chuva fertilizarem o solo arrasado e destruído; ao verde colorir os campos abençoados; às flores enfeitarem os jardins; e aos pássaros de novo cantarem pelo infinito dos céus.
Esta oração é o grito de nossa alma, na certeza de que nos ouvis neste momento, porque sabemos que criastes o homem para ser feliz, para amar, para abraçar seus irmãos, para viver em paz!
Porque cremos, Senhor, que é Vossa a determinação de a paz reinar soberana um dia neste mundo, queiram os homens ou não, e porque cremos que é da Vossa vontade os canhões se calarem para sempre, é que rogamos à Vossa generosidade que inspire os homens a serem verdadeiros irmãos sob o estandarte do perdão e da legítima fraternidade!
Assim seja, porque a Vós pertencem a vida e o poder para sempre!
(Prece escrita sob inspiração por Gerson Simões Monteiro).
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Fábrica de Maus Professores
Com esse título a revista VEJA publica na sua edição 2088, de 26 de novembro, entrevista com a antropóloga e professora da Universidade de São Paulo (USP), Eunice Durham, ex-secretária de política educacional do Ministério da Educação (MEC) e que, dos seus 75 anos, dedicou os últimos vinte em pesquisas sobre as Faculdades de Pedagogia.
Afirma Eunice Durham:
"Os cursos de pedagogia desprezam a prática da sala de aula e supervalorizam teorias supostamente mais nobres. Os alunos saem de lá sem saber ensinar".
Ela não está sozinha. A revista NOVA ESCOLA, em sua edição 216, do mês de outubro, publicou reportagem com o título "A origem do sucesso (e do fracasso) escolar", com base em pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas, que analisou o currículo de 71 cursos de formação de professores em todo o Brasil. O resultado? Decepcionante.
A pesquisa mostrou que os cursos dão pouco valor à prática; que somente 11% das disciplinas se referem a modalidades de ensino (educação infantil ...); que não há clareza sobre os conhecimentos básicos para a formação do professor; que os estágios são apenas para observar aulas nas escolas, e a orientação não funciona; que a palavra "escola" é citada apenas em 8% das ementas de disciplina; que nos concursos públicos para o magistério, apenas 31% das questões tratam do "quê" e "como" ensinar.
Por tudo isso volta Eunice Durham a afirmar categoricamente:
"Acho que elas (as faculdades de pedagogia) precisam ser inteiramente reformuladas. Repensadas do zero mesmo. Não é preciso ir tão longe para entender porquê. Basta consultar os rankings internacionais de ensino. Neles, o Brasil chama atenção por uma razão para lá de negativa. Está sempre entre os piores países do mundo em educação".
A formação de professores no Brasil precisa ser repensada. Durante muito tempo o foco esteve tão somente em formar pesquisadores em educação, só que a maioria vai direto para a sala de aula, com um mínimo de aprendizado sobre didática, metodologia do ensino, prática educacional, segmentos do ensino. O crescimento desordenado e sem qualidade das faculdades de pedagogia também impulsionaram o caos que estamos vivendo no sistema público de ensino.
E, a bem da verdade, as universidades, de modo geral, estão fechadas em academicismos, estudos teóricos, debates improfícuos e pilhas e mais pilhas de trabalhos de conclusão de curso, monografias e teses. Enquanto isso, o professor que trabalha em sala de aula na educação básica está igual a cego em meio a um tiroteio.
Está na hora de darmos um basta a essa fábrica de maus professores.
Pensemos nisso!
Afirma Eunice Durham:
"Os cursos de pedagogia desprezam a prática da sala de aula e supervalorizam teorias supostamente mais nobres. Os alunos saem de lá sem saber ensinar".
Ela não está sozinha. A revista NOVA ESCOLA, em sua edição 216, do mês de outubro, publicou reportagem com o título "A origem do sucesso (e do fracasso) escolar", com base em pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas, que analisou o currículo de 71 cursos de formação de professores em todo o Brasil. O resultado? Decepcionante.
A pesquisa mostrou que os cursos dão pouco valor à prática; que somente 11% das disciplinas se referem a modalidades de ensino (educação infantil ...); que não há clareza sobre os conhecimentos básicos para a formação do professor; que os estágios são apenas para observar aulas nas escolas, e a orientação não funciona; que a palavra "escola" é citada apenas em 8% das ementas de disciplina; que nos concursos públicos para o magistério, apenas 31% das questões tratam do "quê" e "como" ensinar.
Por tudo isso volta Eunice Durham a afirmar categoricamente:
"Acho que elas (as faculdades de pedagogia) precisam ser inteiramente reformuladas. Repensadas do zero mesmo. Não é preciso ir tão longe para entender porquê. Basta consultar os rankings internacionais de ensino. Neles, o Brasil chama atenção por uma razão para lá de negativa. Está sempre entre os piores países do mundo em educação".
A formação de professores no Brasil precisa ser repensada. Durante muito tempo o foco esteve tão somente em formar pesquisadores em educação, só que a maioria vai direto para a sala de aula, com um mínimo de aprendizado sobre didática, metodologia do ensino, prática educacional, segmentos do ensino. O crescimento desordenado e sem qualidade das faculdades de pedagogia também impulsionaram o caos que estamos vivendo no sistema público de ensino.
E, a bem da verdade, as universidades, de modo geral, estão fechadas em academicismos, estudos teóricos, debates improfícuos e pilhas e mais pilhas de trabalhos de conclusão de curso, monografias e teses. Enquanto isso, o professor que trabalha em sala de aula na educação básica está igual a cego em meio a um tiroteio.
Está na hora de darmos um basta a essa fábrica de maus professores.
Pensemos nisso!
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Incentivo à Leitura
Aproximadamente 18 milhões de estudantes do ensino fundamental brasileiro (53,9% do total) e 2,7 milhões do ensino médio (30,2% do total de alunos) não têm acesso a bibliotecas, segundo dados oficiais demonstrados por pesquisas realizadas nas escolas públicas. Isso é mais do que triste, é um descaso com a educação e com a dignidade humana.
Entretanto, existe um projeto que pode minimizar bastante essa carência cultural e verdadeira fome por livros. É a Caixa Estante Cultural. Um nosso leitor explicou seu funcionamento, que ocorre em empresas da região de Bauru, no Estado de São Paulo, e que vamos adaptar para funcionamento nas escolas.
Trata-se de caixa com cerca de 70 livros dos mais variados gêneros, que, através de rodízio, fica três meses em cada escola. Na verdade são montadas 4 Caixas, assim, a cada três meses os estudantes têm contato com novos títulos, pois o sistema é rotativo.
O sistema pode ser gerido pela Secretaria Municipal de Educação, que fará a capacitação de um Agente de Leitura para cada escola. Esse agente pode ser um professor ou um pai voluntário. O agente de leitura é encarregado de cuidar da Caixa Estante e ser um facilitador do acesso aos livros por parte dos alunos.
A existência rotativa da Caixa Estante Cultural não impede que a escola tenha sua própria biblioteca, aliás, se bem trabalhada, a Caixa será um estímulo para sua criação, ampliando os horizontes da imaginação e do conhecimento de crianças e jovens.
Para montar o acervo de livros que vão constituir as quatro Caixas, a secretaria de educação pode fazer uma campanha para doação de livros junto à população e, também, ouvir professores, pais e estudantes sobre que tipo de literatura gostariam de ter acesso, democratizando assim o projeto, que terá a participação de todos.
Anualmente bastará a secretaria fazer uma reunião de avaliação e recapacitação com os agentes de leitura, cuidando igualmente para renovar em parte o acervo de livros.
A Caixa Estante Cultural é uma idéia simples, objetiva e de fácil consecução, envolvendo um mínimo de verba, que a Prefeitura pode perfeitamente investir.
Juntando uma boa idéia com a vontade política de fazer, muitos problemas enfrentados pelo sistema de ensino brasileiro poderiam ser coisa do passado.
Pensemos nisso!
Entretanto, existe um projeto que pode minimizar bastante essa carência cultural e verdadeira fome por livros. É a Caixa Estante Cultural. Um nosso leitor explicou seu funcionamento, que ocorre em empresas da região de Bauru, no Estado de São Paulo, e que vamos adaptar para funcionamento nas escolas.
Trata-se de caixa com cerca de 70 livros dos mais variados gêneros, que, através de rodízio, fica três meses em cada escola. Na verdade são montadas 4 Caixas, assim, a cada três meses os estudantes têm contato com novos títulos, pois o sistema é rotativo.
O sistema pode ser gerido pela Secretaria Municipal de Educação, que fará a capacitação de um Agente de Leitura para cada escola. Esse agente pode ser um professor ou um pai voluntário. O agente de leitura é encarregado de cuidar da Caixa Estante e ser um facilitador do acesso aos livros por parte dos alunos.
A existência rotativa da Caixa Estante Cultural não impede que a escola tenha sua própria biblioteca, aliás, se bem trabalhada, a Caixa será um estímulo para sua criação, ampliando os horizontes da imaginação e do conhecimento de crianças e jovens.
Para montar o acervo de livros que vão constituir as quatro Caixas, a secretaria de educação pode fazer uma campanha para doação de livros junto à população e, também, ouvir professores, pais e estudantes sobre que tipo de literatura gostariam de ter acesso, democratizando assim o projeto, que terá a participação de todos.
Anualmente bastará a secretaria fazer uma reunião de avaliação e recapacitação com os agentes de leitura, cuidando igualmente para renovar em parte o acervo de livros.
A Caixa Estante Cultural é uma idéia simples, objetiva e de fácil consecução, envolvendo um mínimo de verba, que a Prefeitura pode perfeitamente investir.
Juntando uma boa idéia com a vontade política de fazer, muitos problemas enfrentados pelo sistema de ensino brasileiro poderiam ser coisa do passado.
Pensemos nisso!
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
De que Escola Estamos Falando?
Este artigo também poderia ser chamado de "Onde Está a Dignidade Humana?". Inicio com dados oficiais referentes aos anos 2007/2008, publicados pelo MEC (Ministério da Educação), Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira), Unesco (Órgão das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e OEA (Organização dos Estados Ibero-Americanos), dados esses que mostram uma perfeita radiografia das escolas públicas brasileiras de educação básica:
1. Existem 168,2 mil escolas públicas de educação básica.
2. 5 mil não possuem acesso a luz elétrica.
3. 2 mil não têm água potável.
4. Em 12% das escolas (20,1 mil) não há lugares suficientes para os alunos se sentarem.
5. 50% das crianças de 1ª a 5ª série na zona rural, e 25% nas escolas urbanas, têm aulas em prédios considerados ruins.
6. 11.088 estabelecimentos de ensino fundamental carecem de sanitários.
7. 50% dos professores brasileiros estão insatisfeitos com as instalações, equipamentos e materiais didático-pedagógicos da escola.
8. A maior parte das escolas foi construída a 20 ou 30 anos, e não têm malha elétrica para suportar computadores.
9. Em 95% da rede pública não há rampas ou vias de acesso para alunos e professores com mobilidade reduzida.
10. A defasagem idade-série é de 28,5% na 4ª série, 33,8% na 8ª série e 41,3% no ensino médio.
11. 53,9% de alunos do ensino fundamental (18 milhões) e 30,2% do ensino médio (2,7 milhões de jovens) não têm acesso a bibliotecas.
12. Das 91,5 mil escolas rurais de ensino fundamental, menos de 600 possuem laboratórios de informática.
13. Apenas 5,6 mil escolas rurais contam com bibliotecas.
14. As escolas públicas lutam com problemas de reposição de professores faltosos e a rotatividade de profissionais.
15. Faltam inspetores de alunos, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, supervisores escolares, bibliotecários, merendeiras, serventes e outros profissionais de apoio.
17. 45% de alunos do ensino fundamental estudam em escolas sem quadra de esporte.
18. 34,8% de alunos do ensino médio estudam em escolas sem laboratório de informática.
Diante dessa radiografia nada animadora, com diagnóstico de internação urgente do paciente - no caso a escola pública - em unidade de tratamento intensivo, o que dizer quando o governo federal afirma que até o final de 2010 colocará computadores em todas as escolas?
O que dizer quando o Ministro da Educação anuncia que vamos fechar o ano com 4,4% do PIB (Produto Interno Bruto) aplicado na educação, quando o mínimo seria 6% e o ideal ficaria entre 8% e 10%?
O que dizer quando descobrimos que o governo gasta aproximadamente R$900,00 anuais com um aluno, quando o ideal é o dobro dessa quantia?
O que dizer quando bilhões de dólares são gastos da noite para o dia para salvar especuladores, agências financiadoras e bancos da crise financeira, quando eles mesmos criaram a crise?
Como ter uma nação melhor, como combater os bolsões de miserabilidade nas zonas urbanas e rurais, como extirpar a corrupção se a última coisa em que se pensa neste país é educação? E quando pensamos na educação, os esforços são sempre mínimos, contraditórios, recheados de discursos politicamente corretos e com pouca eficácia?
Boa qualidade na educação também depende de boas escolas em funcionamento. Mas isso é sonho para poucos. Luz elétrica, banheiro, carteiras para todos, biblioteca, laboratório de ciência e de informática e quadra de esporte passam longe de milhões de alunos do ensino fundamental e médio.
A responsabilidade não é só do governo federal, não se restringe às ações do Ministério da Educação. Ela é compartilhada, e com grande peso, pelos governos estaduais e municipais que, respectivamente, cuidam do ensino médio e do ensino fundamental.
Uma grande nação é construída pela educação. Uma educação que trabalhe valores humanos, ética, cidadania, espiritualidade do ser, humanização das ações, com o olhar voltado para o futuro enquanto mantém no hoje os pés no chão.
Apesar do diagnóstico ruim, preocupante, afirmamos que a escola pública tem solução, e que essa solução está intimamente associada à vontade política de fazer, de implementar ações continuadas, para que o quadro esteja muito melhor num prazo de cinco a vinte anos.
E nossa participação, como cidadãos, nesse processo de melhoria da escola pública é imprescindível.
Pensemos nisso!
1. Existem 168,2 mil escolas públicas de educação básica.
2. 5 mil não possuem acesso a luz elétrica.
3. 2 mil não têm água potável.
4. Em 12% das escolas (20,1 mil) não há lugares suficientes para os alunos se sentarem.
5. 50% das crianças de 1ª a 5ª série na zona rural, e 25% nas escolas urbanas, têm aulas em prédios considerados ruins.
6. 11.088 estabelecimentos de ensino fundamental carecem de sanitários.
7. 50% dos professores brasileiros estão insatisfeitos com as instalações, equipamentos e materiais didático-pedagógicos da escola.
8. A maior parte das escolas foi construída a 20 ou 30 anos, e não têm malha elétrica para suportar computadores.
9. Em 95% da rede pública não há rampas ou vias de acesso para alunos e professores com mobilidade reduzida.
10. A defasagem idade-série é de 28,5% na 4ª série, 33,8% na 8ª série e 41,3% no ensino médio.
11. 53,9% de alunos do ensino fundamental (18 milhões) e 30,2% do ensino médio (2,7 milhões de jovens) não têm acesso a bibliotecas.
12. Das 91,5 mil escolas rurais de ensino fundamental, menos de 600 possuem laboratórios de informática.
13. Apenas 5,6 mil escolas rurais contam com bibliotecas.
14. As escolas públicas lutam com problemas de reposição de professores faltosos e a rotatividade de profissionais.
15. Faltam inspetores de alunos, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, supervisores escolares, bibliotecários, merendeiras, serventes e outros profissionais de apoio.
17. 45% de alunos do ensino fundamental estudam em escolas sem quadra de esporte.
18. 34,8% de alunos do ensino médio estudam em escolas sem laboratório de informática.
Diante dessa radiografia nada animadora, com diagnóstico de internação urgente do paciente - no caso a escola pública - em unidade de tratamento intensivo, o que dizer quando o governo federal afirma que até o final de 2010 colocará computadores em todas as escolas?
O que dizer quando o Ministro da Educação anuncia que vamos fechar o ano com 4,4% do PIB (Produto Interno Bruto) aplicado na educação, quando o mínimo seria 6% e o ideal ficaria entre 8% e 10%?
O que dizer quando descobrimos que o governo gasta aproximadamente R$900,00 anuais com um aluno, quando o ideal é o dobro dessa quantia?
O que dizer quando bilhões de dólares são gastos da noite para o dia para salvar especuladores, agências financiadoras e bancos da crise financeira, quando eles mesmos criaram a crise?
Como ter uma nação melhor, como combater os bolsões de miserabilidade nas zonas urbanas e rurais, como extirpar a corrupção se a última coisa em que se pensa neste país é educação? E quando pensamos na educação, os esforços são sempre mínimos, contraditórios, recheados de discursos politicamente corretos e com pouca eficácia?
Boa qualidade na educação também depende de boas escolas em funcionamento. Mas isso é sonho para poucos. Luz elétrica, banheiro, carteiras para todos, biblioteca, laboratório de ciência e de informática e quadra de esporte passam longe de milhões de alunos do ensino fundamental e médio.
A responsabilidade não é só do governo federal, não se restringe às ações do Ministério da Educação. Ela é compartilhada, e com grande peso, pelos governos estaduais e municipais que, respectivamente, cuidam do ensino médio e do ensino fundamental.
Uma grande nação é construída pela educação. Uma educação que trabalhe valores humanos, ética, cidadania, espiritualidade do ser, humanização das ações, com o olhar voltado para o futuro enquanto mantém no hoje os pés no chão.
Apesar do diagnóstico ruim, preocupante, afirmamos que a escola pública tem solução, e que essa solução está intimamente associada à vontade política de fazer, de implementar ações continuadas, para que o quadro esteja muito melhor num prazo de cinco a vinte anos.
E nossa participação, como cidadãos, nesse processo de melhoria da escola pública é imprescindível.
Pensemos nisso!
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Valorizando a Vida
Talvez o maior de todos os desastres ecológicos seja o auto-extermínio. Mesmo num país como o Brasil, onde as taxas são significativamente menores do que em outros países, o suicídio é considerado um problema de saúde pública. A boa notícia vem da moderna psiquiatria: é possível prevenir a maior parte dos casos de suicídio com informação e atendimento adequados. Desde 2006 o Brasil conta com uma Estratégia Nacional de Prevenção do Suicídio e essa não é uma luta apenas de governos ou organizações que militam na área da saúde pública mas de toda a sociedade.
Segue abaixo uma relação de textos e links úteis para quem deseja se informar melhor sobre esse assunto e, se possível, se engajar nesse amplo movimento em favor da vida.
Estratégia Nacional de Prevenção ao Suicídio - No Brasil, embora a taxa de mortalidade por suicídios, de 4,5/100.00 habitantes, seja considerada baixa, existem Estados e Municípios que apresentam taxas duas vezes superiores à média nacional, como, por exemplo, o Estado do Rio Grande do Sul (9,8/100.000). Nesse Estado, em determinadas faixas etárias, as taxas chegam a 30,2/100.000.
Com objetivo de reduzir taxas de suicídios e tentativas e os danos associados com comportamentos suicidas, como o impacto traumático do suicídio na família, nas comunidades, nos locais de trabalho, nas escolas, outras instituições e na sociedade brasileira, a Coordenação de Saúde Mental do Ministério da Saúde apresenta a ESTRATÉGIA NACIONAL PARA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO.
Projeto Comviver – serviço psicológico gratuito prestado a parentes e amigos de suicidas - www.projetocomviver.org.br.
CVV – o mais antigo, respeitado e eficiente serviço voluntário de apoio emocional e prevenção ao suicídio do Brasil - www.cvv.org.br.
Lixo e suicídio - artigo escrito para o CVV, no qual são comparados os serviços prestados pelos catadores de recicláveis e os voluntários do CVV.
“Suicídio, problema oculto na saúde pública : papel da mídia no esclarecimento” - texto de André Trigueiro publicado no livro "Violência faz mal à saúde", do Ministério da Saúde, Editora MS, Brasília, 2004.
Instituições que estudam e/ou atendem pessoas com comportamentos suicidas e seu familiares:
Suicídio na Adolescência - www.projetocomviver.org.br.
Prevenção do Suicídio um manual para médicos clínicos gerais - http://portal.saude.gov.br.
Associação Brasileira de Psiquiatria - www.abpbrasil.org.br.
Biblioteca Virtual em Saúde - www.saudepublica.bvs.br.
American Association os Suicidology - www.suicidology.org
Associação Argentina de Prevenção do Suicídio - www.suicidologia.org.ar.
Sociedade Portuguesa de Suicidologia - www.spsuicidologia.pt.
Site da WHO para a prevenção do suicídio - www.whao.int.
International Association for Suicide Prevention - www.med.uio.no.
Fonte: www.mundosustentavel.com.br.
Segue abaixo uma relação de textos e links úteis para quem deseja se informar melhor sobre esse assunto e, se possível, se engajar nesse amplo movimento em favor da vida.
Estratégia Nacional de Prevenção ao Suicídio - No Brasil, embora a taxa de mortalidade por suicídios, de 4,5/100.00 habitantes, seja considerada baixa, existem Estados e Municípios que apresentam taxas duas vezes superiores à média nacional, como, por exemplo, o Estado do Rio Grande do Sul (9,8/100.000). Nesse Estado, em determinadas faixas etárias, as taxas chegam a 30,2/100.000.
Com objetivo de reduzir taxas de suicídios e tentativas e os danos associados com comportamentos suicidas, como o impacto traumático do suicídio na família, nas comunidades, nos locais de trabalho, nas escolas, outras instituições e na sociedade brasileira, a Coordenação de Saúde Mental do Ministério da Saúde apresenta a ESTRATÉGIA NACIONAL PARA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO.
Projeto Comviver – serviço psicológico gratuito prestado a parentes e amigos de suicidas - www.projetocomviver.org.br.
CVV – o mais antigo, respeitado e eficiente serviço voluntário de apoio emocional e prevenção ao suicídio do Brasil - www.cvv.org.br.
Lixo e suicídio - artigo escrito para o CVV, no qual são comparados os serviços prestados pelos catadores de recicláveis e os voluntários do CVV.
“Suicídio, problema oculto na saúde pública : papel da mídia no esclarecimento” - texto de André Trigueiro publicado no livro "Violência faz mal à saúde", do Ministério da Saúde, Editora MS, Brasília, 2004.
Instituições que estudam e/ou atendem pessoas com comportamentos suicidas e seu familiares:
Suicídio na Adolescência - www.projetocomviver.org.br.
Prevenção do Suicídio um manual para médicos clínicos gerais - http://portal.saude.gov.br.
Associação Brasileira de Psiquiatria - www.abpbrasil.org.br.
Biblioteca Virtual em Saúde - www.saudepublica.bvs.br.
American Association os Suicidology - www.suicidology.org
Associação Argentina de Prevenção do Suicídio - www.suicidologia.org.ar.
Sociedade Portuguesa de Suicidologia - www.spsuicidologia.pt.
Site da WHO para a prevenção do suicídio - www.whao.int.
International Association for Suicide Prevention - www.med.uio.no.
Fonte: www.mundosustentavel.com.br.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
ONU: Planos de Países Pobres Esquecem Igualdade
Os planos dos países de renda baixa ou média para combater a pobreza priorizam o crescimento econômico e a criação de empregos, mas raramente explicitam estratégias para que esses processos beneficiem mais os pobres. Essa é a conclusão de um estudo que analisou o texto-base de programas de 22 nações em desenvolvimento, todos eles preparados após o lançamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015.
O texto, intitulado "Os ODM são prioridade em estratégias de desenvolvimento e programas de ajuda? Apenas alguns são!", analisou planos de 14 países africanos, dois da América Latina e Caribe, dois asiáticos, um árabe e dois ex-comunistas.
"Todos os Documentos de Estratégia de Redução da Pobreza enfatizam o crescimento econômico como o principal meio de alcançar o objetivo geral de reduzir a pobreza, mas nem todos especificam políticas de crescimento que favoreçam os pobres", afirma a autora do estudo, Sakiko Fukuda-Parr, professora de Relações Internacionais da New School University, em texto publicado pelo Centro Internacional de Pobreza, uma instituição de pesquisa do PNUD em parceria com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
"Embora quase todos os Documentos vejam tanto a pobreza quanto o crescimento como prioridades, a maioria não apresenta estratégias para aumentar a produtividade e o emprego, nem para gerar crescimento de uma maneira que assegure que os benefícios sejam mais amplamente distribuídos", escreve a economista.
O problema desse enfoque, indica Fukuda-Parr, é que parte do pressuposto de que a expansão econômica se refletiria sempre em redução da pobreza. Tal concepção tem raízes em teorias da década de 80 e ignoram as pesquisas mais recentes na área, segundo as quais a pobreza "é mais do que falta de renda; é uma privação multidimensional nas vidas humanas e suas causas repousam não apenas na falta de crescimento, mas na falta de participação, nas vulnerabilidades a choques e em obstáculos a oportunidades", diz a autora. "O impacto do crescimento da redução da pobreza não é de modo algum automático", destaca ela, que acrescenta que o crescimento do PIB pode levar apenas a mais aumento de renda da parcela mais rica, e não da mais pobre.
Os planos mostram concepção também em outras áreas, como ao dar ênfase ao emprego, mas não ao trabalho decente - como se o aumento no número de postos de trabalho, por si só, pudesse automaticamente ajudar na redução da pobreza. Dos 22 programas analisados, 21 tomam a criação de empregos como prioridade, mas apenas sete colocam em destaque a geração de trabalho decente e nenhum estipula metas nessa área.
Concepção semelhante aparece em alguns dos 20 planos de países ricos voltados ao mundo em desenvolvimento examinados no estudo. "Há uma forte ênfase no crescimento como o principal meio de reduzir a pobreza. Não é dada muita atenção ao impacto das escolhas da política econômica na distribuição dos benefícios, na criação de empregos e em outros temas pró-pobres", afirma Fukuda-Parr.
A autora identifica, nesses enfoques, uma pouca atenção às desigualdades. Todos os planos consideram a escola primária uma prioridade, mas só em 17 a igualdade de homens e mulheres no acesso à educação tem o mesmo status. Quase todos os programas (21) colocam a saúde em destaque, mas a ampliação do acesso à saúde e aos medicamentos é sublinhada em apenas nove. Também 21 vêem o respeito à lei como prioridade, mas o direito das minorias é destacado em apenas quatro.
"Poucos Documentos de Estratégia de Redução da Pobreza mencionam a igualdade como um objetivo ou uma preocupação política", observa a autora. "Essa interpretação dos ODM está longe das metas originais de transformar a globalização em algo mais inclusivo e de implementar princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas", afirma.
Fonte: Terra Magazine - http://terramagazine.terra.com.br
O texto, intitulado "Os ODM são prioridade em estratégias de desenvolvimento e programas de ajuda? Apenas alguns são!", analisou planos de 14 países africanos, dois da América Latina e Caribe, dois asiáticos, um árabe e dois ex-comunistas.
"Todos os Documentos de Estratégia de Redução da Pobreza enfatizam o crescimento econômico como o principal meio de alcançar o objetivo geral de reduzir a pobreza, mas nem todos especificam políticas de crescimento que favoreçam os pobres", afirma a autora do estudo, Sakiko Fukuda-Parr, professora de Relações Internacionais da New School University, em texto publicado pelo Centro Internacional de Pobreza, uma instituição de pesquisa do PNUD em parceria com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
"Embora quase todos os Documentos vejam tanto a pobreza quanto o crescimento como prioridades, a maioria não apresenta estratégias para aumentar a produtividade e o emprego, nem para gerar crescimento de uma maneira que assegure que os benefícios sejam mais amplamente distribuídos", escreve a economista.
O problema desse enfoque, indica Fukuda-Parr, é que parte do pressuposto de que a expansão econômica se refletiria sempre em redução da pobreza. Tal concepção tem raízes em teorias da década de 80 e ignoram as pesquisas mais recentes na área, segundo as quais a pobreza "é mais do que falta de renda; é uma privação multidimensional nas vidas humanas e suas causas repousam não apenas na falta de crescimento, mas na falta de participação, nas vulnerabilidades a choques e em obstáculos a oportunidades", diz a autora. "O impacto do crescimento da redução da pobreza não é de modo algum automático", destaca ela, que acrescenta que o crescimento do PIB pode levar apenas a mais aumento de renda da parcela mais rica, e não da mais pobre.
Os planos mostram concepção também em outras áreas, como ao dar ênfase ao emprego, mas não ao trabalho decente - como se o aumento no número de postos de trabalho, por si só, pudesse automaticamente ajudar na redução da pobreza. Dos 22 programas analisados, 21 tomam a criação de empregos como prioridade, mas apenas sete colocam em destaque a geração de trabalho decente e nenhum estipula metas nessa área.
Concepção semelhante aparece em alguns dos 20 planos de países ricos voltados ao mundo em desenvolvimento examinados no estudo. "Há uma forte ênfase no crescimento como o principal meio de reduzir a pobreza. Não é dada muita atenção ao impacto das escolhas da política econômica na distribuição dos benefícios, na criação de empregos e em outros temas pró-pobres", afirma Fukuda-Parr.
A autora identifica, nesses enfoques, uma pouca atenção às desigualdades. Todos os planos consideram a escola primária uma prioridade, mas só em 17 a igualdade de homens e mulheres no acesso à educação tem o mesmo status. Quase todos os programas (21) colocam a saúde em destaque, mas a ampliação do acesso à saúde e aos medicamentos é sublinhada em apenas nove. Também 21 vêem o respeito à lei como prioridade, mas o direito das minorias é destacado em apenas quatro.
"Poucos Documentos de Estratégia de Redução da Pobreza mencionam a igualdade como um objetivo ou uma preocupação política", observa a autora. "Essa interpretação dos ODM está longe das metas originais de transformar a globalização em algo mais inclusivo e de implementar princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas", afirma.
Fonte: Terra Magazine - http://terramagazine.terra.com.br
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Projetos Futuros na Educação
A futura secretária de educação da Cidade do Rio de Janeiro, Cláudia Costin, concedeu entrevista ao RJTV, da Rede Globo, onde teve oportunidade de informar várias ações que serão implementadas em sua gestão. Vamos conhecê-las, tecendo nossa análises crítica.
1. Manutenção do Sistema de Ciclos - A secretária informou que manterá e fará a ampliação do atual sistema de ciclos para todos os segmentos de ensino que, segundo ela, funciona satisfatoriamente. Realmente, a funcionalidade dos ciclos é boa para o processo ensino-aprendizagem, mas é bom lembrar que muitas escolas possuem os ciclos só no papel, pois a prática é a mesma da antiga seriação, e essa postura precisa ser modificada.
2. Reforço Escolar - É promessa da secretária Cláudia Costin implantar o reforço escolar, reservando a cada 7 a 10 professores, 1 professor que trabalhará o reforço, dando como exemplo o que fazem a Finlândia e a Coréia do Sul. Aqui fica a eterna discussão entre melhorar a qualidade do ensino e implantar o reforço escolar. Cremos que seja necessário encontrar o ponto de equilíbrio. Sem dúvida melhorar a qualidade do ensino, ao mesmo tempo em que se faça reforço aos alunos que efetivamente dele precisem.
3. Compromisso Todos pela Educação - É promessa alinhar o trabalho e as metas da secretaria de educação com as metas do Compromisso Todos pela Educação. Neste caso só temos que aplaudir a promessa.
4. Diagnóstico das Escolas - Segundo falou a secretária, antes de implementar as ações descritas acima, será feito um diagnóstico das necessidades pontuais das escolas. Só esperamos que esse diagnóstico seja objetivo e não se estenda tempo sem fim.
5. Trabalho Conjunto Diretores/Coordenadores - Disse a secretária que pretende trabalhar em conjunto com os diretores e coordenadores pedagógicos. Sabemos da dificuldade logística de fazer isso, mas mecanismos podem ser implementados que facilitem os canais de comunicação. Se isso ocorrer será um ganho muito grande para o ensino carioca.
6. Formação Continuada - Realizar treinamentos em serviço e disponibilizar formação continuada através de cursos para os professores, tentando atender as necessidades apontadas pelo diagnóstico escolar é outra promessa que merece aplauso, pois finalmente deixará de ser feito um planejamento a priori, de cima para baixo.
7. Creches - A secretária Cláudia Cotrin enfatizou que multiplicará o número de creches, e que estas deixarão de ser tomadoras de conta de crianças, para se inserirem efetivamente no sistema de ensino, como verdadeiros centros educacionais para essa faixa infantil. É uma boa notícia, pois já passou o tempo de mudar a visão sobre a creche.
Bem, agora resta esperar a posse no mês de janeiro e o início da nova gestão. As propostas são boas, estão alinhadas aos anseios da população e refletem um bom pensamento pedagógico.
Vamos acompanhar e exercer nossa massa critica, sempre procurando colaborar para o melhor, pois a educação é essencial para a melhora da sociedade.
Pensemos nisso!
1. Manutenção do Sistema de Ciclos - A secretária informou que manterá e fará a ampliação do atual sistema de ciclos para todos os segmentos de ensino que, segundo ela, funciona satisfatoriamente. Realmente, a funcionalidade dos ciclos é boa para o processo ensino-aprendizagem, mas é bom lembrar que muitas escolas possuem os ciclos só no papel, pois a prática é a mesma da antiga seriação, e essa postura precisa ser modificada.
2. Reforço Escolar - É promessa da secretária Cláudia Costin implantar o reforço escolar, reservando a cada 7 a 10 professores, 1 professor que trabalhará o reforço, dando como exemplo o que fazem a Finlândia e a Coréia do Sul. Aqui fica a eterna discussão entre melhorar a qualidade do ensino e implantar o reforço escolar. Cremos que seja necessário encontrar o ponto de equilíbrio. Sem dúvida melhorar a qualidade do ensino, ao mesmo tempo em que se faça reforço aos alunos que efetivamente dele precisem.
3. Compromisso Todos pela Educação - É promessa alinhar o trabalho e as metas da secretaria de educação com as metas do Compromisso Todos pela Educação. Neste caso só temos que aplaudir a promessa.
4. Diagnóstico das Escolas - Segundo falou a secretária, antes de implementar as ações descritas acima, será feito um diagnóstico das necessidades pontuais das escolas. Só esperamos que esse diagnóstico seja objetivo e não se estenda tempo sem fim.
5. Trabalho Conjunto Diretores/Coordenadores - Disse a secretária que pretende trabalhar em conjunto com os diretores e coordenadores pedagógicos. Sabemos da dificuldade logística de fazer isso, mas mecanismos podem ser implementados que facilitem os canais de comunicação. Se isso ocorrer será um ganho muito grande para o ensino carioca.
6. Formação Continuada - Realizar treinamentos em serviço e disponibilizar formação continuada através de cursos para os professores, tentando atender as necessidades apontadas pelo diagnóstico escolar é outra promessa que merece aplauso, pois finalmente deixará de ser feito um planejamento a priori, de cima para baixo.
7. Creches - A secretária Cláudia Cotrin enfatizou que multiplicará o número de creches, e que estas deixarão de ser tomadoras de conta de crianças, para se inserirem efetivamente no sistema de ensino, como verdadeiros centros educacionais para essa faixa infantil. É uma boa notícia, pois já passou o tempo de mudar a visão sobre a creche.
Bem, agora resta esperar a posse no mês de janeiro e o início da nova gestão. As propostas são boas, estão alinhadas aos anseios da população e refletem um bom pensamento pedagógico.
Vamos acompanhar e exercer nossa massa critica, sempre procurando colaborar para o melhor, pois a educação é essencial para a melhora da sociedade.
Pensemos nisso!
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Extraindo Água do Ar
Recebi email informativo que reproduzo abaixo. Pena que o desenvolvimento da tecnologia não seja de domínio público, mas as autoridades podem perfeitamente buscar uma parceria e baratear o custo.
"Obter água a partir da umidade do ar não é uma técnica nova. Na verdade, ela era mencionada na Bíblia - há milhares de anos. O orvalho da noite já era armazenado para irrigar plantações. Mas uma empresa israelense desenvolveu um método de obter água a partir do ar em grande escala, o que pode ajudar a resolver problemas em muitos países.
De acordo com o Dr. Etan Bar, executivo-chefe da EWA, com sede em Beersheba (no deserto do Neguev), o processo tem três etapas: a primeira é a acumulação da umidade do ar em flocos de sílica. A segunda etapa é a remoção da água e a terceira, a condensação, usando aparelhos à base de pequenos volumes de biodiesel ou outro combustível. Ainda segundo o Dr. Bar, o processo apresenta custo reduzido porque a água pode ser obtida a partir de pequenas unidades de condensação - sem custo de transporte.
A chave está tecnologia de absorção - que emprega um sólido silica para apanhar a água - e um condensador especial que reutiliza mais de 85% da energia consumida no sistema. As fontes de energia renováveis, tais como a energia solar, biocombustíveis, calor residual ou mesmo o calor a partir de matéria orgânica são compatíveis com o sistema.
A empresa, que foi fundada em 2006, baseia-se em nove anos de pesquisa pelo cientista Dr. Etan Bar, um ex-pesquisador na Universidade Ben Gurion.
Apesar de água limpa para beber e tomar banho parece como um direito humano básico, para a maioria do mundo "pobre" é um luxo. Segundo o executivo da EWA um quilômetro cúbico de ar contém 10 a 40 mil toneladas de água - o suficiente para abastecer pelo menos 100 mil pessoas com todas suas necessidades da água, explica Bar.
A EWA, que faturou US$ 100 mil em 2007, planeja chegar ao final deste ano com US$ 5 milhões de faturamento, atingindo US$ 100 milhões em 2009, por conta da enorme demanda - principalmente da África, índia e Austrália - por unidades de produção de água a partir do ar".
De www.aguaonline.com.br.
"Obter água a partir da umidade do ar não é uma técnica nova. Na verdade, ela era mencionada na Bíblia - há milhares de anos. O orvalho da noite já era armazenado para irrigar plantações. Mas uma empresa israelense desenvolveu um método de obter água a partir do ar em grande escala, o que pode ajudar a resolver problemas em muitos países.
De acordo com o Dr. Etan Bar, executivo-chefe da EWA, com sede em Beersheba (no deserto do Neguev), o processo tem três etapas: a primeira é a acumulação da umidade do ar em flocos de sílica. A segunda etapa é a remoção da água e a terceira, a condensação, usando aparelhos à base de pequenos volumes de biodiesel ou outro combustível. Ainda segundo o Dr. Bar, o processo apresenta custo reduzido porque a água pode ser obtida a partir de pequenas unidades de condensação - sem custo de transporte.
A chave está tecnologia de absorção - que emprega um sólido silica para apanhar a água - e um condensador especial que reutiliza mais de 85% da energia consumida no sistema. As fontes de energia renováveis, tais como a energia solar, biocombustíveis, calor residual ou mesmo o calor a partir de matéria orgânica são compatíveis com o sistema.
A empresa, que foi fundada em 2006, baseia-se em nove anos de pesquisa pelo cientista Dr. Etan Bar, um ex-pesquisador na Universidade Ben Gurion.
Apesar de água limpa para beber e tomar banho parece como um direito humano básico, para a maioria do mundo "pobre" é um luxo. Segundo o executivo da EWA um quilômetro cúbico de ar contém 10 a 40 mil toneladas de água - o suficiente para abastecer pelo menos 100 mil pessoas com todas suas necessidades da água, explica Bar.
A EWA, que faturou US$ 100 mil em 2007, planeja chegar ao final deste ano com US$ 5 milhões de faturamento, atingindo US$ 100 milhões em 2009, por conta da enorme demanda - principalmente da África, índia e Austrália - por unidades de produção de água a partir do ar".
De www.aguaonline.com.br.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Para Combater a Violência
Para combater a violência na escola, polícia, suspensão e expulsão. Essa é a tríade utilizada pela maioria dos diretores escolares e sancionada por grande parte das secretarias de educação. Enquanto isso os alunos brigam entre si, depredam o prédio escolar, agridem os professores, e são agredidos pela exclusão social e educacional.
Até quando os educadores vão manter esse ciclo vicioso? Não está na hora de perceber que educação é muito diferente do que tem sido feito nas escolas?
Pestalozzi, educador que viveu entre os séculos dezoito e dezenove, dizia que a escola devia ser uma segunda família da criança e do jovem, e provou sua teoria ao fundar e dirigir o Instituto de Iverdon, na Suíça, tornando-o modelo para todos os países europeus, onde implantou projeto pedagógico de educação plena e ficou conhecido por ser chamado pelos alunos de "pai".
Mais recentemente tivemos o apogeu da Escola da Ponte, em Portugal, capitaneada pelo professor José Pacheco, inserindo os alunos na proposta pedagógica, provocando interatividade e cultivando um novo modelo a partir da transformação dos educadores.
São dois exemplos que merecem um olhar profundo e que podem ser implantados, com as devidas adaptações, sempre necessárias.
Essa adaptação foi feita pelo Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM) e chama-se Escola do Sentimento. O projeto pode ser visto em www.educacaomoral.org.br.
A criança, o jovem e a família precisam estar inseridos no processo educacional da escola. Precisam ver e sentir a escola como um espaço que também é seu. E os professores só podem ser educadores se trabalharem com amor, dando amor, acreditando nos alunos.
Expulsar o aluno é a medida mais fácil e inócua: o problema continua, só foi transferido, e no lugar desse aluno aparecerá outro.
Aplicar uma suspensão é tudo o que o aluno quer: não terá de assistir as aulas por um período e voltará do mesmo jeito.
Chamar a polícia é demonstrar a toda a sociedade que a escola não sabe mais educar, que os professores não sabem mais o que fazem.
Para combater a violência não se pode usar de violência, deve-se utilizar o amor, a educação, mas insistem que educação é igual a ensino, que ensino é igual a transmissão de conhecimentos, deixando os valores humanos e a formação do caráter em segundo plano.
Enquanto isso, notícias e mais notícias de violência dentro da escola. Até quando?
Pensemos nisso!
Até quando os educadores vão manter esse ciclo vicioso? Não está na hora de perceber que educação é muito diferente do que tem sido feito nas escolas?
Pestalozzi, educador que viveu entre os séculos dezoito e dezenove, dizia que a escola devia ser uma segunda família da criança e do jovem, e provou sua teoria ao fundar e dirigir o Instituto de Iverdon, na Suíça, tornando-o modelo para todos os países europeus, onde implantou projeto pedagógico de educação plena e ficou conhecido por ser chamado pelos alunos de "pai".
Mais recentemente tivemos o apogeu da Escola da Ponte, em Portugal, capitaneada pelo professor José Pacheco, inserindo os alunos na proposta pedagógica, provocando interatividade e cultivando um novo modelo a partir da transformação dos educadores.
São dois exemplos que merecem um olhar profundo e que podem ser implantados, com as devidas adaptações, sempre necessárias.
Essa adaptação foi feita pelo Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM) e chama-se Escola do Sentimento. O projeto pode ser visto em www.educacaomoral.org.br.
A criança, o jovem e a família precisam estar inseridos no processo educacional da escola. Precisam ver e sentir a escola como um espaço que também é seu. E os professores só podem ser educadores se trabalharem com amor, dando amor, acreditando nos alunos.
Expulsar o aluno é a medida mais fácil e inócua: o problema continua, só foi transferido, e no lugar desse aluno aparecerá outro.
Aplicar uma suspensão é tudo o que o aluno quer: não terá de assistir as aulas por um período e voltará do mesmo jeito.
Chamar a polícia é demonstrar a toda a sociedade que a escola não sabe mais educar, que os professores não sabem mais o que fazem.
Para combater a violência não se pode usar de violência, deve-se utilizar o amor, a educação, mas insistem que educação é igual a ensino, que ensino é igual a transmissão de conhecimentos, deixando os valores humanos e a formação do caráter em segundo plano.
Enquanto isso, notícias e mais notícias de violência dentro da escola. Até quando?
Pensemos nisso!
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Valores e Mídia
Quais são os seus valores de vida? Eis uma pergunta que poucas pessoas se fazem, mas que é fundamental para ter consciência de si e da própria vida. Para auxiliar o leitor em sua resposta sugerimos uma análise da programação televisiva que normalmente assistimos.
Você é daqueles que, quando chega do trabalho, a única opção possível de lazer é ficar grudado na telinha? Ou passa as horas dos domingos assistindo a programação dos canais da tevê aberta? Bem, se você é dessas pessoas em que o mundo gira em torno da programação televisiva, cuidado, seus valores precisam ser reavaliados.
Comecemos pelo domingo. É Faustão, Sílvio Santos, Gugu e outros predominado à tarde; transmissão ao vivo do futebol; e depois, à noite, programas como Fantástico e Domingo Espetacular, entre outros parecidos quanto ao gênero, podendo terminar com pancadaria solta em algum filme. Valores? Besteirol, exploração da sensualidade, insinuações sexistas, exploração da miséria humana e vai por aí, num festival sem fim, repetido a cada domingo, domesticando a audiência.
E durante a semana, com a tarde ocupada por programação do tipo "escolha seu namorado", "exponha seu problema conjugal", "assista um filme fraquinho", o quadro não é muito diferente.
Para terminar, novelas e mais novelas, uma atrás da outra, com intervalo apenas para o jornalismo noticioso e sensacionalista.
Se você só conhece isso, e faz disso sua cultura predominante, não é de espantar que recente pesquisa tenha detectado que mais de 60% dos brasileiros, se tivessem oportunidade, dariam emprego aos parentes no serviço público, ou se locupletariam de ganhos da corrupção, sem nenhuma dor de consciência.
Lembremos que a mídia televisiva, em tese, procura dar ao telespectador aquilo que ele quer ver, dentro de seus valores, mas que, ao mesmo tempo, impinge às pessoas valores agregados ao mundo publicitário, ao mundo da moda, etc, passando valores que serão incorporados pela população consumista e verdadeiramente domada para fazer o que se quer que ela faça.
Então vemos que a maioria das pessoas não pensa, não fala e não quer saber da educação, ou, quando pensa, fala e quer saber, confunde a educação com o ensino escolar, com a aquisição do saber, com provas e notas. Isso não é educação, faz parte, mas não é a educação, que deve trabalhar o desenvolvimento de valores, o pensamento crítico, a consciência de cidadania.
A verdadeira educação, porque existe a falsa educação (o que estamos vendo hoje), é aquela que faz todos os esforços para formar o caráter do indivíduo, para desenvolver seu senso moral, para equilibrar o conhecimento com o sentimento, ou seja, em resumo, a verdadeira educação é a educação moral.
A televisão, em geral, passa longe, muito longe desse ideal. Por isso, cuidado! Ligue o sinal de alerta e comece a deixar de lado o controle remoto, ou o que é ainda melhor, exija a melhora da programação.
Pode a mídia televisiva ser poderosa aliada da educação, desde que reformule seus valores e, em consequência, a programação.
Pensemos nisso!
Você é daqueles que, quando chega do trabalho, a única opção possível de lazer é ficar grudado na telinha? Ou passa as horas dos domingos assistindo a programação dos canais da tevê aberta? Bem, se você é dessas pessoas em que o mundo gira em torno da programação televisiva, cuidado, seus valores precisam ser reavaliados.
Comecemos pelo domingo. É Faustão, Sílvio Santos, Gugu e outros predominado à tarde; transmissão ao vivo do futebol; e depois, à noite, programas como Fantástico e Domingo Espetacular, entre outros parecidos quanto ao gênero, podendo terminar com pancadaria solta em algum filme. Valores? Besteirol, exploração da sensualidade, insinuações sexistas, exploração da miséria humana e vai por aí, num festival sem fim, repetido a cada domingo, domesticando a audiência.
E durante a semana, com a tarde ocupada por programação do tipo "escolha seu namorado", "exponha seu problema conjugal", "assista um filme fraquinho", o quadro não é muito diferente.
Para terminar, novelas e mais novelas, uma atrás da outra, com intervalo apenas para o jornalismo noticioso e sensacionalista.
Se você só conhece isso, e faz disso sua cultura predominante, não é de espantar que recente pesquisa tenha detectado que mais de 60% dos brasileiros, se tivessem oportunidade, dariam emprego aos parentes no serviço público, ou se locupletariam de ganhos da corrupção, sem nenhuma dor de consciência.
Lembremos que a mídia televisiva, em tese, procura dar ao telespectador aquilo que ele quer ver, dentro de seus valores, mas que, ao mesmo tempo, impinge às pessoas valores agregados ao mundo publicitário, ao mundo da moda, etc, passando valores que serão incorporados pela população consumista e verdadeiramente domada para fazer o que se quer que ela faça.
Então vemos que a maioria das pessoas não pensa, não fala e não quer saber da educação, ou, quando pensa, fala e quer saber, confunde a educação com o ensino escolar, com a aquisição do saber, com provas e notas. Isso não é educação, faz parte, mas não é a educação, que deve trabalhar o desenvolvimento de valores, o pensamento crítico, a consciência de cidadania.
A verdadeira educação, porque existe a falsa educação (o que estamos vendo hoje), é aquela que faz todos os esforços para formar o caráter do indivíduo, para desenvolver seu senso moral, para equilibrar o conhecimento com o sentimento, ou seja, em resumo, a verdadeira educação é a educação moral.
A televisão, em geral, passa longe, muito longe desse ideal. Por isso, cuidado! Ligue o sinal de alerta e comece a deixar de lado o controle remoto, ou o que é ainda melhor, exija a melhora da programação.
Pode a mídia televisiva ser poderosa aliada da educação, desde que reformule seus valores e, em consequência, a programação.
Pensemos nisso!
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Financiamento da Educação
Segundo dados oficiais do governo, sancionados por discurso do ministro da educação, o Brasil aplica 4,4% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação, sendo meta chegar a 6%. Em comparação com os países que nos últimos vinte anos deram um salto de qualidade nos índices educacionais, é pouco, pois alguns desses países investem entre 8% e 12% de toda a riqueza nacional na educação. São países que acordaram para o essencial. Não há melhor desenvolvimento econômico e social se a educação não for contemplada com investimentos maciços e contínuos.
Aqui no Brasil, historicamente a construção civil recebe investimentos vultosos - veja-se o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento)- em detrimento da educação, de onde se procura enxugar os investimentos, isso porque a miopia política ainda acredita que o voto está atrelado à obra física que aparece, e faz questão de manter esse padrão de trabalho junto aos eleitores, levando-os ao engodo de que obra é o melhor que o administrador público pode fazer. Não é.
É tão forte essa cultura que 68% dos eleitores brasileiros afirmam desconhecer e não procurar saber a política educacional do seu governante, seja na esfera municipal ou estadual. E menos de 1%, durante a campanha eleitoral, analisa as propostas educacionais e tem isso como parâmetro para escolher seu candidato.
Continuamos a assistir, de modo mais sofisticado, bem disfarçado, a velha política do coronelismo-clientilismo, que esconde o máximo possível a educação, servindo-se dela somente em discursos pontuais, daqueles feitos por encomenda, quando a mídia escancara determinado problema no sistema público de ensino.
De tanto esconder a educação e considerá-la secundária, hoje temos falta de profissionais nas áreas de matemática, física, química e biologia. Faltam especialistas em diversas áreas técnicas. E o analfabetismo funcional, quando a pessoa escreve e lê de forma básica, mas não sabe interpretar, compreender um texto, campeia em todo o país.
Que adianta, nas considerações econômicas, termos alcançado o patamar de país emergente, se em educação continuamos subdesenvolvidos?
Um olhar sobre os principais centros urbanos não deixa dúvida: temos cidades deterioradas pela favelização, com grandes bolsões de miserabilidade e marginalidade social.
Financiar a educação, gerir com probidade e fiscalizar com rigor a aplicação das verbas públicas em todas as esferas governamentais - federal, estadual e municipal - é dever do Estado e um direito de cidadania que precisamos, com urgência, colocar em prática. Não basta aumentar a porcentagem do PIB para a educação se os ralos da corrupção continuarão abertos.
Que venha a lei de responsabilidade educacional, e que os órgãos da sociedade civil se empenhem ainda mais em conscientizar criticamente os eleitores, para que nossa nação seja forte onde é mais importante dar bom exemplo.
Pensemos nisso!
Aqui no Brasil, historicamente a construção civil recebe investimentos vultosos - veja-se o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento)- em detrimento da educação, de onde se procura enxugar os investimentos, isso porque a miopia política ainda acredita que o voto está atrelado à obra física que aparece, e faz questão de manter esse padrão de trabalho junto aos eleitores, levando-os ao engodo de que obra é o melhor que o administrador público pode fazer. Não é.
É tão forte essa cultura que 68% dos eleitores brasileiros afirmam desconhecer e não procurar saber a política educacional do seu governante, seja na esfera municipal ou estadual. E menos de 1%, durante a campanha eleitoral, analisa as propostas educacionais e tem isso como parâmetro para escolher seu candidato.
Continuamos a assistir, de modo mais sofisticado, bem disfarçado, a velha política do coronelismo-clientilismo, que esconde o máximo possível a educação, servindo-se dela somente em discursos pontuais, daqueles feitos por encomenda, quando a mídia escancara determinado problema no sistema público de ensino.
De tanto esconder a educação e considerá-la secundária, hoje temos falta de profissionais nas áreas de matemática, física, química e biologia. Faltam especialistas em diversas áreas técnicas. E o analfabetismo funcional, quando a pessoa escreve e lê de forma básica, mas não sabe interpretar, compreender um texto, campeia em todo o país.
Que adianta, nas considerações econômicas, termos alcançado o patamar de país emergente, se em educação continuamos subdesenvolvidos?
Um olhar sobre os principais centros urbanos não deixa dúvida: temos cidades deterioradas pela favelização, com grandes bolsões de miserabilidade e marginalidade social.
Financiar a educação, gerir com probidade e fiscalizar com rigor a aplicação das verbas públicas em todas as esferas governamentais - federal, estadual e municipal - é dever do Estado e um direito de cidadania que precisamos, com urgência, colocar em prática. Não basta aumentar a porcentagem do PIB para a educação se os ralos da corrupção continuarão abertos.
Que venha a lei de responsabilidade educacional, e que os órgãos da sociedade civil se empenhem ainda mais em conscientizar criticamente os eleitores, para que nossa nação seja forte onde é mais importante dar bom exemplo.
Pensemos nisso!
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Mal Humor Faz Mal à Saúde
Segundo os especialistas, você pode sofrer de distimia, transtorno psiquiátrico que afeta até 5% da população mundial. Para saber se você sofre desse transtorno basta olhar para si mesmo e responder: você é daqueles que resmunga porque o dia amanheceu chovendo? E também reclama se o dia está muito quente? Se você é desses, pode estar sofrendo de mau humor crônico, sem motivo aparente, caracterizando a distimia.
Segundo o psiquiatra Antônio Egídio Nardi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ):
"Não é qualquer um que pode ser considerado distímico. Há quem fique mal-humorado porque o trânsito está parado, ou porque está sem dinheiro. Já o distímico reclama até de ganhar na loteria. Ele vai ficar triste com a possibilidade de ser sequestrado a qualquer momento".
A distimia atinge mais as mulheres do que os homens, talvez pela maior variação hormonal do organismo feminino, ou mesmo por causa de aspectos culturais que fazem a mulher mais aberta para se queixar de crises de choro e depressão.
A distimia, o mal humor crônico, causa isolamento social, distúrbios familiares, queda no rendimento profissional e depressão leve. Mas também pode desenvolver dependência a drogas, como álcool e calmantes.
E mais: o portador de mau humor crônico frequentemente desenvolve hipocondria, com mal-estar, enxaqueca e indisposição gastrointestinal.
Ou seja, estar sempre mal-humorado, queixar-se de tudo e de todos, não é nada bom para a saúde, tanto espiritual quanto física. É melhor começar a sair desse estado de espírito, e, para isso, você pode seguir as seguintes recomendações:
- Praticar atividades físicas.
- Recorrer a sessões de massagem.
- Ouvir música relaxante.
- Cultivar o hábito de boas leituras.
- Observar as coisas belas da natureza.
- Procurar ver o lado bom das situações e das pessoas.
Afinal, não é melhor viver com boa saúde, resolvendo os problemas, que todos temos, e ainda manter as amizades e os familiares bem junto do coração?
Pensemos nisso!
Segundo o psiquiatra Antônio Egídio Nardi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ):
"Não é qualquer um que pode ser considerado distímico. Há quem fique mal-humorado porque o trânsito está parado, ou porque está sem dinheiro. Já o distímico reclama até de ganhar na loteria. Ele vai ficar triste com a possibilidade de ser sequestrado a qualquer momento".
A distimia atinge mais as mulheres do que os homens, talvez pela maior variação hormonal do organismo feminino, ou mesmo por causa de aspectos culturais que fazem a mulher mais aberta para se queixar de crises de choro e depressão.
A distimia, o mal humor crônico, causa isolamento social, distúrbios familiares, queda no rendimento profissional e depressão leve. Mas também pode desenvolver dependência a drogas, como álcool e calmantes.
E mais: o portador de mau humor crônico frequentemente desenvolve hipocondria, com mal-estar, enxaqueca e indisposição gastrointestinal.
Ou seja, estar sempre mal-humorado, queixar-se de tudo e de todos, não é nada bom para a saúde, tanto espiritual quanto física. É melhor começar a sair desse estado de espírito, e, para isso, você pode seguir as seguintes recomendações:
- Praticar atividades físicas.
- Recorrer a sessões de massagem.
- Ouvir música relaxante.
- Cultivar o hábito de boas leituras.
- Observar as coisas belas da natureza.
- Procurar ver o lado bom das situações e das pessoas.
Afinal, não é melhor viver com boa saúde, resolvendo os problemas, que todos temos, e ainda manter as amizades e os familiares bem junto do coração?
Pensemos nisso!
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Depoimento de Uma Educadora
Com relação ao Debate sobre educação promovido pelo Grupo Democracia e Cidadania, de Campinas/SP, que temos divulgado, a professora Selma Trigo, do Rio de Janeiro, enviou um post com profunda reflexão, que reproduzimos abaixo:
"Como educadora em exercício, e vivendo parte da minha profissão como Coordenadora Pedagógica, percebi durante todos esses anos de profissão, que a desvalorização da classe de professores não é responsabilidade somente dos nossos governantes, porque sabemos que em qualquer contexto da vida precisamos primeiro se autorrespeitar. E o que seria se autorrespeitar? É manter uma postura de verdadeiro educador, começando com a forma de se colocar diante da vida(pensamentos, palavras e obras) e em seguida, buscar o aprofundamento dos conhecimentos através de seminários, congressos,cursos,internet, leituras (através de compras de livros ou bibliotecas públicas), etc. Cada um de acordo com suas possibilidades. Dizer que ganha pouco e que não pode se aperfeiçoar é usar de um desculpismo próprio do acomodado.
O tempo não espera ninguém... Os que param nos conhecimentos iniciais, são ultrapassados até por seus próprios alunos que vivem no mundo da tecnologia.
Quantos professores ainda não se interessaram em aprender a lidar com o computador?
Hoje em dia, não existe mais motivo para dizer que não pode comprar um computador, pois existem lojas próprias que alugam por tempo de uso, num valor irrisório.
Para se ter uma idéia de como são os pensamentos, palavras e atitudes de nossos professores hoje em dia, é só entrar e ficar alguns minutos na sala dos professores. Muitos deles não se distanciam da postura atual dos nossos alunos e até da idade. INCRÍVEL!!!! A valorização do Ser não está no quantidade de dinheiro que ganha, nem na posição social que ocupa. A valorização do Ser está na essência dos conteúdos intelectuais e morais que emergem do interior de sua alma. Nós nos deixamos desvalorizar. Nós somos responsáveis pelo descredito por parte dos nossos governantes,pais e alunos. Fico só pedindo a Deus que os profissionais de "ouro" que ainda temos em nossa classe de professores, não desistam de ser EDUCADORES de verdade, como sempre foram. Desculpem-me, porém é muito fácil indicar um culpado, pois assim abonamos a nossa consciência e responsabilidade. Respeito é conquista e não imposição. Façamos por onde reconquistar o espaço que um dia já foi nosso".
Historicamente, no campo da educação, sempre fizemos uma caça às bruxas, procurando exteriormente à escola o culpado, ou os culpados, pela situação difícil, quase sempre isentando professores e gestores escolares de qualquer parcela de culpa pela baixa qualidade do ensino. Selma Trigo, como professora, faz um exercício de reflexão sobre si mesma e seus colegas, colocando o professor também no centro da discussão.
Vamos pensar nisso?
"Como educadora em exercício, e vivendo parte da minha profissão como Coordenadora Pedagógica, percebi durante todos esses anos de profissão, que a desvalorização da classe de professores não é responsabilidade somente dos nossos governantes, porque sabemos que em qualquer contexto da vida precisamos primeiro se autorrespeitar. E o que seria se autorrespeitar? É manter uma postura de verdadeiro educador, começando com a forma de se colocar diante da vida(pensamentos, palavras e obras) e em seguida, buscar o aprofundamento dos conhecimentos através de seminários, congressos,cursos,internet, leituras (através de compras de livros ou bibliotecas públicas), etc. Cada um de acordo com suas possibilidades. Dizer que ganha pouco e que não pode se aperfeiçoar é usar de um desculpismo próprio do acomodado.
O tempo não espera ninguém... Os que param nos conhecimentos iniciais, são ultrapassados até por seus próprios alunos que vivem no mundo da tecnologia.
Quantos professores ainda não se interessaram em aprender a lidar com o computador?
Hoje em dia, não existe mais motivo para dizer que não pode comprar um computador, pois existem lojas próprias que alugam por tempo de uso, num valor irrisório.
Para se ter uma idéia de como são os pensamentos, palavras e atitudes de nossos professores hoje em dia, é só entrar e ficar alguns minutos na sala dos professores. Muitos deles não se distanciam da postura atual dos nossos alunos e até da idade. INCRÍVEL!!!! A valorização do Ser não está no quantidade de dinheiro que ganha, nem na posição social que ocupa. A valorização do Ser está na essência dos conteúdos intelectuais e morais que emergem do interior de sua alma. Nós nos deixamos desvalorizar. Nós somos responsáveis pelo descredito por parte dos nossos governantes,pais e alunos. Fico só pedindo a Deus que os profissionais de "ouro" que ainda temos em nossa classe de professores, não desistam de ser EDUCADORES de verdade, como sempre foram. Desculpem-me, porém é muito fácil indicar um culpado, pois assim abonamos a nossa consciência e responsabilidade. Respeito é conquista e não imposição. Façamos por onde reconquistar o espaço que um dia já foi nosso".
Historicamente, no campo da educação, sempre fizemos uma caça às bruxas, procurando exteriormente à escola o culpado, ou os culpados, pela situação difícil, quase sempre isentando professores e gestores escolares de qualquer parcela de culpa pela baixa qualidade do ensino. Selma Trigo, como professora, faz um exercício de reflexão sobre si mesma e seus colegas, colocando o professor também no centro da discussão.
Vamos pensar nisso?
A Semana É
Para reflexão e boa disposição para uma semana muito melhor que as anteriores, ofereço o texto abaixo, de autor desconhecido, com o título "A Semana É":
Para um preso, menos 7 dias.
Para um doente, mais 7 dias.
Para os felizes, 7 motivos.
Para os tristes, 7 remédios;
Para os ricos, 7 jantares;
Para os pobres, 7 fomes;
Para a esperança, 7 novas manhãs;
Para a insônia, 7 longas noites;
Para os sozinhos, 7 chances;
Para um cachorro, 49 dias;
Para a mosca, 7 gerações;
Para os empresários, 25% do mês;
Para os economistas, 0,019% do ano;
Para o pessimista, 7 riscos;
Para o otimista, 7 oportunidades;
Para a Terra, 7 voltas;
Para o jogador, 7 partidas;
Para cumprir o prazo, pouco;
Para criar o mundo, o suficiente;
Para uma gripe, a cura;
Para uma rosa, o amor;
Para a história, nada;
Para vida ... tudo!
Depende de você!
Para um preso, menos 7 dias.
Para um doente, mais 7 dias.
Para os felizes, 7 motivos.
Para os tristes, 7 remédios;
Para os ricos, 7 jantares;
Para os pobres, 7 fomes;
Para a esperança, 7 novas manhãs;
Para a insônia, 7 longas noites;
Para os sozinhos, 7 chances;
Para um cachorro, 49 dias;
Para a mosca, 7 gerações;
Para os empresários, 25% do mês;
Para os economistas, 0,019% do ano;
Para o pessimista, 7 riscos;
Para o otimista, 7 oportunidades;
Para a Terra, 7 voltas;
Para o jogador, 7 partidas;
Para cumprir o prazo, pouco;
Para criar o mundo, o suficiente;
Para uma gripe, a cura;
Para uma rosa, o amor;
Para a história, nada;
Para vida ... tudo!
Depende de você!
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Valorizando o Professor
Recebi diversas mensagens a respeito do post "Professor, Esse Desvalorizado", com sugestões que merecem apreciação. Vamos a elas.
É opinião geral que a sociedade necessita de articulação própria para pressionar as autoridades públicas, principalmente prefeitos, secretários de educação e vereadores, para que cumpram a lei e façam esforços para dar boas condições de usabilidade das escolas, assim como dignifiquem os salários, implantem plano de carreira e subsidiem a formação contínua dos professores. Não se trata da criação de organizações não governamentais, e sim o agrupamento de cidadãos formando núcleos de interesse comum agindo a benefício da educação, apresentando propostas, cobrando ações e fiscalizando o orçamento municipal, sempre com o objetivo de interagir, de participar, não apenas de forma teórica, mas bem prática.
Cabe aqui uma reflexão importante. O Brasil possui experiências pedagógicas maravilhosas, bons exemplos de escolas e professores, e não falta bibliografia dinâmica, com boas idéias, disponível nas prateleiras das livrarias. Infelizmente os bons exemplos estão dispersos, e os livros são lidos e guardados. Ou seja, temos a teoria e temos a prática, o que precisamos fazer é implantar uma e outra em todo o sistema de ensino, diminuindo a quantidade de discurso, de discussão, e aumentando as ações que levem a mudanças concretas.
Outra opinião que merece destaque é que o governo deve apreender que educação é tudo para o desenvolvimento econômico da nação e, a partir desse novo paradigma, encetar campanha permanente, contínua, de esclarecimento da população sobre a educação. Hoje temos pais que ainda acreditam que educação é coisa da escola, é responsabilidade exclusiva do professor. E temos professor que não acredita que seu trabalho vá além de ministrar conteúdos.
Mudar mentalidades é fundamental. Aplicar mais e mais recursos financeiros na educação deve ser prioridade.
Ainda outra opinião refere-se aos cursos de formação de professores, principalmente as faculdades de pedagogia. Existem cursos demais e qualidade de menos. Muitos pedagogos ficam perdidos em sala de aula, pois os conteúdos estudados sobre didática, prática de ensino e segmentos do ensino são mínimos ou mal elaborados. E o que dizer dos estágios, a maioria sem supervisão, ficando os alunos como meros observadores?
Bem, são algumas das opiniões que nossos leitores enviaram. Em próximo post continuarei a trazer opiniões sobre o assunto.
Pense sobre tudo isso e envie sua opinião.
É opinião geral que a sociedade necessita de articulação própria para pressionar as autoridades públicas, principalmente prefeitos, secretários de educação e vereadores, para que cumpram a lei e façam esforços para dar boas condições de usabilidade das escolas, assim como dignifiquem os salários, implantem plano de carreira e subsidiem a formação contínua dos professores. Não se trata da criação de organizações não governamentais, e sim o agrupamento de cidadãos formando núcleos de interesse comum agindo a benefício da educação, apresentando propostas, cobrando ações e fiscalizando o orçamento municipal, sempre com o objetivo de interagir, de participar, não apenas de forma teórica, mas bem prática.
Cabe aqui uma reflexão importante. O Brasil possui experiências pedagógicas maravilhosas, bons exemplos de escolas e professores, e não falta bibliografia dinâmica, com boas idéias, disponível nas prateleiras das livrarias. Infelizmente os bons exemplos estão dispersos, e os livros são lidos e guardados. Ou seja, temos a teoria e temos a prática, o que precisamos fazer é implantar uma e outra em todo o sistema de ensino, diminuindo a quantidade de discurso, de discussão, e aumentando as ações que levem a mudanças concretas.
Outra opinião que merece destaque é que o governo deve apreender que educação é tudo para o desenvolvimento econômico da nação e, a partir desse novo paradigma, encetar campanha permanente, contínua, de esclarecimento da população sobre a educação. Hoje temos pais que ainda acreditam que educação é coisa da escola, é responsabilidade exclusiva do professor. E temos professor que não acredita que seu trabalho vá além de ministrar conteúdos.
Mudar mentalidades é fundamental. Aplicar mais e mais recursos financeiros na educação deve ser prioridade.
Ainda outra opinião refere-se aos cursos de formação de professores, principalmente as faculdades de pedagogia. Existem cursos demais e qualidade de menos. Muitos pedagogos ficam perdidos em sala de aula, pois os conteúdos estudados sobre didática, prática de ensino e segmentos do ensino são mínimos ou mal elaborados. E o que dizer dos estágios, a maioria sem supervisão, ficando os alunos como meros observadores?
Bem, são algumas das opiniões que nossos leitores enviaram. Em próximo post continuarei a trazer opiniões sobre o assunto.
Pense sobre tudo isso e envie sua opinião.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Educação: Nosso Desalento
Por Camila Gonçalves De Mario*
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para a trabalho.”
Constituição da República Federativa do Brasil, 1988
A educação no Brasil ainda tem jeito? Foi o título do terceiro Fórum da Cidadania, que aconteceu em Campinas no dia 29/10/2008, na Livraria Cultura, promovido pelo Grupo Democracia e Cidadania. Na mesa de debates três professores, Ronaldo Nicolai, professor de matemática com mais de 30 anos de experiência na rede pública, e também professor da rede privada; Reginaldo Meloni, Presidente do SINPRO - Sindicato dos Professores de Campinas, e Jorge Megid Neto, Diretor da Faculdade de Educação da Unicamp, ex-professor de Física do Ensino Médio. Três professores, com diferentes experiências profissionais, mas carregando a mesma angústia: a sociedade precisa saber o que acontece em sala de aula.
Essa foi a tônica de um debate preocupante, preocupante pelo seu tema, pelo seu conteúdo e pela sensação de desalento que provoca naqueles que estão trabalhando em prol do tema e que dedicaram sua vida ao ensino.
Ronaldo começou sua fala com um desabafo: declarou que fugiu do ensino público estadual; continuou afirmando que hoje a nossa escola pública traz duas coisas aos jovens: descrédito e desesperança, e completou: “ A sociedade de uma maneira geral não tem idéia do que acontece na escola pública, o problema é que o aluno pensa que escola é isso que eles conhecem”.
Para nosso desalento deu continuidade a sua fala trazendo alguns dados: pelo menos 1/3 dos professores das escolas públicas faltam todos os dias, no lugar deles quem vai para a sala de aula é o substituto, professor que nem sempre tem a formação necessária para assumir a disciplina, melhor, a aula do professor faltante, ou seja, é comum alguém com formação em português entrar em sala para dar aulas de física, química, matemática...; que ele mesmo conheceu alunos que nunca tiveram aula de física no ensino médio por falta de professor, bem como chegou a ter uma turma de sexta série que não conseguia resolver problemas matemáticos porque não sabiam ler; para completar: para passar de ano o aluno não precisa nem ir à escola, falta caiu de moda.
Reginaldo nos chamou a atenção para o fato de que a falta de qualidade não acontece só nos limites da escola pública, ela também está na rede privada, para ele, há um grande preconceito contra a escola pública no Brasil e que, adotou-se como solução para os problemas enfrentados pela rede pública a escola privada. Portanto, ao invés de cobrar resolução e trabalhar em prol do público, nossa classe média, aqueles que têm poder econômico, optaram a pagar duas vezes por um direito – a educação pública é um direito social universal - e assim garantir uma formação de qualidade aos seus filhos, reforçando o abismo cultural marca de nossa sociedade.
Mas, nas escolas privadas, que pagamos caro, também temos professores mau remunerados, desmotivados e desagregados, que não conseguem se articular de forma organizada com sua categoria. Há escolas que proíbem a presença do sindicato, impedem a sindicalização de seus docentes, sob a ameaça do desemprego; e que, por outro lado, impedem que os alunos se organizem em Grêmios, por exemplo.
Esta escola consegue formar o cidadão? Ensinar não se restringe apenas a transferência de conteúdo aos alunos e preparação para o vestibular, mas também trabalhar a cidadania, a formação, valores morais e éticos que servirão de parâmetro para que cada indivíduo seja capaz de formular opiniões, expressá-las e participar politicamente da vida em sociedade. Esta formação não está ausente só da rede pública, muitas escolas privadas também não estão voltadas para ela.
Mas qual a causa de nossos males? Por um lado, a progressão continuada, apontada por todos os nossos palestrantes; de outro, o subfinanciamento, ou, um gerenciamento inadequado de recursos.
Jorge Megid, colocou que a progressão continuada foi implantada apenas para atender formalmente uma exigência do Banco Mundial que cobrava uma solução para o grande número de repetências, e para a evasão escolar, bem, se muitos repetiam, agora mais ninguém repete, cortou-se literalmente o mal pela raiz. Criamos uma escola na qual o professor está perdendo sua autoridade, onde os alunos sabem que não serão reprovados, e que está desestimulando os dois lados.
Perdeu-se também o rigor com o conteúdo, em uma escola que se justifica afirmando que sua proposta não é preparar alunos para o vestibular, mas que também acaba não preparando para o mercado de trabalho e para a vida.
Quanto ao financiamento é consenso que o dinheiro que está sendo aplicado não é suficiente, além de muitas vezes ser mau gasto: compram-se equipamentos sem previsões de manutenção, quando estes ficam ociosos, ou precisam de reparos, ficam parados porque falta dinheiro e/ou agilidade na gestão administrativa; compram-se livros didáticos em números enormes a um preço extremamente alto, principalmente, se levarmos em consideração a quantidade adquirida; já o professor ganha pouco, assume aulas demais, não tem tempo para se dedicar a preparação de aulas e não consegue se manter atualizado.
A mesa citou vários exemplos de mudanças na política que foram feitas apenas para atender uma exigência externa ou uma nova lei - da pior maneira possível - o mais recente é o “jeitinho” que o atual Governo do Estado de São Paulo encontrou para atender uma lei federal que estabelece que o professor deve ter 1/3 de sua carga horária para preparar aula. O governo somou todos os momentos durante um dia de aula em que o professor não está em sala de aula, como, a troca de salas entre uma aula e outra, e o período de intervalo concedido - a alunos e professores – e, cumpriu a lei, justificando que esse tempo fora de sala representa 1/3 da jornada do professor.
Porque o aluno está violento? Porque o professor está apático? Porque a sociedade não se manifesta?
Algumas pistas: o aluno está sendo profundamente desrespeitado por uma escola que não cumpre sua função; o professor está desmobilizado e insuficientemente organizado enquanto categoria, além de estar criando mecanismos de resistência para continuar sobrevivendo a um cotidiano doente, e para se convencer de que a mudança está além de sua capacidade de atuação; a sociedade, bem, quanto aos mais pobres poderíamos dizer que não têm parâmetros e capital cultural suficiente para avaliar a escola que lhes está sendo oferecida, mais, há uma preocupação muito grande em manter crianças e jovens fora das ruas, ocupados, em um lugar que possa cuidar deles enquanto seus pais estão trabalhando, é com esse intuito que muitas mães procuram as creches, não por acreditarem que a educação infantil de fato fará a diferença na formação de seus filhos. Quanto aqueles que poderíamos classificar como pertencentes à nossa classe média, e como ricos, estes resolveram o problema se refugiando nas escolas privadas, como se não tivessem relação nenhuma com o problema.
Conclusão: Já passou da hora de pararmos de assistir passíveis este grande velório de nossa política educacional e do futuro de nossa nação. Saída? Deixar de ver educação como mais uma mercadoria.
*Camila Gonçalves De Mario é Cientista Política e Coordenadora do Observatório da Ilegalidade - Grupo Democracia e Cidadania
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para a trabalho.”
Constituição da República Federativa do Brasil, 1988
A educação no Brasil ainda tem jeito? Foi o título do terceiro Fórum da Cidadania, que aconteceu em Campinas no dia 29/10/2008, na Livraria Cultura, promovido pelo Grupo Democracia e Cidadania. Na mesa de debates três professores, Ronaldo Nicolai, professor de matemática com mais de 30 anos de experiência na rede pública, e também professor da rede privada; Reginaldo Meloni, Presidente do SINPRO - Sindicato dos Professores de Campinas, e Jorge Megid Neto, Diretor da Faculdade de Educação da Unicamp, ex-professor de Física do Ensino Médio. Três professores, com diferentes experiências profissionais, mas carregando a mesma angústia: a sociedade precisa saber o que acontece em sala de aula.
Essa foi a tônica de um debate preocupante, preocupante pelo seu tema, pelo seu conteúdo e pela sensação de desalento que provoca naqueles que estão trabalhando em prol do tema e que dedicaram sua vida ao ensino.
Ronaldo começou sua fala com um desabafo: declarou que fugiu do ensino público estadual; continuou afirmando que hoje a nossa escola pública traz duas coisas aos jovens: descrédito e desesperança, e completou: “ A sociedade de uma maneira geral não tem idéia do que acontece na escola pública, o problema é que o aluno pensa que escola é isso que eles conhecem”.
Para nosso desalento deu continuidade a sua fala trazendo alguns dados: pelo menos 1/3 dos professores das escolas públicas faltam todos os dias, no lugar deles quem vai para a sala de aula é o substituto, professor que nem sempre tem a formação necessária para assumir a disciplina, melhor, a aula do professor faltante, ou seja, é comum alguém com formação em português entrar em sala para dar aulas de física, química, matemática...; que ele mesmo conheceu alunos que nunca tiveram aula de física no ensino médio por falta de professor, bem como chegou a ter uma turma de sexta série que não conseguia resolver problemas matemáticos porque não sabiam ler; para completar: para passar de ano o aluno não precisa nem ir à escola, falta caiu de moda.
Reginaldo nos chamou a atenção para o fato de que a falta de qualidade não acontece só nos limites da escola pública, ela também está na rede privada, para ele, há um grande preconceito contra a escola pública no Brasil e que, adotou-se como solução para os problemas enfrentados pela rede pública a escola privada. Portanto, ao invés de cobrar resolução e trabalhar em prol do público, nossa classe média, aqueles que têm poder econômico, optaram a pagar duas vezes por um direito – a educação pública é um direito social universal - e assim garantir uma formação de qualidade aos seus filhos, reforçando o abismo cultural marca de nossa sociedade.
Mas, nas escolas privadas, que pagamos caro, também temos professores mau remunerados, desmotivados e desagregados, que não conseguem se articular de forma organizada com sua categoria. Há escolas que proíbem a presença do sindicato, impedem a sindicalização de seus docentes, sob a ameaça do desemprego; e que, por outro lado, impedem que os alunos se organizem em Grêmios, por exemplo.
Esta escola consegue formar o cidadão? Ensinar não se restringe apenas a transferência de conteúdo aos alunos e preparação para o vestibular, mas também trabalhar a cidadania, a formação, valores morais e éticos que servirão de parâmetro para que cada indivíduo seja capaz de formular opiniões, expressá-las e participar politicamente da vida em sociedade. Esta formação não está ausente só da rede pública, muitas escolas privadas também não estão voltadas para ela.
Mas qual a causa de nossos males? Por um lado, a progressão continuada, apontada por todos os nossos palestrantes; de outro, o subfinanciamento, ou, um gerenciamento inadequado de recursos.
Jorge Megid, colocou que a progressão continuada foi implantada apenas para atender formalmente uma exigência do Banco Mundial que cobrava uma solução para o grande número de repetências, e para a evasão escolar, bem, se muitos repetiam, agora mais ninguém repete, cortou-se literalmente o mal pela raiz. Criamos uma escola na qual o professor está perdendo sua autoridade, onde os alunos sabem que não serão reprovados, e que está desestimulando os dois lados.
Perdeu-se também o rigor com o conteúdo, em uma escola que se justifica afirmando que sua proposta não é preparar alunos para o vestibular, mas que também acaba não preparando para o mercado de trabalho e para a vida.
Quanto ao financiamento é consenso que o dinheiro que está sendo aplicado não é suficiente, além de muitas vezes ser mau gasto: compram-se equipamentos sem previsões de manutenção, quando estes ficam ociosos, ou precisam de reparos, ficam parados porque falta dinheiro e/ou agilidade na gestão administrativa; compram-se livros didáticos em números enormes a um preço extremamente alto, principalmente, se levarmos em consideração a quantidade adquirida; já o professor ganha pouco, assume aulas demais, não tem tempo para se dedicar a preparação de aulas e não consegue se manter atualizado.
A mesa citou vários exemplos de mudanças na política que foram feitas apenas para atender uma exigência externa ou uma nova lei - da pior maneira possível - o mais recente é o “jeitinho” que o atual Governo do Estado de São Paulo encontrou para atender uma lei federal que estabelece que o professor deve ter 1/3 de sua carga horária para preparar aula. O governo somou todos os momentos durante um dia de aula em que o professor não está em sala de aula, como, a troca de salas entre uma aula e outra, e o período de intervalo concedido - a alunos e professores – e, cumpriu a lei, justificando que esse tempo fora de sala representa 1/3 da jornada do professor.
Porque o aluno está violento? Porque o professor está apático? Porque a sociedade não se manifesta?
Algumas pistas: o aluno está sendo profundamente desrespeitado por uma escola que não cumpre sua função; o professor está desmobilizado e insuficientemente organizado enquanto categoria, além de estar criando mecanismos de resistência para continuar sobrevivendo a um cotidiano doente, e para se convencer de que a mudança está além de sua capacidade de atuação; a sociedade, bem, quanto aos mais pobres poderíamos dizer que não têm parâmetros e capital cultural suficiente para avaliar a escola que lhes está sendo oferecida, mais, há uma preocupação muito grande em manter crianças e jovens fora das ruas, ocupados, em um lugar que possa cuidar deles enquanto seus pais estão trabalhando, é com esse intuito que muitas mães procuram as creches, não por acreditarem que a educação infantil de fato fará a diferença na formação de seus filhos. Quanto aqueles que poderíamos classificar como pertencentes à nossa classe média, e como ricos, estes resolveram o problema se refugiando nas escolas privadas, como se não tivessem relação nenhuma com o problema.
Conclusão: Já passou da hora de pararmos de assistir passíveis este grande velório de nossa política educacional e do futuro de nossa nação. Saída? Deixar de ver educação como mais uma mercadoria.
*Camila Gonçalves De Mario é Cientista Política e Coordenadora do Observatório da Ilegalidade - Grupo Democracia e Cidadania
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Professor, Esse Desvalorizado
"Mais de 80% dos professores se sentem desvalorizados pela sociedade, segundo informou a Agência Brasil. Ao todo 75% dos docentes acham que a administração do colégio ou da secretaria de educação de sua cidade não reconhecem a importância da categoria. A constatação é da pesquisa “A qualidade da educação sob o olhar do professor”, da Fundação SM e da Organização dos Estados Ibero-americanos. Mais de 8 mil professores em 19 estados participaram do estudo. “A falta de perspectiva de bons salários ou de uma carreira, leva a um processo de desvalorização. Os jovens não procuram o magistério o que cria um efeito dominó”, diz o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão".
Não é de hoje que os professores se queixam da falta de valorização do magistério. Muitas secretarias estaduais e municipais de educação não possuem plano de carreira, pagam baixos salários e mantém escolas em deplorável situação, num atestado eloquente do quanto consideram a educação sem importância.
Contou-nos uma professora que procurou, junto com outras professoras, um vereador de sua cidade para solicitar apoio a um projeto sócio-educativo. O vereador, quando soube tratar-se de um projeto de educação, foi enfático: "Se soubesse que era isso não tinha perdido meu tempo, isso não dá voto, o que dá voto é fazer uma praça, asfaltar uma rua".
Os governantes precisam se preocupar com o alto índice de insatisfação dos professores e entender a importância do professor e da escola no processo de formação das crianças e jovens. Está em jogo a formação intelectual e emocional de toda uma geração, pois o conhecimento científico só pode ser adquirido com estudo metódico, o que só a escola proporciona, e escola sem professor não existe. E que adianta ter escola com professor desmotivado, se sentindo o último dos seres da sociedade?
A reforma da praça, o asfaltamento da rua, a poda da árvore, a canalização de água, a construção de uma passarela dão voto porque aparecem, todo mundo vê e são lugares em que se pode estender uma faixa eleitoreira, mas nada disso dá conhecimento, faz pensar, nem gera crescimento humano. É mais uma obra. É mais uma fachada bonita. E só. O eleitor vai continuar inculto, analfabeto funcional, com pouca escolaridade. Infelizmente é exatamente o que os políticos querem, pois isso facilita a manipulação do voto.
E o professor? Bem, ele que se valorize, que tire do fundo de sua alma o amor à educação, superando os problemas. Felizmente a maioria faz exatamente isso, principalmente na educação básica. Mas não é o que deve acontecer. Países com alto índice de desenvolvimento humano (IDH) tem na educação a sua prioridade, e o professor é muito valorizado, recebendo ampla e profunda capacitação.
Bons exemplos não faltam. O que está faltando para sensibilizar os administradores públicos e os donos de escolas?
Vamos responder essa questão? Aguardo o seu pronunciamento para continuar a abordagem.
Não é de hoje que os professores se queixam da falta de valorização do magistério. Muitas secretarias estaduais e municipais de educação não possuem plano de carreira, pagam baixos salários e mantém escolas em deplorável situação, num atestado eloquente do quanto consideram a educação sem importância.
Contou-nos uma professora que procurou, junto com outras professoras, um vereador de sua cidade para solicitar apoio a um projeto sócio-educativo. O vereador, quando soube tratar-se de um projeto de educação, foi enfático: "Se soubesse que era isso não tinha perdido meu tempo, isso não dá voto, o que dá voto é fazer uma praça, asfaltar uma rua".
Os governantes precisam se preocupar com o alto índice de insatisfação dos professores e entender a importância do professor e da escola no processo de formação das crianças e jovens. Está em jogo a formação intelectual e emocional de toda uma geração, pois o conhecimento científico só pode ser adquirido com estudo metódico, o que só a escola proporciona, e escola sem professor não existe. E que adianta ter escola com professor desmotivado, se sentindo o último dos seres da sociedade?
A reforma da praça, o asfaltamento da rua, a poda da árvore, a canalização de água, a construção de uma passarela dão voto porque aparecem, todo mundo vê e são lugares em que se pode estender uma faixa eleitoreira, mas nada disso dá conhecimento, faz pensar, nem gera crescimento humano. É mais uma obra. É mais uma fachada bonita. E só. O eleitor vai continuar inculto, analfabeto funcional, com pouca escolaridade. Infelizmente é exatamente o que os políticos querem, pois isso facilita a manipulação do voto.
E o professor? Bem, ele que se valorize, que tire do fundo de sua alma o amor à educação, superando os problemas. Felizmente a maioria faz exatamente isso, principalmente na educação básica. Mas não é o que deve acontecer. Países com alto índice de desenvolvimento humano (IDH) tem na educação a sua prioridade, e o professor é muito valorizado, recebendo ampla e profunda capacitação.
Bons exemplos não faltam. O que está faltando para sensibilizar os administradores públicos e os donos de escolas?
Vamos responder essa questão? Aguardo o seu pronunciamento para continuar a abordagem.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Imprevidência e Teimosia no Trânsito
Um olhar sobre o complicado trânsito das metrópoles brasileiras, se quiser ser um olhar mais profundo, não pode deixar de ouvir as histórias dos taxistas, afinal eles vivem o dia-a-dia das ruas e avenidas melhor do qualquer outro motorista. Quem faz esse exercício salutar descobre que muitos nós, muitos engarrafamentos são provocados pela teimosia dos próprios usuários das vias públicas.
Existem passageiros que entram no táxi e sancionam: vamos pela avenida tal e pronto. Nenhum argumento os demove para fazer outro trajeto. E assim as histórias se sucedem, mostrando que muitos acidentes, muitas confusões são também provocadas pelos motoristas, como aquele que leva uma fechada, acelera, ultrapassa - normalmente cometendo alguma infração de trânsito -, fecha o outro e ainda sai do carro para tomar satisfações.
E o que dizer daquele motorista que jogou o ônibus para a pista da esquerda, espremeu os carros e parou no sinal em cima da faixa de pedestres e atravessado na rua? E mais: e aquele motorista que acelera tudo o que pode, queima pneus, para logo depois frear bruscamente e passar feito cordeirinho pelo controle de velocidade, o chamado "pardal"?
Em tudo o que ocorre no trânsito vemos a grave questão da educação. Sim educação de motoristas e passageiros para saberem obedecer as leis, as regras, e serem mais civilizados, mais humanos, preocupando-se com a sua vida e a vida dos outros.
No estágio em que estamos, com tantos maus exemplos, a fiscalização rigorosa é necessária, e aqui encontramos grave omissão dos responsáveis. Quantas vezes não flagramos guardas fazendo "vista grossa" para as infrações cometidas pelos motoristas?
Enquanto somarmos imprevidência, teimosia, desrespeito e invigilância, os resultados não poderão ser diferentes daqueles que temos assistido nos últimos anos.
As autoridades públicas devem investir na prevenção, o que só pode ser feito com a soma de outros fatores: campanha publicitária permanente + educação para o trânsito nas escolas + fiscalização rigorosa. O custo será muito menor do que os gastos que temos hoje. A prevenção é sempre mais barata e, com o tempo, diminui os gastos com a saúde pública, com os serviços de emergência e tudo o mais ligado a acidentes, feridos e mortos no trânsito.
Se tivermos boa vontade dá para fazer. O que vale mais: a vida humana ou a lágrima da dor?
Pensemos nisso!
Existem passageiros que entram no táxi e sancionam: vamos pela avenida tal e pronto. Nenhum argumento os demove para fazer outro trajeto. E assim as histórias se sucedem, mostrando que muitos acidentes, muitas confusões são também provocadas pelos motoristas, como aquele que leva uma fechada, acelera, ultrapassa - normalmente cometendo alguma infração de trânsito -, fecha o outro e ainda sai do carro para tomar satisfações.
E o que dizer daquele motorista que jogou o ônibus para a pista da esquerda, espremeu os carros e parou no sinal em cima da faixa de pedestres e atravessado na rua? E mais: e aquele motorista que acelera tudo o que pode, queima pneus, para logo depois frear bruscamente e passar feito cordeirinho pelo controle de velocidade, o chamado "pardal"?
Em tudo o que ocorre no trânsito vemos a grave questão da educação. Sim educação de motoristas e passageiros para saberem obedecer as leis, as regras, e serem mais civilizados, mais humanos, preocupando-se com a sua vida e a vida dos outros.
No estágio em que estamos, com tantos maus exemplos, a fiscalização rigorosa é necessária, e aqui encontramos grave omissão dos responsáveis. Quantas vezes não flagramos guardas fazendo "vista grossa" para as infrações cometidas pelos motoristas?
Enquanto somarmos imprevidência, teimosia, desrespeito e invigilância, os resultados não poderão ser diferentes daqueles que temos assistido nos últimos anos.
As autoridades públicas devem investir na prevenção, o que só pode ser feito com a soma de outros fatores: campanha publicitária permanente + educação para o trânsito nas escolas + fiscalização rigorosa. O custo será muito menor do que os gastos que temos hoje. A prevenção é sempre mais barata e, com o tempo, diminui os gastos com a saúde pública, com os serviços de emergência e tudo o mais ligado a acidentes, feridos e mortos no trânsito.
Se tivermos boa vontade dá para fazer. O que vale mais: a vida humana ou a lágrima da dor?
Pensemos nisso!
sábado, 1 de novembro de 2008
A Soma dos Talentos
É sempre bom lermos textos inteligentes, reflexivos e que provocam mudança de comportamentos e atitudes. É o caso do texto do padre e escritor francês Michel Quoist (1921-) com o título "A Soma dos Talentos" e que reproduzimos:
"Se a nota dissesse: "Não é uma nota que faz uma música" ... não haveria sinfonia.
Se a palavra dissesse: "Não é uma palavra que pode fazer uma página" ... não haveria livro.
Se o tijolo dissesse: "Não é um tijolo que pode montar uma parede" ... não haveria casa.
Se a gota dissesse: "Não é uma gota que pode fazer um rio" ... não haveria oceano.
Se o grão de trigo dissesse: "Não é um grão de trigo que pode semear um campo" ... mão haveria colheita.
Se o homem dissesse: "Não é um gesto de amor que pode salvar a humanidade" ... jamais haveria justiça e paz, dignidade e felicidade na terra dos homens.
Como a sinfonia precisa de cada nota.
Como o livro precisa de cada palavra.
Como a casa precisa de cada tijolo.
Como o oceano precisa de cada gota de água.
Como a colheita precisa de cada grão de trigo.
A humanidade inteira precisa de ti, pois onde estiveres, és único e, portanto, insubstituível."
"Se a nota dissesse: "Não é uma nota que faz uma música" ... não haveria sinfonia.
Se a palavra dissesse: "Não é uma palavra que pode fazer uma página" ... não haveria livro.
Se o tijolo dissesse: "Não é um tijolo que pode montar uma parede" ... não haveria casa.
Se a gota dissesse: "Não é uma gota que pode fazer um rio" ... não haveria oceano.
Se o grão de trigo dissesse: "Não é um grão de trigo que pode semear um campo" ... mão haveria colheita.
Se o homem dissesse: "Não é um gesto de amor que pode salvar a humanidade" ... jamais haveria justiça e paz, dignidade e felicidade na terra dos homens.
Como a sinfonia precisa de cada nota.
Como o livro precisa de cada palavra.
Como a casa precisa de cada tijolo.
Como o oceano precisa de cada gota de água.
Como a colheita precisa de cada grão de trigo.
A humanidade inteira precisa de ti, pois onde estiveres, és único e, portanto, insubstituível."
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Professora Surda Dá Exemplo
É importante destacarmos as coisas boas do ensino, trazendo exemplos que alimentam o coração e dão certeza que, com amor, a educação dá bons resultados. É o caso que a mídia divulgou nos últimos dias e que reproduzimos abaixo.
"O trabalho da professora Maria da Conceição Souza Lima seria como o de uma outra docente dedicada, exceto pelo fato de ela ter superado um obstáculo pessoal. Há 25 anos com aulas na rede estadual de Minas Gerais, na cidade de Santa Luzia, Maria da Conceição possui deficiência auditiva e conquistou a admiração dos estudantes.
“No início as pessoas achavam estranho uma professora surda conseguir dar aula, mas eu dizia: ‘Confiem em mim, como eu confio em vocês. Sei que vocês vão conseguir, e eu também’”, conta. “Sou surda, mas eu escuto a turma com o coração.”
A docente trabalha com educação infantil até a quarta-série. Sua estratégia é ler os lábios dos alunos. E como é uma batalhadora, demonstra sua preocupação com os estudantes que tem mais dificuldade.
“Gosto mais de trabalhar com a turminha que precisa mais de um carinho especial para memorizar as letrinhas, números”, diz.
Segundo a professora, o primeiro trabalho que tem na sala de aula é com a auto-estima dos estudantes. “Assim, eles se sentem capazes e pensam: ‘Eu posso, eu vou fazer”, conta."
Precisamos de exemplos dignificantes como o da professora Maria da Conceição. São exemplos que levantam a auto-estima e dão maior dimensão ao ato educativo.
Bem que, contagiadas por esse exemplo, as professoras deste Brasil poderiam trabalhar ainda melhor, qualificando a educação com seu amor e dedicação.
Pensemos nisso!
"O trabalho da professora Maria da Conceição Souza Lima seria como o de uma outra docente dedicada, exceto pelo fato de ela ter superado um obstáculo pessoal. Há 25 anos com aulas na rede estadual de Minas Gerais, na cidade de Santa Luzia, Maria da Conceição possui deficiência auditiva e conquistou a admiração dos estudantes.
“No início as pessoas achavam estranho uma professora surda conseguir dar aula, mas eu dizia: ‘Confiem em mim, como eu confio em vocês. Sei que vocês vão conseguir, e eu também’”, conta. “Sou surda, mas eu escuto a turma com o coração.”
A docente trabalha com educação infantil até a quarta-série. Sua estratégia é ler os lábios dos alunos. E como é uma batalhadora, demonstra sua preocupação com os estudantes que tem mais dificuldade.
“Gosto mais de trabalhar com a turminha que precisa mais de um carinho especial para memorizar as letrinhas, números”, diz.
Segundo a professora, o primeiro trabalho que tem na sala de aula é com a auto-estima dos estudantes. “Assim, eles se sentem capazes e pensam: ‘Eu posso, eu vou fazer”, conta."
Precisamos de exemplos dignificantes como o da professora Maria da Conceição. São exemplos que levantam a auto-estima e dão maior dimensão ao ato educativo.
Bem que, contagiadas por esse exemplo, as professoras deste Brasil poderiam trabalhar ainda melhor, qualificando a educação com seu amor e dedicação.
Pensemos nisso!
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Que Professor é Esse?
De Ceilândia, Distrito Federal, chega notícia do suposto incitamento à agressão contra um aluno feita por uma professora. O caso está sob investigação, mas o depoimento das crianças, na faixa etária de 5 anos, revela que a professora teria castigado o aluno segurando seus braços para trás e pedindo para as demais crianças darem tapas em seu rosto. Não estamos aqui para fazer julgamento, mas para fazer um questionamento: que formação estamos dando para os nossos professores?
A revista Nova Escola deste mês de outubro traz como reportagem de capa a matéria "Efeito dominó: por que cursos de pedagogia ruins formam professores despreparados para ensinar os alunos", com revelações muito importantes e que explicam, pelo menos em parte, as aberrações encontradas nas salas de aula das escolas.
Apesar do Ministério da Educação (MEC) incluir nas ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) - aliás são 47 ações - a criação do Sistema Nacional de Formação de Professores, inclusive já colocando em prática a Universidade Aberta do Brasil, ofertando, em parceria com as universidades federais, o ensino a distância, a situação ainda vai de mal a pior com o professorado da educação básica, que inclui da creche até o ensino médio.
Os depoimentos das professoras recém-formadas em faculdades de pedagogia entrevistadas na reportagem são reveladores:
"Não aprendi os conteúdos de matemática nem como alfabetizar".
"Ao longo do curso, tive pouquíssimas aulas sobre educação infantil".
"A escola que encontrei não me foi apresentada durante a faculdade".
Contundentes também são os depoimentos das professoras que estão fazendo cursos de capacitação oferecidos pelas secretarias de educação:
"Fiz vários cursos teóricos que não tinham nenhuma relação com a sala de aula".
"É difícil aprofundar as discussões se a formação reúne públicos diferentes".
Temos no país aproximadamente 1.562 cursos superiores de formação de professores com 281 mil alunos, sendo que 24% deles formam a classe dos desistentes (evasão). 49% dos formandos avaliam que o curso não os preparou para a realidade da sala de aula, o que é um índice assustador.
Em pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas junto a esses cursos superiores constatou-se que as faculdades de pedagogia dão pouco valor à prática e às modalidades de ensino; não há clareza sobre os conhecimentos básicos para a formação do professor; os estágios são apenas para observação e sem orientação adequada; a palavra "escola" quase não aparece nos currículos e, para agravar, os concursos públicos para o magistério pouco testam o "quê" e "como" ensinar.
Tudo isso com relação ao conhecimento científico da educação e sua prática pedagógica. Devo falar alguma coisa com relação à preparação humana, emocional, psicológica do professor?
É bom pensarmos seriamente sobre tudo isso e refazermos o caminho da educação, porque outras notícias vão invadir a mídia, e não serão nada agradáveis.
A revista Nova Escola deste mês de outubro traz como reportagem de capa a matéria "Efeito dominó: por que cursos de pedagogia ruins formam professores despreparados para ensinar os alunos", com revelações muito importantes e que explicam, pelo menos em parte, as aberrações encontradas nas salas de aula das escolas.
Apesar do Ministério da Educação (MEC) incluir nas ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) - aliás são 47 ações - a criação do Sistema Nacional de Formação de Professores, inclusive já colocando em prática a Universidade Aberta do Brasil, ofertando, em parceria com as universidades federais, o ensino a distância, a situação ainda vai de mal a pior com o professorado da educação básica, que inclui da creche até o ensino médio.
Os depoimentos das professoras recém-formadas em faculdades de pedagogia entrevistadas na reportagem são reveladores:
"Não aprendi os conteúdos de matemática nem como alfabetizar".
"Ao longo do curso, tive pouquíssimas aulas sobre educação infantil".
"A escola que encontrei não me foi apresentada durante a faculdade".
Contundentes também são os depoimentos das professoras que estão fazendo cursos de capacitação oferecidos pelas secretarias de educação:
"Fiz vários cursos teóricos que não tinham nenhuma relação com a sala de aula".
"É difícil aprofundar as discussões se a formação reúne públicos diferentes".
Temos no país aproximadamente 1.562 cursos superiores de formação de professores com 281 mil alunos, sendo que 24% deles formam a classe dos desistentes (evasão). 49% dos formandos avaliam que o curso não os preparou para a realidade da sala de aula, o que é um índice assustador.
Em pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas junto a esses cursos superiores constatou-se que as faculdades de pedagogia dão pouco valor à prática e às modalidades de ensino; não há clareza sobre os conhecimentos básicos para a formação do professor; os estágios são apenas para observação e sem orientação adequada; a palavra "escola" quase não aparece nos currículos e, para agravar, os concursos públicos para o magistério pouco testam o "quê" e "como" ensinar.
Tudo isso com relação ao conhecimento científico da educação e sua prática pedagógica. Devo falar alguma coisa com relação à preparação humana, emocional, psicológica do professor?
É bom pensarmos seriamente sobre tudo isso e refazermos o caminho da educação, porque outras notícias vão invadir a mídia, e não serão nada agradáveis.
Deficiências
Para nossa reflexão, aqui está um excelente texto do poeta Mário Quintana (1906-1994):
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão, pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
* * * * * *
Pensemos nisso!
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão, pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
* * * * * *
Pensemos nisso!
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
O Fio Separador
Aproximadamente 1 milhão de pessoas, o que equivale a quase 20% da população com idade para exercer o voto, não compareceu às urnas no pleito eleitoral municipal deste domingo, que escolheu o novo prefeito para a cidade do Rio de Janeiro. Preferiram curtir a praia, a região dos lagos, Angra dos Reis ou a região serrana. Com um calor abrasador em torno dos 40 graus, o carioca resolveu deixar de lado a eleição, afinal, pensam muitos, tanto faz como tanto fez quem vai ser o prefeito. É o contingente dos indiferentes, um dos piores contingentes da população, pois o indiferente é aquele que, depois, vai perturbar a administração pública exigindo os seus "direitos".
E perguntamos: onde o fio separador da indiferença para o egoísmo?
Esse fio, se existe, é tão tênue, quase imperceptível, que descobrimos que o indiferente é quase sempre um egoísta, só pensa em si mesmo, jogando a responsabilidade em ombros alheios, para depois se entronizar num crítico contumaz, mas sem deixar de levar vantagem onde e como puder.
Muito triste o que assistimos, vendo a população se ausentar da votação e se isentar de qualquer responsabilidade sobre o candidato escolhido. E depois ficamos a reclamar da democracia...
Também impressionou a insistência dos militantes partidários em desobedecer a lei eleitoral e insistir na boca de urna e distribuição de folhetos, como já havia acontecido no primeiro turno. Pode-se alegar que desta feita esses fatos foram em menor escala, mas voltaram a acontecer, o que é igualmente lamentável, demonstração inquestionável de falta de ética, respeito ao outro e obediência às regras constituídas.
Esperamos que a população carioca se revista de maior responsabilidade, pois somente pode exigir seus direitos quem cumpre com seus deveres.
A desculpa de não ter preferência por qualquer dos candidatos, ou ter se ausentado como forma de protesto por não querer nenhum dos candidatos, não "cola", não justifica. O que queremos ou não deve ser demonstrado no exercício do voto, que permite a escolha de um candidato, o voto em branco ou a anulação do voto, e aí ficaríamos sabendo o que pensa e quer o eleitor carioca. Mas, se ele se ausenta, como saber sua opinião?
E você, leitor, qual é sua opinião sobre o assunto? Faça seu comentário.
E pensemos, muito, nisso!
E perguntamos: onde o fio separador da indiferença para o egoísmo?
Esse fio, se existe, é tão tênue, quase imperceptível, que descobrimos que o indiferente é quase sempre um egoísta, só pensa em si mesmo, jogando a responsabilidade em ombros alheios, para depois se entronizar num crítico contumaz, mas sem deixar de levar vantagem onde e como puder.
Muito triste o que assistimos, vendo a população se ausentar da votação e se isentar de qualquer responsabilidade sobre o candidato escolhido. E depois ficamos a reclamar da democracia...
Também impressionou a insistência dos militantes partidários em desobedecer a lei eleitoral e insistir na boca de urna e distribuição de folhetos, como já havia acontecido no primeiro turno. Pode-se alegar que desta feita esses fatos foram em menor escala, mas voltaram a acontecer, o que é igualmente lamentável, demonstração inquestionável de falta de ética, respeito ao outro e obediência às regras constituídas.
Esperamos que a população carioca se revista de maior responsabilidade, pois somente pode exigir seus direitos quem cumpre com seus deveres.
A desculpa de não ter preferência por qualquer dos candidatos, ou ter se ausentado como forma de protesto por não querer nenhum dos candidatos, não "cola", não justifica. O que queremos ou não deve ser demonstrado no exercício do voto, que permite a escolha de um candidato, o voto em branco ou a anulação do voto, e aí ficaríamos sabendo o que pensa e quer o eleitor carioca. Mas, se ele se ausenta, como saber sua opinião?
E você, leitor, qual é sua opinião sobre o assunto? Faça seu comentário.
E pensemos, muito, nisso!
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Revista do Educador na Internet
Hoje fazemos uma divulgação especialíssima e muito importante. O Instituo Brasileiro de Educação Moral colocou no ar a edição eletrônica da Revista ReConstruir, a revista do educador, pondo à disposição dos internautas do Brasil e do mundo amplo conteúdo educacional em reportagens, entrevistas, artigos, vida e obra de educadores, contos, experiências escolares, atividades educacionais, gestão, família e muito mais.
Por enquanto a edição será mensal, mas há planos futuros de torná-la quinzenal, permitindo que o público se deleite com os artigos dos educadores Ronaldo Gomes, Nadja do Couto Valle, Bruno Zaminsky, Fátima Moura e este que escreve, Marcus De Mario, além, é claro, de todo o conteúdo.
O endereço para acessar a Revista ReConstruir é www.educacaomoral.org.br/reconstruir.
O Instituto Brasileiro de Educação Moral, ou IBEM, como é conhecido, é uma organização educacional não governamental que se dedica à formação de educadores através de um projeto de educação moral, tendo desenvolvido a Pedagogia da Sensibilidade. O Instituto promove palestras, seminários, oficinas de vivências, totalmente gratuitos, para escolas e secretarias de educação de todo o país.
Igualmente o IBEM desenvolve a Educação a Distância (EAD), possibilitando que educadores e interessados tenham uma formação sólida através da internet.
Voltando a falar da revista, a ReConstruir existe no papel há oito anos, tendo 66 edições impressas, mas face ao alto custo de impressão e distribuição, o Instituto resolveu substituir a edição impressa pela edição eletrônica, o que vai facilitar o alcance e o intercâmbio com educadores de todos os lugares.
Não é necessário fazer cadastro para acessar a revista, nem pagar qualquer taxa. O conteúdo é livre e o internauta pode interagir com a equipe de redação.
Então, aqui está o convite. Acesse a ReConstruir e conheça novas idéias e novas ações para melhor educar.
Por enquanto a edição será mensal, mas há planos futuros de torná-la quinzenal, permitindo que o público se deleite com os artigos dos educadores Ronaldo Gomes, Nadja do Couto Valle, Bruno Zaminsky, Fátima Moura e este que escreve, Marcus De Mario, além, é claro, de todo o conteúdo.
O endereço para acessar a Revista ReConstruir é www.educacaomoral.org.br/reconstruir.
O Instituto Brasileiro de Educação Moral, ou IBEM, como é conhecido, é uma organização educacional não governamental que se dedica à formação de educadores através de um projeto de educação moral, tendo desenvolvido a Pedagogia da Sensibilidade. O Instituto promove palestras, seminários, oficinas de vivências, totalmente gratuitos, para escolas e secretarias de educação de todo o país.
Igualmente o IBEM desenvolve a Educação a Distância (EAD), possibilitando que educadores e interessados tenham uma formação sólida através da internet.
Voltando a falar da revista, a ReConstruir existe no papel há oito anos, tendo 66 edições impressas, mas face ao alto custo de impressão e distribuição, o Instituto resolveu substituir a edição impressa pela edição eletrônica, o que vai facilitar o alcance e o intercâmbio com educadores de todos os lugares.
Não é necessário fazer cadastro para acessar a revista, nem pagar qualquer taxa. O conteúdo é livre e o internauta pode interagir com a equipe de redação.
Então, aqui está o convite. Acesse a ReConstruir e conheça novas idéias e novas ações para melhor educar.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Luta sem Vencedores
Estamos assistindo nos últimos tempos uma luta entre a escola e a família, na figura dos professores contra os alunos e dos alunos contra os professores. São mães que batem em professoras na saída da escola; são alunos que "aprontam" mil coisas contra os professores; são professores que agridem alunos; e, para bem azeitar essa luta insana, lemos agora a seguinte notícia:
"Uma aluna de Campinas, a 93 quilômetros de São Paulo, foi parar na cadeia por ter chutado a porta da escola. Ela havia sido impedida de entrar porque estava atrasada. O caso aconteceu na noite da terça-feira (21). Uma placa de isopor foi usada para fechar o buraco aberto com o chute. A direção da escola chamou a ronda escolar e a estudante de 23 anos foi presa. Ela ficou numa cela com outras 40 mulheres. A capacidade da cadeia é para 36 presas. A Secretaria Estadual de Educação tentou retirar a queixa, mas como o crime contra patrimônio público não requer a sustentação de uma denúncia o processo vai continuar. A estudante foi solta na noite da quarta-feira (22) e vai responder pelo crime em liberdade. A pena prevista para o crime contra patrimônio público é de seis meses a três anos de prisão, além de pagamento de multa".
Um chute na porta da escola não acontece apenas porque a porta estava fechada, há um histórico causal, tanto da parte da aluna como de parte da escola. E a porta deveria estar fechada? Não seria melhor haver controle, sabendo o aluno que após o horário estabelecido receberá uma advertência? Estamos diante de um grave problema: a escola nõa sabe acolher o aluno, e este, por não ser bem acolhido, revida com agressividade. Mas dirá a direção escolar que fecha a porta da escola porque os alunos são indisciplinados e rebeldes, tentando, com essa medida, forçar os alunos a respeitarem o horário. Não adianta, medida coercitiva sempre gera reação desfavorável.
Lembro que a escola é criação do homem para ser instituto sócio-educativo das crianças e jovens. Socializar e educar são finalidades da escola. Disciplinar e instruir fazem parte dos seus objetivos, mas não podem assumir o lugar das finalidades. É o que temos assistido, objetivos substituindo finalidades, com professores centrados unicamente no processo ensino-aprendizagem, e direção escolar focada na disciplina a qualquer custo.
Se a escola não é lugar acolhedor, e uma indisciplina gera ação policial, e não uma ação educadora, está mais do que na hora de revermos o que estamos fazendo "da" escola e o que estamos fazendo "na" escola.
E, para agravar a discussão, a estudante da reportagem foi trancafiada como presa comum na delegacia. O crime? Um chute na porta da escola.
Pensemos nisso!
"Uma aluna de Campinas, a 93 quilômetros de São Paulo, foi parar na cadeia por ter chutado a porta da escola. Ela havia sido impedida de entrar porque estava atrasada. O caso aconteceu na noite da terça-feira (21). Uma placa de isopor foi usada para fechar o buraco aberto com o chute. A direção da escola chamou a ronda escolar e a estudante de 23 anos foi presa. Ela ficou numa cela com outras 40 mulheres. A capacidade da cadeia é para 36 presas. A Secretaria Estadual de Educação tentou retirar a queixa, mas como o crime contra patrimônio público não requer a sustentação de uma denúncia o processo vai continuar. A estudante foi solta na noite da quarta-feira (22) e vai responder pelo crime em liberdade. A pena prevista para o crime contra patrimônio público é de seis meses a três anos de prisão, além de pagamento de multa".
Um chute na porta da escola não acontece apenas porque a porta estava fechada, há um histórico causal, tanto da parte da aluna como de parte da escola. E a porta deveria estar fechada? Não seria melhor haver controle, sabendo o aluno que após o horário estabelecido receberá uma advertência? Estamos diante de um grave problema: a escola nõa sabe acolher o aluno, e este, por não ser bem acolhido, revida com agressividade. Mas dirá a direção escolar que fecha a porta da escola porque os alunos são indisciplinados e rebeldes, tentando, com essa medida, forçar os alunos a respeitarem o horário. Não adianta, medida coercitiva sempre gera reação desfavorável.
Lembro que a escola é criação do homem para ser instituto sócio-educativo das crianças e jovens. Socializar e educar são finalidades da escola. Disciplinar e instruir fazem parte dos seus objetivos, mas não podem assumir o lugar das finalidades. É o que temos assistido, objetivos substituindo finalidades, com professores centrados unicamente no processo ensino-aprendizagem, e direção escolar focada na disciplina a qualquer custo.
Se a escola não é lugar acolhedor, e uma indisciplina gera ação policial, e não uma ação educadora, está mais do que na hora de revermos o que estamos fazendo "da" escola e o que estamos fazendo "na" escola.
E, para agravar a discussão, a estudante da reportagem foi trancafiada como presa comum na delegacia. O crime? Um chute na porta da escola.
Pensemos nisso!
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Debate sobre Educação
Como já tivemos oportunidade de escrever neste Blog, no próximo dia 29 de outubro, às 19 horas, acontece na cidade de Campinas, SP, o 3º Fórum da Cidadania, desta vez com o tema "Fala sério: o encino brazileiro ainda tem geito?" (a grafia é essa mesma).
O Fórum é organizado pelo Grupo Democracia e Cidadania, com o apoio da Livraria Cultura e da Carta Capital, e ocupará o Auditório da Livraria Cultura no Shopping Iguatemi Campinas.
A proposta do fórum é "realizar um debate sobre a qualidade de nosso ensino público e o papel do professor. Estamos vivenciando ultimamente em nossas escolas um preocupante aumento da violência entre alunos, e entre estes e seus professores, que tem raiz em questões referentes a qualidade do ensino oferecido, processo que perpassa a infra estrutura de nossas escolas, a formação e valorização de nossos professores e a relação entre escola e comunidade. Uma de nossas grandes preocupações foi por muito tempo garantir o acesso de nossas crianças à escola, hoje a questão que se coloca é que escola é essa que estamos oferecendo a elas. Temos um número cada vez maior de alunos que não sabem ler e escrever apesar de estarem em sala de aula; especialmente no estado de São Paulo, este fenômeno veio à tona concomitante à implementação da progressão continuada. Soma-se a este fato a perda de credibilidade do professor em sala de aula e perante a sociedade, sua figura não inspira mais respeito e nem admiração. Por que o aluno se dedicaria à aprendizagem do conteúdo transmitido em sala de aula se estará aprovado mesmo que não o faça?"
Aos debatedores Ronaldo Nicolai (professor de matemática do Colégio Progresso Campinas), Jorge Megid Neto (professor da área de ensino de ciência da Faculdade de Educação da UNICAMP e diretor da Faculdade de Educação da UNICAMP) e Reginaldo Alberto Meloni (presidente do SinPro - Sindicato dos Professores de Campinas e professor de química do Colégio Evolução), serão propostas as seguintes questões:
1 – O professor se tornou um bedel em sala de aula?
2 – A que serve a escola pública que temos hoje?
3 – Democratizar o acesso implica em queda de qualidade?
4 – Por que a sociedade não se mobiliza – ou pouco se mobiliza – em favor da qualidade do ensino e do resgate do papel do professor?
Como reflexão para o fórum precisamos pensar profundamente sobre o que disse Kant:
"É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas idéias".
Pensemos nisso!
O Fórum é organizado pelo Grupo Democracia e Cidadania, com o apoio da Livraria Cultura e da Carta Capital, e ocupará o Auditório da Livraria Cultura no Shopping Iguatemi Campinas.
A proposta do fórum é "realizar um debate sobre a qualidade de nosso ensino público e o papel do professor. Estamos vivenciando ultimamente em nossas escolas um preocupante aumento da violência entre alunos, e entre estes e seus professores, que tem raiz em questões referentes a qualidade do ensino oferecido, processo que perpassa a infra estrutura de nossas escolas, a formação e valorização de nossos professores e a relação entre escola e comunidade. Uma de nossas grandes preocupações foi por muito tempo garantir o acesso de nossas crianças à escola, hoje a questão que se coloca é que escola é essa que estamos oferecendo a elas. Temos um número cada vez maior de alunos que não sabem ler e escrever apesar de estarem em sala de aula; especialmente no estado de São Paulo, este fenômeno veio à tona concomitante à implementação da progressão continuada. Soma-se a este fato a perda de credibilidade do professor em sala de aula e perante a sociedade, sua figura não inspira mais respeito e nem admiração. Por que o aluno se dedicaria à aprendizagem do conteúdo transmitido em sala de aula se estará aprovado mesmo que não o faça?"
Aos debatedores Ronaldo Nicolai (professor de matemática do Colégio Progresso Campinas), Jorge Megid Neto (professor da área de ensino de ciência da Faculdade de Educação da UNICAMP e diretor da Faculdade de Educação da UNICAMP) e Reginaldo Alberto Meloni (presidente do SinPro - Sindicato dos Professores de Campinas e professor de química do Colégio Evolução), serão propostas as seguintes questões:
1 – O professor se tornou um bedel em sala de aula?
2 – A que serve a escola pública que temos hoje?
3 – Democratizar o acesso implica em queda de qualidade?
4 – Por que a sociedade não se mobiliza – ou pouco se mobiliza – em favor da qualidade do ensino e do resgate do papel do professor?
Como reflexão para o fórum precisamos pensar profundamente sobre o que disse Kant:
"É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas idéias".
Pensemos nisso!
terça-feira, 21 de outubro de 2008
É Permitido Abandonar os Filhos
Transcrevo, para nossa reflexão, notícia vinda da BBC News e publicada pelo portal G1:
"Parlamentares do Estado americano de Nebraska concordaram em mudar uma lei polêmica que permite que pais deixem seus filhos em hospitais e estações de polícia sem serem processados por abandono de menores. A lei permite que os pais abandonem crianças e adolescentes de até 18 anos. Ela foi introduzida em julho para tentar evitar que bebês, crianças e adolescentes fossem deixados em locais perigosos. Desde sua introdução, pelo menos 18 crianças com idades entre 22 meses e 17 anos foram deixadas nos hospitais e estações de polícia do Estado. Em dois casos, os pais saíram dos Estados de Iowa e Michigan para abandonar os filhos em Nebraska. Agora, o governador de Nebraska, Dave Heineman, diz que a legislação precisa se concentrar na proteção de crianças. Ele e a maioria dos deputados da Assembléia Legislativa do Estado concordaram em mudar a lei - ela permitirá apenas o abandono de bebês de até três dias. Com a mudança, Nebraska passará a ter uma legislação semelhante a de outros Estados americanos. A mudança entrará em vigor a partir de janeiro do ano que vem".
Consertar um erro com outro erro é ainda comum no homem. Não queremos que crianças e jovens sejam abandonadas em lixeiras, portas de igrejas e outros locais não muito apropriados, que colocariam em risco a vida, então fazemos uma lei para dizer: "você que não pode sustentar um filho, você que não aguenta mais seu filho, você que quer ter liberdade, agora você pode abandonar seu filho sem infringir a lei, desde que o coloque num lugar seguro, a porta de um hospital ou de uma delegacia de polícia, e tudo bem".
Tudo bem? O que estamos fazendo com a vida humana? O que estamos fazendo de nós mesmos? Onde está o sentimento? Onde fica a sensibilidade? E o afeto, o carinho, os sonhos? E o direito à vida?
Estamos insensíveis e egoístas, pensando somente no que é melhor para nós. Estamos embrutecidos por uma vida selvagem da luta pela sobrevivência, dos gozos dos prazeres sexuais e materiais.
O homem necessita aprender a se colocar no lugar do outro. E se tivesse acontecido comigo? "Não sei quem são meus pais e nunca tive carinho de avós, pois fui abandonado com dois anos de idade, mas não tenho mágoas porque meus pais pensaram em mim e me deixaram na porta de um hospital onde cuidaram de mim, me levaram para a polícia, que me deixou num abrigo de menores, onde cresci e me tornei adulto".
Com a legislação do estado de Nebraska sancionamos a vida individualista. Faço bobagem, engravido, mas não preciso ter receito, a lei me protege, basta abandonar de acordo com as normas da legislação. E se os exames detectam alguma anomalia na formação do bebê, também aqui não há problema, basta abandonar de acordo com a lei. Livramo-nos do problema e podemos seguir em frente, no anonimato.
Entretanto, nossa consciência nos acompanhará para o resto da vida, vida que dá voltas, muitas vezes nos surpreendendo dolorosamente.
O homem insiste em brincar de Deus, com o agravante de ser imperfeito, e depois se queixa das amarguras e sofrimentos.
Filho é para ser amado, abençoado, protegido, educado. Filho deve fazer parte da nossa vida. Filho não é uma coisa qualquer, um objeto ou um boneco, é gente, é ser humano!
Pensemos nisso!
"Parlamentares do Estado americano de Nebraska concordaram em mudar uma lei polêmica que permite que pais deixem seus filhos em hospitais e estações de polícia sem serem processados por abandono de menores. A lei permite que os pais abandonem crianças e adolescentes de até 18 anos. Ela foi introduzida em julho para tentar evitar que bebês, crianças e adolescentes fossem deixados em locais perigosos. Desde sua introdução, pelo menos 18 crianças com idades entre 22 meses e 17 anos foram deixadas nos hospitais e estações de polícia do Estado. Em dois casos, os pais saíram dos Estados de Iowa e Michigan para abandonar os filhos em Nebraska. Agora, o governador de Nebraska, Dave Heineman, diz que a legislação precisa se concentrar na proteção de crianças. Ele e a maioria dos deputados da Assembléia Legislativa do Estado concordaram em mudar a lei - ela permitirá apenas o abandono de bebês de até três dias. Com a mudança, Nebraska passará a ter uma legislação semelhante a de outros Estados americanos. A mudança entrará em vigor a partir de janeiro do ano que vem".
Consertar um erro com outro erro é ainda comum no homem. Não queremos que crianças e jovens sejam abandonadas em lixeiras, portas de igrejas e outros locais não muito apropriados, que colocariam em risco a vida, então fazemos uma lei para dizer: "você que não pode sustentar um filho, você que não aguenta mais seu filho, você que quer ter liberdade, agora você pode abandonar seu filho sem infringir a lei, desde que o coloque num lugar seguro, a porta de um hospital ou de uma delegacia de polícia, e tudo bem".
Tudo bem? O que estamos fazendo com a vida humana? O que estamos fazendo de nós mesmos? Onde está o sentimento? Onde fica a sensibilidade? E o afeto, o carinho, os sonhos? E o direito à vida?
Estamos insensíveis e egoístas, pensando somente no que é melhor para nós. Estamos embrutecidos por uma vida selvagem da luta pela sobrevivência, dos gozos dos prazeres sexuais e materiais.
O homem necessita aprender a se colocar no lugar do outro. E se tivesse acontecido comigo? "Não sei quem são meus pais e nunca tive carinho de avós, pois fui abandonado com dois anos de idade, mas não tenho mágoas porque meus pais pensaram em mim e me deixaram na porta de um hospital onde cuidaram de mim, me levaram para a polícia, que me deixou num abrigo de menores, onde cresci e me tornei adulto".
Com a legislação do estado de Nebraska sancionamos a vida individualista. Faço bobagem, engravido, mas não preciso ter receito, a lei me protege, basta abandonar de acordo com as normas da legislação. E se os exames detectam alguma anomalia na formação do bebê, também aqui não há problema, basta abandonar de acordo com a lei. Livramo-nos do problema e podemos seguir em frente, no anonimato.
Entretanto, nossa consciência nos acompanhará para o resto da vida, vida que dá voltas, muitas vezes nos surpreendendo dolorosamente.
O homem insiste em brincar de Deus, com o agravante de ser imperfeito, e depois se queixa das amarguras e sofrimentos.
Filho é para ser amado, abençoado, protegido, educado. Filho deve fazer parte da nossa vida. Filho não é uma coisa qualquer, um objeto ou um boneco, é gente, é ser humano!
Pensemos nisso!
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Reducionismo Perigoso
Assistindo o programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, no dia 19 de outubro, vimos o Dr. Dráuzio Varella apresentar reportagem sobre o crescimento do corpo humano, o amor e a gestação, em sequência a uma série de reportagens sobre o crescimento do corpo humano. O que nos chamou a atenção foi a afirmação categórica que o amor é apenas um sentido ligado ao olfato, feromônios e outros componentes químicos do corpo, ou seja, o amor e o sexo são meramente condicionantes orgânicos. É o pensamento materialista assumido pela ciência com relação ao homem, que, segundo esse pensamento, não passa de um conglomerado de células que dão origem a um complexo organismo vivo que acaba com a morte.
O homem, assim reduzido, tem os instintos, os sentidos, os pensamentos e os sentimentos localizados no cérebro, sendo todos eles apenas produtos neuronais e nada mais. Tanto será assim que, vez ou outra, os cientistas divulgam terem encontrado a sede da fome, do desejo, da fala, do amor, etc, nesta ou naquela região cerebral.
Diante de uma mesma ciência que proclama a expansibilidade contínua do universo; que admite ainda pouco conhecer sobre as partículas subatômicas; que investiga a existência de vida em outros planetas; que não consegue explicar satisfatoriamente diversos fenômenos psíquicos, é contraditória essa redução do homem a um organismo vivo finito, com data marcada para nascer e data marcada para morrer, recusando-se essa ciência a questionar e investigar o antes do nascer e o depois do morrer.
Na verdade, pesquisas científicas a esse respeito existem em abundância, tais como as de Ian Stevenson, Elizabeth Kubler-Ross, Brian Weiss, Karlis Olson, Erlendur Haraldsson, Hemendra Nath Banerjee, Edith Fiore, George W. Meek, Raymon Moody Jr., entre outros, todos doutores ligados a universidades de respeito, com trabalhos publicados após exaustivas e bem documentadas pesquisas, mas que o mundo científico acadêmico insiste em ignorar.
O reducionismo sobre o homem possui consequências nos mais diversos campos da cultura e da educação. Por exemplo, sobre o processo ensino-aprendizagem, insiste-se numa visão mecânica ligada apenas ao desenvolvimento intelectual, reduzindo pesquisas de Piaget e Vigotsky, Goleman e Gardner, entre outros, a um psicologismo neuronal, quando eles vão muito além, redescobrindo a importância do emocional, do afetivo e, porque não dizer, do espiritual no homem.
Debater sem prevenções, propor com a mente aberta todas as possibilidades, é o que deveria fazer a ciência, antes de fechar questão, pois o homem, tendo um psiquismo e um organismo complexos, não pode ser definido levando-se em conta apenas o organismo.
Pensemos nisso!
O homem, assim reduzido, tem os instintos, os sentidos, os pensamentos e os sentimentos localizados no cérebro, sendo todos eles apenas produtos neuronais e nada mais. Tanto será assim que, vez ou outra, os cientistas divulgam terem encontrado a sede da fome, do desejo, da fala, do amor, etc, nesta ou naquela região cerebral.
Diante de uma mesma ciência que proclama a expansibilidade contínua do universo; que admite ainda pouco conhecer sobre as partículas subatômicas; que investiga a existência de vida em outros planetas; que não consegue explicar satisfatoriamente diversos fenômenos psíquicos, é contraditória essa redução do homem a um organismo vivo finito, com data marcada para nascer e data marcada para morrer, recusando-se essa ciência a questionar e investigar o antes do nascer e o depois do morrer.
Na verdade, pesquisas científicas a esse respeito existem em abundância, tais como as de Ian Stevenson, Elizabeth Kubler-Ross, Brian Weiss, Karlis Olson, Erlendur Haraldsson, Hemendra Nath Banerjee, Edith Fiore, George W. Meek, Raymon Moody Jr., entre outros, todos doutores ligados a universidades de respeito, com trabalhos publicados após exaustivas e bem documentadas pesquisas, mas que o mundo científico acadêmico insiste em ignorar.
O reducionismo sobre o homem possui consequências nos mais diversos campos da cultura e da educação. Por exemplo, sobre o processo ensino-aprendizagem, insiste-se numa visão mecânica ligada apenas ao desenvolvimento intelectual, reduzindo pesquisas de Piaget e Vigotsky, Goleman e Gardner, entre outros, a um psicologismo neuronal, quando eles vão muito além, redescobrindo a importância do emocional, do afetivo e, porque não dizer, do espiritual no homem.
Debater sem prevenções, propor com a mente aberta todas as possibilidades, é o que deveria fazer a ciência, antes de fechar questão, pois o homem, tendo um psiquismo e um organismo complexos, não pode ser definido levando-se em conta apenas o organismo.
Pensemos nisso!
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Quem Investe em Educação perde Eleição
Uma triste constatação ocorreu no último pleito eleitoral, em que todo o Brasil escolheu prefeitos e vereadores para seus municípios.
Os eleitores não reconheceram nas urnas a boa atuação dos prefeitos na maioria dos 37 municípios considerados exemplares em educação no Brasil, segundo pesquisa feita pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ministério da Educação e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Em 21 dessas cidades, o eleito foi o candidato que representava a oposição.
A pesquisa "Redes de Aprendizagem - Boas Práticas de Municípios que Garantem o Direito de Aprender" foi feita no ano passado e destacou cidades no País onde a rede municipal de ensino público funcionava bem. Mas, nesse universo de 37 cidades, 21 não reconduziram os prefeitos ou seus candidatos para um novo mandato.
Realmente a educação não dá voto, e a população parece não dar muita importância à educação, quando, na verdade, ela é prioritária para o desenvolvimento da nação.
Como a maioria dos pais e responsáveis considera que educação é um problema da escola, e isso foi recentemente demonstrado em pesquisa, não nos surpreende que boa parte dos prefeitos que priorizaram a educação em sua gestão não tenham sido reeleitos. Entretanto, não podemos ficar sem ação diante do fato.
Os educadores, aliados ao governo, devem encetar campanha para esclarecer os pais e responsáveis, ou seja, a família, que a educação não é simplesmente um problema da escola, e sim uma questão social que permeia igualmente o trabalho que é feito no âmbito do lar, pois aproximar os pais dos professores, a família da escola, é muito importante para o processo de aprendizagem e formação cidadã da criança e do jovem.
E como a vida sempre continua, e novas gerações aparecem, outro trabalho a ser realizado é mostrar às crianças de hoje o que é a educação, os seus fins, sua importância, pois assim, quando forem adultas, terão consciência do seu papel na educação dos filhos.
Que em próximas eleições tenhamos candidatos comprometidos com a educação, e eleitores conscientes de que a educação é o melhor serviço à população que o gestor público pode oferecer.
Pensemos nisso!
Os eleitores não reconheceram nas urnas a boa atuação dos prefeitos na maioria dos 37 municípios considerados exemplares em educação no Brasil, segundo pesquisa feita pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ministério da Educação e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Em 21 dessas cidades, o eleito foi o candidato que representava a oposição.
A pesquisa "Redes de Aprendizagem - Boas Práticas de Municípios que Garantem o Direito de Aprender" foi feita no ano passado e destacou cidades no País onde a rede municipal de ensino público funcionava bem. Mas, nesse universo de 37 cidades, 21 não reconduziram os prefeitos ou seus candidatos para um novo mandato.
Realmente a educação não dá voto, e a população parece não dar muita importância à educação, quando, na verdade, ela é prioritária para o desenvolvimento da nação.
Como a maioria dos pais e responsáveis considera que educação é um problema da escola, e isso foi recentemente demonstrado em pesquisa, não nos surpreende que boa parte dos prefeitos que priorizaram a educação em sua gestão não tenham sido reeleitos. Entretanto, não podemos ficar sem ação diante do fato.
Os educadores, aliados ao governo, devem encetar campanha para esclarecer os pais e responsáveis, ou seja, a família, que a educação não é simplesmente um problema da escola, e sim uma questão social que permeia igualmente o trabalho que é feito no âmbito do lar, pois aproximar os pais dos professores, a família da escola, é muito importante para o processo de aprendizagem e formação cidadã da criança e do jovem.
E como a vida sempre continua, e novas gerações aparecem, outro trabalho a ser realizado é mostrar às crianças de hoje o que é a educação, os seus fins, sua importância, pois assim, quando forem adultas, terão consciência do seu papel na educação dos filhos.
Que em próximas eleições tenhamos candidatos comprometidos com a educação, e eleitores conscientes de que a educação é o melhor serviço à população que o gestor público pode oferecer.
Pensemos nisso!
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Você Precisa Saber
Você precisa saber que existe uma organização governamental séria trabalhando a formação de educadores numa visão espiritualizante da educação. É o Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM), promovendo palestras, seminários e oficinas de vivências, gratuitamente, em escolas e secretarias de educação de todo o país. Seu programa pedagógico desenvolve a educação moral, a pedagogia da sensibilidade, a escola do sentimento e a cultura da paz. Está tudo em www.educacaomoral.org.br.
Você precisa saber que existe uma empresa editorial socialmente responsável, mantenedora do IBEM, que apresentamos acima, e que está revolucionando o mercado editorial com o lançamento de ebooks, o chamado livro eletrônico. É a Interior da Alma, com livros nas áreas educação, autoajuda, conto, romance, gestão, espiritismo. Visite www.interiordaalma.com.br e adquira os ebooks.
Você precisa saber que existe uma revista educacional eletrônica aberta a todos os interessados, com seções de entrevista, vida e obra de educadores, olhar crítico sobre a educação, artigos de especialistas, atividades educacionais e muito mais. É a revista ReConstruir, que você lê em www.educacaomoral.org.br/reconstruir, e está sendo lançada neste mês de outubro de 2008.
Você precisa saber que boas coisas estão sempre acontecendo, e que o mundo web também reserva espaço para a educação de qualidade.
Você acaba de saber disso!
Você precisa saber que existe uma empresa editorial socialmente responsável, mantenedora do IBEM, que apresentamos acima, e que está revolucionando o mercado editorial com o lançamento de ebooks, o chamado livro eletrônico. É a Interior da Alma, com livros nas áreas educação, autoajuda, conto, romance, gestão, espiritismo. Visite www.interiordaalma.com.br e adquira os ebooks.
Você precisa saber que existe uma revista educacional eletrônica aberta a todos os interessados, com seções de entrevista, vida e obra de educadores, olhar crítico sobre a educação, artigos de especialistas, atividades educacionais e muito mais. É a revista ReConstruir, que você lê em www.educacaomoral.org.br/reconstruir, e está sendo lançada neste mês de outubro de 2008.
Você precisa saber que boas coisas estão sempre acontecendo, e que o mundo web também reserva espaço para a educação de qualidade.
Você acaba de saber disso!
Onde Está a Honestidade?
Diversos mestres, pensadores e filósofos ao longo do tempo da humanidade alertaram para a necessidade da ética e da honestidade em nossos atos, em nossas falas e em nossos pensamentos, e nos últimos tempos uma ampla campanha pela cidadania vem trabalhando a consciência dos indivíduos para a importância dessas duas virtudes. Infelizmente o mundo político parece impermeável a todos esses apelos, e diariamente assistimos a hipocrisia, a falsidade e outros vícios morais campeando no congresso nacional e em outras instâncias do poder público.
Nem mesmo decisão do Supremo Tribunal Federal, que impede a contratação de parentes até o terceiro grau, é obedecida, pois senadores e deputados federais já encontraram um jeitinho para driblar a moralização do serviço público.
E o que falar de muitos candidatos às eleições municipais que se valeram de decisões judiciais ou entendimentos da justiça eleitoral, para esconder a ficha suja de sua vida e, pelo rádio e televisão, apresentar-se como uma pessoa de boa índole e boas intenções?
É muito triste continuarmos a assistir esse festival de hipocrisia, vendo os partidos políticos fazendo acordos que ferem os próprios ideais.
A luta pela moralização da política, que há muito tempo confunde-se com politicagem, deve ser contínua. Nós, os cidadãos que exercem o direito do voto, devemos exercer também o direito da participação cidadã, não esquecendo em quem votamos, e cobrando as promessas e posturas eleitorais.
Não é difícil fazer isso. Existem mecanismos, como o email, a carta, o telefone, a internet, quando podemos manifestar nossa opinião, nosso desagrado ou nosso apoio, mostrando que não estamos alheios.
Precisamos estar atentos e participativos, pois somente assim a honestidade e a ética estarão presentes na política.
Pensemos nisso!
Nem mesmo decisão do Supremo Tribunal Federal, que impede a contratação de parentes até o terceiro grau, é obedecida, pois senadores e deputados federais já encontraram um jeitinho para driblar a moralização do serviço público.
E o que falar de muitos candidatos às eleições municipais que se valeram de decisões judiciais ou entendimentos da justiça eleitoral, para esconder a ficha suja de sua vida e, pelo rádio e televisão, apresentar-se como uma pessoa de boa índole e boas intenções?
É muito triste continuarmos a assistir esse festival de hipocrisia, vendo os partidos políticos fazendo acordos que ferem os próprios ideais.
A luta pela moralização da política, que há muito tempo confunde-se com politicagem, deve ser contínua. Nós, os cidadãos que exercem o direito do voto, devemos exercer também o direito da participação cidadã, não esquecendo em quem votamos, e cobrando as promessas e posturas eleitorais.
Não é difícil fazer isso. Existem mecanismos, como o email, a carta, o telefone, a internet, quando podemos manifestar nossa opinião, nosso desagrado ou nosso apoio, mostrando que não estamos alheios.
Precisamos estar atentos e participativos, pois somente assim a honestidade e a ética estarão presentes na política.
Pensemos nisso!
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